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HELLOWEEN e HAMMERFALL: O2 Arena, Praga (República Tcheca)

Por Écio Souza Diniz

Fotos: Écio Souza Diniz e David Webr

A O2 Arena em Praga, capital da República Tcheca, se destaca entre as principais arenas europeias para os mais diversos eventos, levando em consideração a sua estrutura com 35,000 m², capacidade para mais de 18.000 pessoas, incluindo quatro camarotes, além de bares, restaurantes e cafés. No dia 30 de junho de 2022, esse espaço deu lugar às ótimas performances nos excelentes shows do HammerFall e Helloween, que receberam lotação em quase toda a arena. O evento constituiu uma parte da agenda da turnê conjunta “United Forces” que as duas bandas estão fazendo. Obviamente, o Helloween nao carece de muitas explicações no cenário metálico, visto sua fundamental importância para a criação do metal melódico, mais especificamente o que se veio depois a chamar de speed metal, e especialmente, power metal, que foi mundialmente consagrado pela sequência dos álbuns Keeper of the Seven Keys partes 1 (1987) e 2 (1988). Já o HammerFall se tornou um dos grandes expoentes suecos do metal tradicional, especialmente para a reafirmação do estilo no fim dos anos 90 com os álbuns Glory to The Brave (1997) e Legacy of Kings (1998).

O HammerFall fez a abertura da noite e Joacim Cans (vocais), Oscar Dronjak (guitarra), Pontus Norgren (guitarra), Fredrik Larsson (baixo) e David Wallin (bateria) mostraram a que vieram, desfilando seu metal de riffs incisivos, diretos e cativantes, endossado por excelentes linhas vocais e coros de apoio. Em divulgação ao seu novo álbum, Hammer of Dawn (2022), a banda abriu o show com a faixa de abertura, a potente Brotherhood. Desse álbum também executaram as eficientes e contundentes faixa-título e Venerate Me. Passeando por álbuns um pouco menos visados ao fim da primeira década dos anos 2000, eles executaram Any Means Necessary, faixa de abertura e a melhor do álbum No Sacrifice, No Victory (2009). O refrão da faixa Last Man Standing, exclusiva da compilação Steel Meets Steel – Ten Years of Glory (2007), ecoou pela arena amparado pelos fãs. 

Embora bem executadas as faixas dos álbuns mencionados acima, obviamente os fãs mais antigos e tradicionais do HammerFall reagiram com mais entusiasmo aos clássicos dos primeiros álbuns. Então, as faixas The Metal Age e faixa-título de Glory to The Brave foram muito bem vindas, ressaltando um ótimo trabalho sincrônico e convergente de todos os músicos e seus instrumentos, inclusive o baixo e a bateria. Os pontos altos do show, sem dúvida, ficaram a cargo de Let the Hammer Fall, de Legacy of Kings (1998), a faixa-título de Renegade (2000) e o medley das faixas Hero’s Return, Riders of the Storm e a faixa que dá nome a Crimson Thunder (2002). Inclusive, nesse medley Cans mais uma vez reafirmou como seu vocal mantém um excelente alcance e desempenho com o passar dos anos. O fechamento potente ocorreu com Hammer High, de Built to Last (2016), e a já esperada Hearts on Fire, de Crimson Thunder

Findado um intervalo de aproximadamente 40 minutos, a majoritária audiência de fãs do Helloween podia assistir mais uma vez na capital tcheca essa excelente formação que reúne diferentes fases da banda composta pelos veteranos Kai Hansen (guitarra e vocal), Michael Weikath (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) Michael Kiske (vocais), como também pelo grande Andi Deris, que entrou no lugar de Kiske nos anos 90, e pelos integrantes a partir dos anos 2000 Sascha Gerstner (guitarra) e Daniel Löble (bateria). Depois da grande turnê “Pumpkins United” entre 2017 e 2018, a banda atualmente divulga seu mais recente e autointitulado álbum Helloween (2021). A abertura do show já rolou em grande forma com Skyfall, um excelente épico de mais de doze minutos, além de ser uma das faixas mais bem promovidas do referido álbum. Na sequência, veio o mega-hit Eagle Fly Free, de Keeper of the Seven Keys – Part 2 (1988), que fez a arena aumentar o volume cantando junto e ressaltou na memória porque Kiske é considerado um dos maiores vocalistas de metal de todos os tempos. Do mais recente álbum a banda ainda mostrou uma ótima performance que rendeu considerável participação do público com a potente Mass Pollution, com a marcante Best Time e com a cativante Angels.

A sincronia dos três guitarristas reafirmou sua boa funcionalidade na clássica Future World, de Keeper of the Seven Keys – Part 1 (1987), e no medley da fase Hansen nos vocais composto pelas joias viscerais do speed metal Victim of Fate, do lendário EP Helloween (1985), e uma tríade do debut Walls of Jericho (1985) constituída pela incisiva Metal Invaders, a agressiva Gorgar e a arrasadora Ride the Sky. Esse medley, como era esperado, recebeu uma atenção significativa por fãs veteranos da banda que eram consideravelmente numerosos na audiência. Para coroar esse resgate aos primórdios, Hansen exibiu toda sua maestria em Heavy Metal (Is the Law), também de Walls of Jericho, amparado solidamente pelos demais músicos. Nessa faixa também se destacou o trabalho da bateria de Löble, muito bem executado para uma faixa dessa complexidade que ficou décadas sem ser tocada ao vivo.

Andi Deris ganhou os holofotes na belíssima e envolvente balada Forever and One (Neverland), de The Time of the Oath (1996), reafirmando também pela enésima vez como sua postura musical e timbre se vestem bem com o Helloween. Além disso, Deris também desempenhou bem seu papel junto a Kiske na execução da clássica e irreverente Dr. Stein, de Keeper… 2. Sem descanso veio outra porrada certeira, a apoteótica How Many Tears, de Walls of Jericho, na qual os pontos altos ficaram a cargo dos solos das guitarras e a execução intocável da virada de bateria na sequência.Após uma primeira breve pausa e saída do palco, a banda retorna com a comovente balada  A Tale That Wasn’t Right, de Keeper… 1, ressaltando ambos potenciais vocais de Deris e Kiske e tendo o público participando erguendo as mãos com as luzes de seus celulares acesas. Mas o refresco dessa música tranquila ficou para trás com a chegada da pedrada Power, também de The Time of the Oath, outro grande destaque da performance de Deris nesse show. Na sequência, o público recebeu o épico mais aclamado da banda em todos os cantos do mundo, a faixa Keeper of the Seven Keys, de Keeper… 2. Essa música foi um bom e perfeito exemplo de como essa formação atual funciona bem, ressaltando como os músicos se alternam e convergem em suas atuações de forma bem colocada e sem atravessamentos ou excessos. 

Para coroar e fechar esse ótimo show, após a segunda e última breve pausa, a banda entra com seu maior sucesso de todos: I Want Out, de Keeper… 2. Além de trazer a interação mais significativa com o público, na qual Deris e Kiske dividem de modo divertido a audiência para cantar o refrão, eles também tiveram uma breve interrupção por parte dos organizadores do evento para a entrega de molduras com Disco de Ouro em homenagem a marca recorde de 500 mil cópias vendidas do mais recente álbum na República Tcheca, tendo também figurado entre os cinco mais vendidos no país em 2021. Em suma, uma grande noite com duas ótimas bandas, capazes de agitar até mesmo plateias um pouco mais introvertidas como a da República Tcheca.

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