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KAMALA / LIAR SYMPHONY

A ideia não poderia ser melhor. Abrir as portas do tradicional Sebastian Bar, de Campinas/SP, no início da noite de domingo para apresentar shows de bandas autorais. O “Domingo Autoral” tem tudo pra ser uma excelente opção para um dia normalmente “morto” em termos de show e o horário decente evita que todos virem zumbis na hora do trabalho na segunda cedo. Sem dúvida, tem tudo pra dar certo.

Apesar da presença de público algo tímida (provavelmente por se tratar da estreia do formato), não faltou energia tanto no palco como na plateia na agradável noite de 14 de junho. Quem abriu os trabalhos foi a banda local Kamala. Agora transformado em power trio, o grupo provou textualmente a máxima que diz que “menos é mais”. Trabalhando seu recém-lançado quarto disco, o ótimo “Mantra”, o Kamala passou a ter três vocalistas, já que o baixista Allan Malavasi e o batera Estevan Furlan também cantam, e o resultado é um frenético revezamento de vozes em todas as músicas.

O repertório do show teve como base o novo disco, que foi executado na íntegra – além dele, ainda houve espaço para mais cinco temas dos álbuns “Kamala” (2007) e “Fractal” (2009). E ficou claro que a banda trabalhou com afinco nos ensaios, já que foi uma apresentação irrepreensível, a despeito do repertório rápido e trabalhado levado a cabo pela banda.

A transição do Thrash que a banda executava até então para o Death Metal que impera em “Mantra”, mas mantendo os detalhes orientais que sempre estiveram em seu trabalho, aconteceu de forma natural e o show mostrou que a banda está no caminho certo – ainda mais porque, além de tudo, agora tem um verdadeiro monstro na bateria.

Liar Symphony também está de disco novo, “Before The End”, que saiu no final do ano passado. E pelo metade da apresentação foi baseada nele. Nuno Monteiro (vocal), Pedro Esteves (guitarra), Marcos Brandão (baixo), Alécio Rodrigues (teclado) e Anderson Alarça (bateria) iniciaram com a trinca “The Lament”, “Welcome” e “Self Destruction”, todas do novo álbum, e comprovaram que o Prog Metal de bom gosto, elaborado mas sem soar pedante, continua sendo a tônica da banda. E logo na primeira música já deu pra notar que quem roubaria as atenções seria o vocalista Nuno Monteiro.

Numa época em que os malabarismos vocais parecem obrigatórios, é quase reconfortante escutar um cantor que usa sua voz natural, sem agudos impossíveis a cada dez segundos. Nuno mostrou que tem alcance, sim senhor, mas, como dizem os comerciais de cerveja, ele usa com moderação. A afinação irrepreensível e um grande poder de interpretação foram os pontos altos de sua performance, muitas vezes auxiliado pelos backings certeiros de Pedro Esteves.

Com uma discografia mais vasta que o Kamala, o Liar Symphony incluiu no set pelo menos uma música de cada um de seus trabalhos anteriores, “Affair Of Honour” (2000), “The Symphony Goes On” (2001), “Spirit Machine” (2004) e “Choose Your Side” (2005), além de um Black Sabbath pra dar um molho a mais. O encerramento foi com “Choose Your Side” e seu riff irresistível.

E cabe aqui o registro para a qualidade do som, alto e nítido nas duas bandas, a despeito de Kamala e Liar Symphony trabalharem estilos bem diferentes. Foram mais de duas horas de show de duas bandas do mais alto nível e que não acabaram em plena madrugada, como costuma acontecer – deu até pra chegar em casa e ver um bom pedaço da mesa redonda depois da rodada do Campeonato Brasileiro.

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