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Só duas vezes: GARY HOLT revela como lidou com haters em shows do SLAYER

Substituir alguém numa banda famosa é algo complicado, especialmente em metal. Alguns fãs são contra qualquer mudança, mesmo quando acontece por circunstâncias fora do controle dos integrantes — como foi o caso da entrada de Gary Holt no Slayer.

Em entrevista ao Ultimate Guitar, o guitarrista notório também por seu trabalho no Exodus explorou a época na qual começou a assumir o lugar de Jeff Hanneman, acometido por problemas de saúde. A entrada se deu em 2011, de forma temporária, com uma efetivação em 2013 após o falecimento do membro original.

O público em geral foi gentil, mas existiram duas exceções notórias. Gary relembrou a primeira:

“Um na Alemanha, que era careca de cabelo comprido. Ele estava na pista me mandando o dedo do meio o show inteiro.”

Holt reconheceu que a cena o deixou incomodado. Chegou ao ponto de pedir para alguém da equipe resolver.

“Normalmente eu sou casca grossa, isso não me perturba. Mas eu mandei alguém da produção para o meio da plateia e estavam no rádio falando que iam expulsar o cara porque ele estava atrapalhando o meu show. Quando ele percebeu, se mandou.”

O guitarrista questionou o comportamento de pessoas assim, pois não era como se ele tivesse tirado o lugar do integrante original — nem mesmo era uma surpresa àquela altura. Jeff Hanneman contraiu fasciite necrosante no braço e Holt ajudou a banda a cumprir agenda enquanto o colega se recuperava.

“O cara sabia antes dos ingressos começarem a vender, e ainda por cima comprou a p*rra do ingresso. Então por que ele foi, se era tão ruim assim?”

Foto: Fernando Pires / Roadie Crew

Segunda reação negativa a Gary Holt no Slayer

A segunda reação negativa veio durante um show na Itália. Dessa vez, o fã pegou o gesto do alemão e o traduziu em palavras. Gary Holt relembra:

“A gente tocou em Milão e tinha um cara na primeira fileira, centro do palco, simplesmente gritando ‘Vai se f*der!’ na minha direção o show inteiro. Naquela situação, eu pulei em cima das caixas de som ao final do set, fiquei a uns 30 cm da cara dele e perguntei se ele tinha algo a dizer. Ele ficou calado.”

Segundo o músico, seu “eu” mais jovem teria batido no fã. Hoje, ele só ri das situações. Desde 2011, Gary só testemunhou essas duas situações negativas.

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