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KHORIUM: HEAVY METAL, HARDCORE E RAP EM UM ÚNICO ESTILO

Por Leonardo M. Brauna

Rio de Janeiro é um dos estados brasileiros que mais contribuem para a diversidade musical do país. De lá, saíram nomes históricos da MPB, samba, rock, heavy metal etc. O Khorium é um power trio de Volta Redonda/RJ que acaba de lançar o álbum “A plenos Pulmões” (2023) e, que, em sua música, estão vários elementos principalmente do hardcore, metal e RAP. Confira na conversa que tivemos com o guitarrista e vocalista G. Moreira, sobre essa versatilidade também criada por Shalon Webster (baterista) e Clarice Roberta (baixo).

Khorium tem pouco mais de seis anos de história, mas a bagagem musical é grande. Comumente, vocês introduzem elementos do hardcore, RAP e heavy metal nas músicas, mas neste último álbum também fizeram arranjos regionais como em “Vida Maria”. Pode comentar um pouco sobre essa versatilidade?Moreira: A gente tem diversas influências de artistas de outros estilos musicais além de metal e RAP. Nossa baixista, por exemplo, toca em orquestra sinfônica, eu trabalho como produtor em estúdio, logo tenho contato com muitos estilos musicais. E de alguma forma isso acaba transparecendo na sonoridade da banda. “Vida Maria”, especificamente, foi inspirada em um curta de animação brasileiro premiadíssimo de mesmo nome, e que traz uma reflexão muito importante. Recomendo este filme a todos.

Muitas participações fazem parte da história do trio. Nomes como Fernanda Lira (Crypta) e Jimmy London (Matanza Ritual) já gravaram com a banda. Para o álbum “A Plenos Pulmões” há mais músicos contribuindo com seus talentos. Como foram esses convites?

Moreira: Essa é uma cultura que vem do RAP e que incorporamos em nos nossos trabalhos. Em nosso novo álbum temos o Clemente Nascimento (Inocentes), que pra nós foi uma honra a sua participação. Nós fizemos uma apresentação no Show Livre – que foi lançada como álbum ao vivo em 2022 – e pudemos conhecê-lo pessoalmente, pois ele é o apresentador do programa. O Deivin participou em “Indignação Seletiva”, é co-autor da música e um jovem compositor muito talentoso, com hits gravados por grandes nomes do pop nacional, além da própria carreira como cantor de trap funk. E o Rafael Inácio, além de participar com viola de dez cordas tocando com arco em “Vida Maria”, trouxe novas ideias ao arranjo.

Khorium é uma banda questionadora, suas letras falam sempre sobre injustiça, crença e insegurança. Logicamente, temas assim costumam atrair seguidores e haters. Com qual desses lados a banda mais lida atualmente?

Moreira: Sempre virão existir os haters. Qualquer pessoa que se dedique à arte estará exposta às críticas e ao tribunal das redes sociais. Mas como as nossas letras são muito explícitas e não deixam dúvidas do nosso posicionamento e questionamento, isso já funciona como um filtro, então acaba chegando pra gente mais a galera que apoia, que entende a proposta da banda e que de fato curte o que a gente faz.

Foto: Daiane Landim

Do álbum “A Plenos Pulmões”, a canção “Monopólio da Violência” tem uma mensagem reflexiva sobre democracia, censura e outras interpretações. Sobre a violência que muitos setores da sociedade sofrem, em sua opinião, qual a que mais castiga a sociedade?

Moreira: A verdade é que o cidadão comum está subjugado pelas estruturas de poder desde sempre neste país. É como se não passasse de massa para aumentar a riqueza dos poderosos que controlam o jogo. O que a gente faz é tentar ser o mais provocador possível pra tentar trazer o público para alguma reflexão e autoconhecimento sobre a própria condição.

O videoclipe de “Monopólio da Violência” saiu com uma versão traduzida para libras. Foi uma atitude legal já que, nos tempos atuais, a inclusão digital passou a fazer parte da inclusão social. Como surgiu esta ideia?

Moreira: Eventualmente, a gente vê algumas iniciativas de inclusão no metal, mas ainda precisamos evoluir muito nessa questão. Desde melhorar a acessibilidade nos locais de shows, até por em prática soluções como essa de disponibilizar clipes com legendas e libras. E fazendo assim é importante para muitos projetos, então essa é a nossa, ainda que pequena contribuição para acessibilidade da nossa mensagem a este público. E sempre que possível nós vamos apoiar a inclusão no meio do metal e da música em geral.

Falando em tecnologia, o Khorium pretende investir mais nas versões digitais, já que o álbum anterior “Forças Opostas” (2020) também só saiu via streaming?

Moreira: Nós ainda não definimos sobre a possibilidade de material físico. Sabemos que há um público fiel para as mídias físicas, mas como somos uma banda independente, todo o processo para chegar até a mídia física ainda é muito trabalhoso e custoso. Mas não descartamos totalmente essa possibilidade. Talvez alguma versão especial limitada ou algo do tipo possa sair mais à frente um pouco.

A Plenos Pulmões” é o primeiro álbum com Clarice Roberta, que entrou durante a promoção do “Forças Opostas”. Quais foram os meios que fizeram essa excelente musicista integrar o time?

Moreira: Clarice é uma amiga já de muitos anos, e o convite durante a pandemia deixou tempo para que ela se familiarizasse com o repertório da banda. Mas a dinâmica da banda já mudou bastante com a entrada dela, que traz uma bagagem musical e técnica gigante apesar da pouca idade. Nas músicas antigas ela introduziu a sua própria personalidade e, em “A Plenos Pulmões”, a sua atuação é marcante sobre soluções melódicas e arranjos, além do convívio no dia a dia ser muito bom.

O Rio de Janeiro é um dos lugares brasileiros que exportam música para o mundo. Desde a bossa nova, samba ou funk, a cara do Rio sempre está atrelada a esses nichos. Como o circuito do rock’n’roll encontra espaço em meio a tanta diversidade musical?

Moreira: O Rio é um grande caldeirão de misturas. A cena rock do Rio persiste lado a lado com esses estilos, e às vezes em espaços muito próximos. A cena mais extrema então tem grandes nomes atualmente. Temos visto uma enxurrada de eventos de rock e metal no estado, mostrando que a cena local é viva e pulsante.

Como está a divulgação do álbum “A Plenos Pulmões”. Com o mundo tentando voltar ao normal neste “finalzinho” de pandemia, muito se tem a fazer em relação a shows, correto?

Moreira: Agora que o álbum foi lançado estamos começando a agenda de shows, assinamos com uma empresa especializada em booking para ajudar na organização desse tour, e vamos procurar tocar no maior número possível de lugares. A gente estava com muita saudade dos shows ao vivo.

Pensando mais no futuro, quais os objetivos do Khorium enquanto banda? Pode deixar suas considerações finais.

Moreira: Primeiramente, quero agradecer pelo espaço e pelo convite. Para o futuro queremos levar os shows do Khorium pra rodar o Brasil. Através da Internet temos uma base de fãs aguerrida que nos ajuda na divulgação nos mais variados estados de norte a sul, e queremos estar próximo dessa galera pessoalmente, reencontrar o publico e levar o som do Khorium a cada vez mais pessoas.

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