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GEOFF TATE está trabalhando em seu próximo álbum: “Operation: Mindcrime III”

Em 2006, o Queensrÿche se arriscou lançando o controverso Operation: Mindcrime II. O álbum não foi bem visto e nem muito bem aceito pelos fãs. Isso porque tentar dar uma sequência a uma obra-prima feito Operation: Mindcrime (1988), um dos álbuns conceituais mais bem-sucedidos e respeitados da história, foi uma ideia no mínimo pretensiosa. Geoff Tate ainda era o vocalista quando o Queensrÿche cometeu esse devaneio e agora ele novamente mexerá no vespeiro. O ex-frontman do Queensrÿche revelou ao Rock of Nations with Dave Kinchen and Shane McEachern que está trabalhando no que tende a ser a última parte de uma “torta” trilogia. O cantor refletiu sobre o direcionamento musical do álbum: 

“Eu diria que tem mais uma sensação inicial do Queensrÿche. (As novas músicas são) super pesadas, e algumas delas são incrivelmente técnicas. Elas são como álgebra (risos). Você precisa de uma calculadora quando estiver ouvindo a música (mais risos). E, claro, algumas delas são muito emocionais. É o último capítulo da série Mindcrime. Então, está seguindo as façadas de Dr. XNikki Sister Mary (personagens da história contada no nos dois primeiros álbuns), e pega em um ponto específico de sua história e meio que faz o microscópio do que está acontecendo naquele momento específico com ele. E eu estou apaixonado por isso. Estou muito feliz com tudo até agora e mal posso esperar para que as pessoas ouçam”

Quanto as interação políticas que haviam nos outros dois discos, Tate salientou que deverão ser mantidas em sua própria visão de um capítulo final de Operation: Mindcrime“Acho que as pessoas serão capazes de detectar pequenos pedaços do que está acontecendo ao seu redor. E é um momento interessante agora – muito interessante. Especialmente na próxima semana (após as eleições presidenciais nos EUA), vai ser muito interessante (risos) o que irá acontecer. Então, vamos ver”.

Foto: Roberto Sant’Anna / Roadie Crew

Entenda o conceito de Operation: Mindcrime

Operation: Mindcrime é um álbum conceitual lançado pela banda de metal progressivo Queensrÿche em 1988. O disco é considerado um dos maiores exemplos de álbuns de metal com narrativas profundas e um dos mais icônicos do gênero. Ele conta uma história complexa que mistura temas de corrupção política, controle mental e revolta social, funcionando quase como uma ópera rock, com uma sequência de faixas que desenvolvem uma narrativa interligada.

Enredo

A história de Operation: Mindcrime gira em torno de Nikki, um jovem viciado e desiludido com a sociedade. Ele é manipulado por um personagem chamado Dr. X, um líder carismático que usa hipnose e controle mental para transformar Nikki em um assassino a serviço de sua causa política. Dr. X promete a Nikki uma vida de propósito, mas, na verdade, o usa para eliminar figuras políticas e religiosas que representam uma ameaça aos seus planos. Nikki também desenvolve uma relação complexa com a Irmã Mary, uma ex-prostituta que se tornou freira e vive atormentada pelo seu passado.

Conforme a história se desenrola, Nikki é confrontado com as consequências de suas ações e começa a questionar suas próprias motivações, assim como as do Dr. X. Ele acaba perdendo o controle, e a história toma um rumo sombrio, explorando temas de manipulação, traição e tragédia pessoal. Nikki se vê preso e mentalmente abalado, sem saber se conseguirá escapar desse sistema de opressão.

Temas

Operation: Mindcrime explora temas complexos, como:

  • Manipulação psicológica e controle mental: Nikki é manipulado pelo Dr. X, que simboliza figuras de poder capazes de influenciar indivíduos para seus próprios fins.
  • Corrupção e desilusão política: o álbum reflete uma crítica ao poder corrupto e ao impacto da alienação política sobre os jovens.
  • Religião e moralidade: personagens como a Irmã Mary representam a luta entre moralidade e os abusos de poder dentro de instituições religiosas.

O álbum é inovador não só pelo conteúdo lírico, mas também pela sua estrutura musical, misturando elementos de metal com passagens narrativas e instrumentais que intensificam a experiência dramática. Operation: Mindcrime continua sendo um marco no metal, influenciando álbuns conceituais e bandas que seguem essa linha narrativa.

 

Operation: Mindcrime II

Operation: Mindcrime II é a continuação do álbum conceitual Operation: Mindcrime lançado pela banda Queensrÿche em 2006, 18 anos após o original. Esse segundo álbum retoma a história de Nikki, o protagonista atormentado e manipulado, e aborda as consequências dos eventos do primeiro disco. Musicalmente, é uma tentativa de dar continuidade ao sucesso do álbum original, com composições sombrias e letras densas, explorando ainda mais os temas de vingança, arrependimento e redenção.

Enredo

Em Operation: Mindcrime II, a história se passa cerca de 20 anos depois do fim do primeiro álbum. Nikki agora é um homem mais velho, que passou grande parte desse tempo preso. Ele ainda carrega uma profunda amargura e sente-se traído por todos os que confiou, especialmente pelo Dr. X, que continua sendo uma figura poderosa. Após sua libertação, Nikki busca vingança contra Dr. X, em um ciclo de ódio que o impede de encontrar paz. Ao longo do álbum, ele lida com seus traumas, a perda da Irmã Mary (cuja memória ainda o atormenta) e o desejo de finalmente enfrentar o responsável por sua destruição.

A história traz um embate final entre Nikki e Dr. X, que termina de forma trágica e simbólica, questionando se a vingança realmente traria alguma forma de redenção ou propósito para Nikki.

Participações e Produção

Operation: Mindcrime II conta com a participação especial de Ronnie James Dio no papel de Dr. X, um dos destaques do álbum. Dio canta em uma das faixas, representando o confronto direto entre Dr. X e Nikki, dando ainda mais peso dramático ao momento da vingança.

Temas

Enquanto o primeiro álbum foca mais no controle mental e na manipulação política, Operation: Mindcrime II explora:

  • Vingança e arrependimento: Nikki sente que sua vida foi desperdiçada, e a busca por vingança se torna sua única motivação, questionando se isso realmente trará alívio.
  • Desilusão com o tempo: o tempo que Nikki perdeu em prisão e sofrimento o deixou ainda mais amargo, simbolizando o preço das decisões e da manipulação.
  • Busca por propósito: Nikki reflete sobre o que resta de sua vida e se existe algum propósito depois de tudo que perdeu.

Musicalmente, Operation: Mindcrime II tem um som mais moderno, mas retém elementos do estilo Queensrÿche. Embora tenha dividido os fãs e a crítica, é um esforço para expandir o legado do primeiro álbum, mesmo que muitos ainda considerem o original insuperável.

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