Após 30 anos na formação, GEOFF TATE deixou o QUEENSRÿCHE em 2012. E mais de uma década após sua saída, ele ainda recebe perguntas sobre voltar a trabalhar com seus ex-companheiros. Em nova entrevista, o vocalista deixou claro sua posição quanto a isso.
TATE fez uma aparição no canal de YouTube de Cassius Morris (transcrição via Blabbermouth) e durante a conversa, o tópico a respeito do que “seria necessário” para voltar ao grupo foi abordado. O cantor celebrou a trajetória construída ao longo das décadas, mas destacou não sentir necessidade de uma reunião.
Ele disse:
“Bem, acho que tivemos 30 bons anos, o que é fenomenal. A maioria das bandas só faz alguns álbuns. Quantos discos o GUNS N’ ROSES fez? Três? [Risos] Nós tivemos 30 anos de música, em uma bela jornada. Tivemos muito sucesso. Acho que criamos alguns discos bem memoráveis e músicas que vão viver além de nós. E não sinto necessidade de voltar e tentar recapturar isso com CHRIS [DEGARMO, guitarrista] ou qualquer um dos outros caras.”
Em seguida, arrematou:
“Acho que é hora de fazer outras coisas, ou simplesmente explorar. A gente teve uma jornada ótima. Fomos bem-sucedidos. Fizemos grandes coisas. É hora de fazer outras coisas.”
GEOFF TATE fora do QUEENSRÿCHE
A saída de TATE do QUEENSRÿCHE ocorreu após uma série de brigas internas. Primeiro, os outros integrantes demitiram a mulher e a enteada do cantor das posições de empresária e diretora do fã-clube da banda, respectivamente. Isso provocou a ira do vocalista, que chegou a agredir alguns de seus ex-colegas durante uma passagem de som antes de uma apresentação em São Paulo. Por consequência, foi expulso da formação dias depois.
Uma série de brigas judiciais se sucederam, com direito a duas versões diferentes do QUEENSRÿCHE. Em 2014, as duas partes finalmente chegaram a um acordo: TATE perdeu o controle do nome da banda aos outros integrantes, mas tem o direito de fazer apresentações dos álbuns Operation: Mindcrime (1988) e Operation: Mindcrime II (2006) ao vivo.
Durante a entrevista, GEOFF foi perguntado se ainda era difícil falar sobre sua saída do grupo tantos anos depois. O vocalista falou:
“No começo era bem complicado porque tivemos uma separação bem amarga e creio que estava muito zangado quanto a como tudo ocorreu. Aí comecei a examinar as personalidades envolvidas e percebi que não havia outra saída realista. Era pra ser daquele jeito. Mas isso foi há 12 anos, quando a banda se separou. Muito aconteceu desde então e posso ser bem mais caridoso com pessoas nesse tipo de situação. Mas eu precisei falar sobre isso. Continuo sendo questionado sobre isso, essas coisas de: ‘Vocês vão juntar a banda novamente?’. Essa pergunta o tempo inteiro.”
Normalmente, o artista busca uma resposta que não seja tão dura. Ele comenta:
“Tento arranjar um jeito de falar sobre isso que seja honesto pra mim, mas não tão volátil. Isso porque poderia perder a cabeça sobre esse assunto, apontar dedos, culpar pessoas e ser bem cruel, mas até mesmo pensar nessa possibilidade não me ajuda em nada. Eu aprecio muito o que a gente tinha e o que fizemos. E estou feliz com isso. Muito feliz.”
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