A nova turnê do Iron Maiden, intitulada “Run For Your Lives”, começou no dia 27 de maio em Budapeste, na Hungria, prometendo celebrar os 50 anos de carreira da banda com uma seleção especial de músicas que cobriria os nove primeiros álbuns de estúdio — de Iron Maiden a Fear Of The Dark. O que muitos fãs esperavam ser uma jornada nostálgica por faixas raramente tocadas – embora há sim no repertório algumas músicas que há tempos não eram tocadas ao vivo – acabou se revelando uma repetição de hits consagrados e exaustivamente apresentados em turnês anteriores.
O show marcou a estreia do baterista Simon Dawson, que substituiu Nicko McBrain, afastado definitivamente dos palcos com a Donzela de Ferro desde dezembro de 2024 – seu último show aconteceu em São Paulo, no dia 7, no Estádio Allianz Parque. Apesar da energia da nova formação e da produção visual grandiosa, a escolha das músicas levantou críticas entre os fãs mais antigos. O repertório incluiu canções como The Number Of The Beast, 2 Minutes To Midnight, Run To The Hills, The Trooper, Hallowed Be Thy Name e Iron Maiden, todas elas presentes em quase todas as turnês nas últimas décadas.
Segundo os críticos, a turnê — com quase 80% de similaridade com a “Somewhere Back In Time World Tour” — não fez jus à promessa inicial de uma seleção “muito especial”. No Prayer For The Dying, álbum lançado em 1990, até o momento não tem sido honrado ao vivo. Fear of the Dark, de 1992, ainda é lembrado apenas pela sempre executada (e bastante criticada) Fear of the Dark, nada além. Tudo isso tem frustrado o público que esperava uma revisita mais profunda ao catálogo da banda.
Joel Barrios, do site Metal Injection, endurece: “O espetáculo pode ter sido elaborado, mas a curadoria musical apostou no seguro e no esperado”.
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