GEEZER BUTLER colocou sua marca na história do rock como baixista e principal letrista do BLACK SABBATH. Foi ele quem arquitetou a guinada satânica do grupo, inspirado por filmes de horror e sua própria criação católica. Para além do conceito, ele também é um gigante do instrumento — e um ex-integrante do WHITESNAKE quer dar ênfase a essa faceta do músico.
MICHAEL DEVIN foi baixista da banda liderada por DAVID COVERDALE entre 2010 e 2021, além de ter tocado ao longo da carreira com KENNY WAYNE SHEPHERD, LYNCH MOB e JASON BONHAM’S LED ZEPPELIN EXPERIENCE. Em entrevista ao podcast No Treble (transcrição via Ultimate Guitar), o músico discutiu a influência que BUTLER teve no seu estilo, especialmente quando começou a aprender o instrumento.
Ele falou:
“Eu adorava GEEZER BUTLER quando estava começando porque ele foi o primeiro cara que tocava em contraponto a muito do que um guitarrista como TONY [IOMMI] tocava. E é tão sutil a ponto de que se você não estiver prestando atenção, você acha só que ele está acompanhando o riff. Mas por ele tocar uma variação pequena do riff, isso expandiu o som do BLACK SABBATH a tal ponto que era como barris de pólvora estourando quando o baixo entrava na mixagem.”
Tal sonoridade semelhante a um barril de pólvora atraiu DEVIN, que decidiu mergulhar mais a fundo no estilo de BUTLER. Através desse estudo, o baixista percebeu o segredo do integrante do BLACK SABBATH.
O ex-WHITESNAKE contou sobre o processo:
“Eu me perguntava: ‘como ele está fazendo isso?’. E à medida que eu me aprofundar nele, eu via: ‘ah, ele não está tocando exatamente a mesma coisa que o TONY’. Ele é quase um segundo guitarrista. Ele realmente era, absolutamente. E tocando em função da música, ele fazia tudo por ela. Tenho muito apreço por músicos que conseguem fazer isso.”
GEEZER BUTLER e seu estilo no baixo
MICHAEL DEVIN, sem perceber, tinha razão. Em entrevista ao Songfacts, GEEZER BUTLER contou que sua abordagem no baixo vem do fato de ele ter sido guitarrista primeiro.
Quando criança, ele só tinha dinheiro para comprar duas cordas de violão. Então, precisava se concentrar em produzir música sob essas limitações. Quando mudou para o instrumento mais grave, esse estilo se traduziu perfeitamente.
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