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Por que JORDAN RUDESS defende uso de inteligência artificial na música

O uso de inteligência artificial na música é um dos tópicos mais discutidos da indústria nos últimos anos. Entretanto, o tecladista do Dream Theater, Jordan Rudess, acredita que é necessário diferenciar ferramentas benéficas ao processo da percepção geral da tecnologia.

Em entrevista ao Metal.it (transcrição via Blabbermouth), o músico abordou como a IA tem aplicações que vão além de recriações de outros artistas. Rudess ofereceu como exemplo até algumas empresas com as quais trabalha atualmente.

Ele contou:

“Uma das companhias com as quais trabalho bem de perto se chama Moises. É uma empresa bem interessante. Eles são principalmente conhecidos por seu trabalho em separação de faixas, e músicos no mundo inteiro usam a tecnologia. Porque basicamente te permite subir um arquivo de áudio estéreo ou até um vídeo, e uma vez dentro do sistema, dá pra desmontar.”

Os recursos técnicos são um dos grandes atrativos de se utilizar uma ferramenta do tipo. Rudess comenta:

“Digamos que você suba uma canção do Dream Theater, e então volta para você, dá pra decidir: quero apenas os vocais, o piano, o baixo, bateria, guitarra solo, violão. Dá pra separar. É como ter acesso a todas as faixas individuais. É quase um milagre moderno da música, o jeito que funciona.”

Foto: Roberto Sant’Anna / Roadie Crew

Esse tipo de tecnologia foi empregada recentemente em projetos bem conhecidos. Os Beatles usaram inteligência artificial para separar faixas no processo de remasterização do álbum Revolver (1966), e o diretor Peter Jackson também empregou a ferramenta durante a produção do documentário The Beatles – Get Back. Até mesmo a canção inédita “Now and Then” foi viabilizada por IA, ainda que em uma possibilidade distinta: melhoria de gravações de origem não tão boa.

Jordan Rudess e a inteligência artificial

Rudess, ainda na entrevista, comentou que o exemplo oferecido serve para mostrar como a conversa sobre inteligência artificial tem mais nuances. Existem aplicações nocivas, mas também benéficas.

Ele disse:

“A razão pela qual menciono isso é porque adoro a tecnologia, mas também porque todo músico ao redor do planeta usa isso enquanto tem uma ideia de que inteligência artificial se trata de algo ruim, mas não percebem que Moises é IA.”

Apesar disso, o tecladista reconheceu que existe justificativa para artistas se sentirem preocupados quanto a máquinas tendo acesso ao seu material. Especialmente quando esse aprendizado ocorre sem autorização. Sobre isso, Rudess afirmou ser necessário uma estrutura legal para uso de conteúdo protegido por direitos autorais no ensino de IA.

Shows no Brasil

O Dream Theater fará cinco apresentações no Brasil ainda em 2024, parte da turnê de comemoração dos 40 anos de carreira da banda. Os gigantes do prog metal tocam em Belo Horizonte dia 10/12, no BeFly Hall; no Rio de Janeiro dia 13/12, no Vivo Rio; em São Paulo dia 15/12, no Vibra São Paulo; em Curitiba dia 16/12, no Live Curitiba; e em Porto Alegre dia 17/12.

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