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ICED EARTH – Crônica de uma tragédia anunciada

No dia 18 de novembro de 2020, a ligação feita para o Skype de Jon Schaffer, guitarrista e líder do Iced Earth, era para falar sobre o lançamento da edição de 30 anos do primeiro e homônimo disco da banda americana. No entanto, uma pergunta simples, e nos dias de hoje feita para começar o papo de forma ainda mais cortês, desencadeou a primeira série de declarações abarrotadas de negacionismo, fake news e teorias de conspiração tão comuns à extrema-direita. Sim, foi a primeira, porque a segunda série de declarações abarrotadas de negacionismo, fake news e teorias de conspiração tão comuns à extrema-direita veio no fim do papo, aproveitando um desfecho comum e educado em toda pauta. Sim, teve música entre toda a verborragia, mas o discurso de Schaffer foi um trailer do que aconteceria quase dois meses depois.

No dia 6 de janeiro de 2021, o músico foi flagrado entre os invasores do Capitólio dos Estados Unidos, em apoio ao então presidente Donald Trump – o ato foi considerado terrorismo doméstico. Resumindo, Schaffer entrou na lista dos mais procurados pelo FBI e ficou foragido até o dia 17 do mesmo mês, quando se entregou e alegou ser membro da milícia de extrema-direita chamada Oath Keepers – o que foi negado pela organização antigovernamental negou, diga-se. No dia 16 de abril, o guitarrista assumiu a culpa em duas das seis acusações que pesam sobre ele: “Obstrução de um procedimento oficial do Congresso” e “Invasão de áreas restritas do Capitólio, enquanto armado com arma mortal ou perigosa”. Primeiro invasor a assumir a culpa, Schaffer hoje estão sob os cuidados do programa de proteção a testemunhas, uma vez que pode ter sua pena reduzida a até quatro anos e meio de prisão, em vez de 30 anos, se cooperar a entregar outros invasores.

A carreira musical de Schaffer acabou? Não dá para bancar que sim, mas restaram as primeiras consequências: o vocalista do Blind Guardian, Hansi Kürsch, encerrou a parceria no Demons & Wizards; o vocalista Stu Block, o guitarrista Jake Dreyer e o baixista Luke Appelton pularam fora do Iced Earth, restando apenas o baterista Brent Smedley; e a gravadora Century Media apagou a obra do guitarrista de seu catálogo. A seguir, você lê a entrevista na íntegra e na ordem do que aconteceu em meia hora de conversa.

Antes de qualquer coisa, como você está neste momento de pandemia?
Jon Schaffer: Eu estou me preparando para a revolução, cara! Tenho me preparado para isso há 14 anos. Estamos tentando nos manter pacíficos e fazer com que o governo faça a coisa certa, mas há uma tentativa de golpe e tomada do nosso país, e as pessoas estão se levantando de uma maneira gigante! Estive em Washington, D.C. há alguns dias, e havia centenas de milhares de pessoas de todas as raças e credos lá, todos extremamente preocupados com essa tomada dos Estados Unidos. Estamos vivendo tempos históricos agora, e você verá algumas coisas grandes acontecendo. Isso é algo maior do que apenas republicanos versus democratas, porque é um ataque direto à constituição americana. Joe Biden não foi certificado vencedor da eleição! É apenas a mídia dizendo que ele foi eleito, e não é a mídia que determina isso. É a lei. Há muitas evidências de fraude nos votos, e mesmo que a mídia diminua essa informação… Bom, a CNN estava em Washington, D.C. e falou que não havia ninguém lá! Cara, a polícia local disse que havia mais de meio milhão de pessoas na capital! Eu estava lá e vi centenas de milhares de pessoas no local, então estamos presenciando um golpe contra a República!

Jon Schaffer
Jon Schaffer durante a invasão ao Capitólio dos EUA (Foto: Reprodução)

Devemos prestar atenção, porque é um reinício global, e tenho escrito músicas sobre tudo isso, sobre eugenia, distopia e tudo está acontecendo, mas não porque tenho uma bola de cristal. É porque eu li o maldito plano de guerra ‘deles’, e eles escreveram livros sobre isso! Agora, nós literalmente temos um vilão tipo do James Bond, um cara chamado Klaus Schwab, do Fórum Econômico Mundial (N.R.: World Economic Forum, em inglês), dizendo que até 2030 as pessoas não terão mais propriedades e ficarão felizes com isso. Eles vão roubar tudo das pessoas! Vão matar quantidades enormes de pessoas ao redor do mundo, forçar pessoas a se vacinar para colocá-las num modo submisso. E se essas pessoas ao redor do mundo vão tolerar isso, elas estão loucas! Os governos, especialmente os governos criminosos que sequestraram boa parte do planeta por meio do cartel do banco internacional, não estão nem aí para as pessoas. Eles não estão fazendo você usar máscara porque se preocupam com você, mas estão treinando você para ser escravo, e nós não vamos tolerar isso nos Estados Unidos. Isso eu garanto! Há uma raiva legítima crescendo neste país, e teremos de aguardar para ver o que acontece. Não sou fã da ideia de derramamento de sangue, mas receio que, por nosso governo ter se tornado tão corrupto e isso ter se espalhado pelo país, nós temos um grande problema nas mãos. Se a Suprema Corte não resolver o problema, então não teremos escolha. Detesto testemunhar isso e ainda me choco de realmente ver isso acontecendo, mas eu já sabia que iria acontecer.

(N.R.: O economista alemão Klaus Martin Schwab é fundador e CEO do Fórum Econômico Mundial, evento anual que, desde 1971, é exclusivo à elite econômica mundial, como bilionários e presidentes de países ricos que se reúnem no mês de janeiro em Davos, na Suíça. Há alguns anos, o debate vem sendo sobre sustentabilidade, quarta revolução industrial e globalização, mas a pandemia do novo coronavírus fez com que o Fórum voltasse este ano suas atenções aos problemas sociais de países mais pobres. Ao contrário do que diz Schaffer, o que Schwab tem feito é criticar a falta de oportunidades e inclusão: ‘É necessário haver um novo contrato social focado na dignidade humana e na justiça social, de forma que o progresso da sociedade não fique para trás do desenvolvimento econômico’.).

Bom, é melhor nos falarmos de música. A edição de 30 anos do primeiro álbum do Iced Earth (N.R.: autointitulado) já foi lançada, rolou o terceiro disco do Demons & Wizards (N.R.: III) e, também, o EP Winter Nights. Apesar da pandemia, 2020 tem sido um ano movimentado para você…
Schaffer: Com certeza, e estive envolvido em 11 produções nos últimos dois anos, do Demons & Wizards ao Jon Schaffer’s Purgatory e sua turnê. Também produzi o terceiro disco do Witherfall (N.R.: Curse of Autumn) e lancei meu livro… Quer dizer, está um pouco atrasado, mas estará nas lojas nos EUA em janeiro. Ele terá 308 páginas e será todo colorido, com minhas letras e várias artes relacionadas a elas (N.R.: “Wicked Words and Epic Tales” acabou sendo lançado no dia 2 de abril de 2021). Mesmo com o lockdown, muita coisa criativa está acontecendo, e 2021 será igualmente corrido. Não sei se haverá turnês pelos próximos cinco anos, dado o que vai acontecer no mundo, mas teremos muita coisa de estúdio rolando.

E como foi revisitar as músicas do álbum de estreia para remasterizá-las?
Schaffer: Não foi apenas remasterização. Há uma grande diferença entre remixar e remasterizar, e não sei se os fãs entendem isso. Quando se faz remasterização, usa-se a mixagem original, aumentando os volumes e realçando algumas partes. Na remixagem, altera-se o original. Podemos ajustar os volumes, alterar os canais, mudar os tons de cada guitarra, fazer efeitos e compressões diferentes nos vocais… Ou seja, podemos mexer em cada canal e alterar o que quisermos. Feito isso, partimos para uma nova masterização. No nosso caso, fizemos remixagem e remasterização.

Interessante, porque a nova edição esta sendo divulgada como uma versão remasterizada. Inclusive no release para a imprensa…
Schaffer: O que acontece é que, às vezes, os caras da gravadora também não sabem a diferença entre remasterização e remixagem (risos), por isso anunciam como ‘relançamento remasterizado’. De qualquer maneira, com essa remixagem, o Iced Earth está matador! A bateria está mais forte, o baixo está mais presente… A gravação original era bastante crua, porque éramos jovens e tínhamos pouco dinheiro. Gravamos aquele disco em apenas sete dias! Foi uma produção muita rápida e que custou somente 7 mil dólares. Agora, com a tecnologia que temos e com o conhecimento do Zeuss, demos um grande passo à frente com essa nova versão do disco.

Aliás, como foi trabalhar com Chris “Zeuss” Harris (N.R.: produtor de artistas como Queensrÿche, Hatebreed, Rob Zombie e Heathen, entre outros)?
Schaffer: Incorruptível, porque Zeuss sabe o que eu quero. Ele trabalhou nas músicas em Massachusetts e mandava atualizações para mim, então falávamos sobre pequenos ajustes, mas havíamos conversado muito detalhadamente, antes de começar a remixagem, sobre o que eu queria fazer. E eu queria fazer mudanças no todo, nada que fosse pequeno. Tinha anotações sobre cada música e o que eu desejava mudar nelas, assim como o Zeuss também tinha.  Ah, e ele também está fazendo o mesmo processo com o Night of the Stormrider, porque será o 30° aniversário do disco em 2021, então Zeuss já está trabalhando na remixagem. Até agora, está soando muito bem, então teremos mais um lançamento do tipo no próximo ano.

Jon Schaffer
Jon Schaffer depois de ter se entregado ao FBI (Foto: Reprodução)

Antes, eu havia perguntando sobre o seu sentimento ao revisitar músicas de 30 anos atrás porque, sendo honesto, eu não escutava Iced Earth há bastante tempo. Ao escutar o relançamento, no entanto, percebi que o disco envelheceu bem…
Schaffer: E eu concordo com você. Naquela época, éramos jovens e tínhamos aquela fome, sabe? Estávamos animados, porque a demo foi um sucesso e nos rendeu o contrato para um álbum numa época em que boa parte das gravadoras do underground estava assinando com bandas de death metal. Nós éramos mais melódicos, mas ainda assim tivemos bastante sucesso para um disco de estreia. Tudo no Iced Earth foi de muita luta. Desde quando eu saí de casa aos 16 anos até hoje, é uma batalha para manter a integridade e a existência da banda.  Nunca foi uma estrada florida, mas tem sido uma excelente viagem.

Você citou especificamente o death metal, especialmente porque o Iced Earth é oriundo da Flórida, e a sua banda acabou fazendo parte do início de um período de transição do heavy metal nos Estados Unidos, com o resgate de uma sonoridade dos anos 1980.
Schaffer: E foi tudo natural. Nós fizemos e inda fazemos a música em que acreditamos.  Nunca houve um momento em que pensei ‘Talvez devêssemos usar grunhidos e migrar para o death metal, porque é popular’. Eu nunca me venderia dessa forma, afetando minha integridade artística para tentar fazer o Iced Earth crescer seguindo o que outras pessoas e gravadoras diziam. A banda é essa, e essa é a minha arte. É assim que é, e se as pessoas gostarem, então está bem.

E é interessante que o álbum de estreia e a música de abertura levem o nome da banda.
Schaffer: Abrir o disco com a faixa-título foi uma forma de dizer ‘Olha, somos os novatos nesse mundo do metal!’. Era como uma declaração, e quando o EP Enter the Realm (1989) saiu, com boa parte das músicas que entraram no primeiro álbum, tivemos um retorno bastante positivo sobre a música Iced Earth. Ela tem diferentes dinâmicas, abre mais pesada e depois minha guitarra fica mais rápida, mostrando às pessoas que estamos indo numa viagem. E é isso que a banda tem feito: levar o público numa viagem com dinâmicas e vibrações diferentes, como se fosse do Pink Floyd ao Slayer e além. Essa é uma das razões de termos escolhido essa música para abrir o disco.

A propósito e sobre Written on the Walls, por que você decidiu reescrevê-la como Cast in Stone para o Days of Purgatory (1997)?
Schaffer: Se me lembro bem, Days of Purgatory seria apenas uma coletânea para preencher o vácuo entre discos (N.R.: no caso, The Dark Saga, de 1996, e Something Wicked This Way Comes, de 1998). No entanto, Matt (Barlow), Brent (Smedley) e Jimmy (N.R.: o baixista James MacDonough) haviam regravado vocal, bateria e baixo, respectivamente, na versão demo de Enter the Realm, e a gravadora gostou da pegada quando mandamos a música para ela, então pediu para fazermos mais coisas assim no catálogo antigo. Fizemos, e eu queria que o Matt tivesse algum crédito como compositor, para que assim recebesse algum dinheiro, então sugeri que reescrevesse a letra de Written on the Walls. Dei a ele a faixa sem os vocais e pedi que ele criasse novas melodias vocais em cima daquilo e, então, escrevesse uma nova letra. Foi isso.

E considerando a sua paixão por filmes de terror, posso dizer que Written on the Walls é inspirada em Tubular Bells, obra de Mike Oldfield que virou o tema de “O Exorcista”?
Schaffer: Se você se refere à introdução, absolutamente! No entanto, a letra foi escrita pelo Gene (N.R.: Adam, o primeiro vocalista do Iced Earth) é sobre uma história tipo Armagedom, e o começo de Written on the Walls é da época em que o Iced Earth ainda se chamava Purgatory, de uma música chamada Michael’s Night, que é sobre o Michael Myers (N.R.: o serial killer da franquia “Halloween”). O Purgatory falava muito sobre terror, então você está certo.

Jon Schaffer
Jon Schaffer em entrevista do lado de fora do Capitólio, no dia da invasão (Foto: Reprodução)

Outra curiosidade minha: os três primeiros álbuns do Iced Earth (N.R.: Iced Earth, Night of the Stormrider e Burnt Offerings) têm três capas diferentes: uma para Europa e Japão, outra para os Estados Unidos e a última para os relançamentos em 2001. Qual a sua favorita e por quê?
Schaffer: Para ser sincero, não gosto de nenhuma delas (risos). Eu não tinha nenhum controle sobre as artes dos discos até refazer os contratos nesse sentido, e isso só aconteceu depois que o Burnt Offerings foi lançado. Era uma bagunça quando a Century Media tinha o controle dessa parte, e você percebe a mesma coisa no Night of the Stormrider, porque aquela capa é um pesadelo! Bom, a segunda versão do Axel Hermann para a arte deste disco é matadora. Eu adoro, mas as outras não são boas. A minha capa favorita é a que vendemos exclusivamente no site da banda, uma versão mais detalhada da arte do Axel e que se parece muito com a versão europeia, só que muito melhor em termos de detalhes. Quando alguém compra o disco, o recebe com a capa original da Century Media, mas nós adicionamos uma capa frente e verso com essa outra arte.

Eu mencionei o EP Winter Nights mais cedo, então o que você pode falar dessa nova colaboração com o Matt Barlow?
Schaffer: Há muitos anos eu e Matt falamos sobre fazer esse disco, e quando nos separamos novamente, em 2011, dissemos que um dia faríamos música juntos de novo, mas que não seria no Iced Earth. Com tudo isso acontecendo agora, falei para ele: ‘E aí, cara, lembra que anos atrás falamos de fazer algo no Natal?’, e Matt não apenas disse que sim como topou na hora! Foi simples assim, tanto quanto quando estávamos pensando em quem gravaria a bateria, porque Casey (N.R.: Grillo, ex-Kamelot e atualmente no Queensrÿche) mora em Tampa e já havia gravado com Jim (Morris) inúmeras vezes. Foi Jim quem o recomendou, mas eu sabia quem é o Casey e o quão bom ele é, então foi uma grande ideia. Depois que o Casey topou, chamamos Ruben Drake para o baixo, já que ele toca comigo em vários projetos, e Howard Helm para gravar os teclados. Howard também toca aqui e ali comigo há anos, desde o Burnt Offerings, e eu quis que ele participasse mesmo que more em Seattle hoje em dia. Reunimos um time fantástico de músicos para fazer o Winter Nights, mesmo que algumas pessoas não gostem de discos de Natal. Está tudo bem, até porque regravamos duas músicas do Iced Earth (N.R: I Die for You e Watching Over Me) para colocar ao lada das canções natalinas. Nossa ideia era levantar os ânimos das pessoas nessa época infeliz que estamos vivendo.

Para terminar, Jon, são 30 anos do primeiro álbum do Iced Earth e, considerando o começo como The Rose e, depois, Purgatory, 36 anos fazendo música. Quais foram os três grandes momentos dessa trajetória até agora?
Schaffer: Boa pergunta! O disco de estreia é um deles, porque foi um verdadeiro desafio fazer com que a banda assinasse o contrato. Uma vez que isso aconteceu, tínhamos a tarefa de convencer as pessoas, e olha que nós tivemos uma excelente resposta quando o EP Enter the Realm saiu. Fomos mencionados como ‘demo do mês’ em várias publicações, e muita gente usava nosso EP naquelas trocas de discos que aconteciam na época, então eu sabia que daria certo quando tivéssemos um contrato para um álbum completo. O segundo seria o The Dark Saga, por causa da colaboração com Todd McFarlane (N.R.: famoso quadrinista e desenhista canadense, criador do personagem Spawn e responsável por reformular o Homem-Aranha para a Marvel Comics nos anos 1990), mas também porque coincidiu com a minha decisão de tirar a banda da Florida e levá-la para a Região Centro-Oeste dos Estados Unidos. A ideia era levar nossa popularidade para lá e atingir Nova York e Califórnia, pegando carona na turnê promocional com o Spawn, e foi o que aconteceu. E acredito que Incorruptible (2017) seria o terceiro, pois trouxe um período especial para o Iced Earth. Pela primeira vez na minha carreira, senti que todos os caras da banda eram irmãos. Passamos todo o tempo juntos quando saímos em turnê, gostamos da companhia uns dos outros, mas não me entenda mal. Em outras formações houve integrantes com os quais eu tinha e ainda tenho uma relação próxima, mas ter isso entre os cinco é algo memorável. No fim da turnê mundial do Incorruptible, nós cinco fomos para o Arizona porque o Iced Earth entraria num hiato de um ano e meio para que eu fizesse o Demons & Wizards, então fizemos escaladas e caminhadas sem falar sobre a banda, porque estávamos juntos apenas como amigos. Isso é um novo nível para mim, ou seja, ter esses quatro caras musicalmente talentosos e com os quais eu me dou verdadeiramente bem.

Obrigado pela entrevista, Jon, e o espaço final é seu…
Schaffer: Não há como gravar um novo disco se não houver a possibilidade de sair em turnê. Por sermos uma banda internacional e essa baboseira de pandemia estar acontecendo, ficamos numa situação difícil sobre como seguir adiante. É um tempo para talvez focar em regravações, e isso é parte do plano, mas eu não sei nem mesmo se posso trazer facilmente o Stu (Block) do Canadá para os Estados Unidos. E com toda essa loucura das eleições, eu não sei o que vai acontecer. Stu é uma das minhas pessoas favoritas da vida, e ele ficará na banda. Ponto final. A questão é que precisamos nos levantar contra essa tirania e dizer ‘Não! As coisas têm que mudar, ou o bicho vai pegar!’, e eu sei o que essa gente tem em mente, então precisamos começar a ler e pensar por nós mesmos, nos desligar da mídia tradicional e refletir sobre o que esses meios de comunicação estão dizendo, sobre qual é a agenda deles. Temos de nos levantar contra isso e resistir.

Jon Schaffer
Jon Schaffer em entrevista do lado de fora do Capitólio, no dia da invasão (Foto: Reprodução)

E agradeço pela oportunidade de falar com vocês novamente, porque a ROADIE CREW tem sido maravilhosa conosco. Eu amo o Brasil, amo as pessoas daí e espero muito poder voltar ao país para tocar. Estejam certos de que quando algum tipo de normalidade voltar… Mas se eles nos forçarem a tomar vacina para podermos viajar, e tomar a vacina é algo que eu nunca farei, teremos um problema, porque quem determinará o futuro será a humanidade livre. ‘Eles’ estão prontos para nos guiar até o inferno. Vão roubar nossos direitos e nossas propriedades, vão nos roubar tudo e vão nos matar, e nós temos a opção de aceitar isso ou de dizer ‘Foda-se! Eu não aceito!’. Então, a minha prioridade agora é diferente. O Iced Earth não é prioridade porque sequer podemos nos mover nesse momento, mas tão logo possamos nos mexer, eu farei de tudo em meu alcance para voltar ao Brasil.

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