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I AM MORBID & THE TROOPS OF DOOM – São Paulo (SP)

Por Marcelo Gomes

Fotos: Roberto Sant’Anna

Para quem não se lembra, os shows do I Am Morbid tinham sido anunciados em anos anteriores no Brasil mas por algum motivo, as duas outras vezes, a turnê foi cancelada. Desta vez, pouco antes de embarcar, o furacão Nicole atingiu a Flórida (EUA) e impossibilitou a banda de decolar a tempo de cumprir as primeiras datas da turnê pela América do Sul. Os fãs estavam apreensivos, mas os shows remanescentes da ‘Death Alliance Tour’ finalmente aconteceram. O encerramento da perna brasileira ocorreu em São Paulo, com a participação mais do que especial do The Troops Of Doom.  A apresentação aconteceu no Fabrique Club (SP), no último dia 19 de novembro.

Às 18h, o The Troops of Doom, liderado por Jairo “Tormentor” Guedz (ex- Sepultura) e completado por Alex Kafer (vocal e baixo), Marcelo Vasco (guitarra) e Alexandre Oliveira (bateria), subiu ao palco para promover seu mais recente trabalho, o debut Antichrist Reborn (2022). Ao som da introdução, Kafer mandou o recado para o público paulistano: “A pandemia acabou, mas agora vai começar o pandemônio.” Então, o quarteto abriu o set com Devil’s Tale, do segundo EP, The Absence of Light (2021), e a pancadaria seguiu com Between the Devil and the Deep Blue Sea, que foi o primeiro single promovido pela banda.

A primeira do debut foi Altar of Delusion, mas foi com a fantástica The Monarch que o público começou a agitar mais. A banda estava bem a vontade no palco e com uma apresentação bem consistente. Guedz até brincou, após o show, sobre o excesso de fumaça no palco durante todo o set. “Me senti em um filme de Steven Spielberg”, disse.

Então, chegara a hora de revisitar o material do Sepultura e a primeira da noite foi a faixa-título do EP Bestial Devastation (1985). A partir daí, as rodas começaram a tomar conta da pista até o fim do show. Na sequência, The Rise of Heresy, faixa-título do primeiro EP, lançado em 2020, não deixou os headbangers parados. Então, Alex, que pedia pela abertura das rodas na pista, anunciou uma música cantada em português e que, em estúdio, teve a participação do João Gordo (Ratos de Porão). Sim, era a vez da A Queda.

Voltando ao material do Sepultura, fizeram uma versão mais rápida de Morbid Visions para delírio do público, que retribuiu com um belo circle pit.  Ainda teve tempo para Dethroned Messiah, do primeiro full e que mistura peso, velocidade e brutalidade. Para encerrar, veio Troops of Doom, da fase de Guedz no Sepultura. E quando vemos o público cantar até o riff, nos damos conta que estamos diante de um verdadeiro clássico. A banda, que vem recebendo ótimas críticas pelos trabalhos lançados nos últimos dois anos, fez uma apresentação irreparável e que fez jus a todo esse clamor.

Chegava a hora de finalmente vermos uma das grandes referências do death metal mundial. O I Am Morbid subiu ao palco pontualmente às 19h15. A banda formada por dois ex-membros do Morbid Angel (David Vincent e Pete Sandoval) se juntou ao brasileiro Bill Hudson e a Richie Brown (Mindscar) nas guitarras para fazer uma turnê de comemoração dos 30 anos de Blessed are The Sick. Abriram o show com a clássica Immortal Rites, do primeiro álbum do Morbid Angel, Altars of Madness (1989). Se alguém tinha algum receio sobre como a banda soaria depois tantos anos, os caras mostraram que estão em grande forma. A voz de David Vincent está ótima e o baterista Pete Sandoval é, tranquilamente, uma das maiores referências do estilo.

O set seguiu com Fall From Grace, aos gritos de “Hey! Hey!” do público. Ao final, David gritou: “São Paulo, como vocês estão? É muito bom estar de volta depois de tantos anos. Peço desculpas, mas vamos compensá-los com uma noite de ‘old school death metal’. E, assim, mandaram Visions From The Darkside.

Antes de anunciar a próxima, Vincent perguntou o que acharam dos amigos do The Troops of Doom. Com uma resposta positiva, tocaram Day of Suffering, que teve uma resposta acalorada do público. Feliz com o resultado, Vincent diz que essa é a São Paulo que ele lembra de anos atrás. Para celebrar os 30 anos de Blessed Are The Sick, veio a faixa-título. A pancadaria não cessou e o o vocalista/baixista perguntou se os fãs se lembravam do álbum Covenant. Assim, apresentaram três do disco lançado em 1993: Rapture, Pain Divine e Sworn To Black, tocadas na sequência e sem deixar que o público respirasse. Vale destacar o trabalho das guitarras, feito de forma primorosa por Bill Hudson e Richie Brow. Além de tocarem as partes muito próximas do original, os caras agitaram sem parar o show todo.

Para introduzir o próximo som, David começou dizendo que não gosta de fazer discursos, mas que, mesmo assim, ele o faria. E aí declarou que o mundo está perdido entre pandemia, mentiras, políticos mentirosos e pessoas que querem controlar o modo de pensar e o que as pessoas fazem. Depois, terminou seu discurso dizendo que cada um é seu próprio guia, para usar a própria cabeça… Esta foi a deixa para mandarem a poderosa Eyes To See, Ears To Hear.

Voltando para 1989, depois de gravar Altar of Madness, a dupla gravou o disco World Downfall, do Terrorizer. Para deleite dos fãs, tocaram a destruidora Dead Shall Rise. A pista virou um pandemônio, com uma roda sinistra. Então, Richie Brown fez um pequeno solo e já emendou com o riff de Maze of Torment. Mais um solo de guitarra então se inicia com Bill Hudson e depois Richie junta para um dueto, com belas melodias. Bill ainda tocou a bela faixa instrumental Desolate Ways, de Blessed Are The Sick.

Porém, a calmaria não durou muito. Com a banda de volta ao palco, executam Dominate, Where The Slime Live e finalizam essa parte com Dawn of The Angry. Vincent aproveitou para apresentar os integrantes da banda, dizer que gostou muito do público e que devem voltar em breve. Ele começou com Richie Brown e depois anunciou Bill Hudson como um dos nossos, afinal, ele é de São Paulo. Claro que foi muito aplaudido. Vincent não poupou elogios ao seu companheiro de longa data, Pete Sandoval, o mestre do Blast Beat que foi ovacionado. Bill então pegou o microfone para apresentar a lenda do death metal, David Vincent, e a casa veio abaixo.

O set estava chegando ao fim, mas ainda teve tempo para mais duas pedradas, com God of Emptiness e o encerramento com World of Shit. “O show de São Paulo foi de lavar a alma, um dos melhores momentos da minha vida. O público foi, de longe, o melhor dentre os shows do Brasil. Ter meus pais e todos os meus amigos no camarim foi uma experiência que eu nunca vou esquecer”, declarou Bill Hudson que, no dia seguinte, esteve com a banda e o The Troops of Doom numa tarde de autógrafos na lendária Woodstock Discos onde, segundo ele, tudo começou.

A longa espera pela volta dos antigos integrantes do Morbid Angel foi recompensada com uma performance incrível, que abrangeu os quatro primeiros álbuns da banda. Os fãs saíram de alma lavada de um evento que, com o The Troops of Doom no pacote, mais pareceu uma aula de death metal.

Setlist – The Troops Of Doom:

01) The Devil’s Tale

02) Between the Devil and the Deep Blue Sea

03) Altar of Delusion

04) The Monarch

05) Bestial Devastation (Sepultura)

06) The Rise of Heresy

07) A Queda

08) Morbid Visions (Sepultura)

09) Dethroned Messiah

10) Troops Of Doom (Sepultura)

Setlist – I Am Morbid:

01) Immortal Rites

02) Fall from Grace

03) Visions from the Dark Side

04) Day of Suffering

05) Blessed Are the Sick

07) Rapture

08) Pain Divine

09) Sworn To Black

10) Eyes to See, Ears to Hear

11) Dead Shall Rise (Terrorizer)

12) Maze of Torment

13) Solo / Desolate Ways

14) Dominate

15) Where the Slime Live

16) Dawn of Angry

17) God of Emptiness

18) World of Shit

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