Assista:
Conceito clipe “EDM (e-Dependent Mind)” produzido pelo renomado Léo Liberti.
“O clipe mostra de forma crua e direta o quanto estamos nos “holofotes” das mídias sociais, interações virtuais e o quanto não nos relacionamos. Usamos o celular para comer, educar, para nos exibir, nos exercitar, de fato utilizamos a tecnologia (ferramenta maravilhosa quando usada de forma consciente) para apresentar uma realidade fictícia e vazia.
E passamos esse legado adiante…
A estética do clipe apresenta isso de forma reta: Corredores vazios, um local escuro no qual existem diversos holofotes voltados aos atores. A fotografia é soturna, quase sombria. Apareço em diversos locais ao mesmo tempo, mostrando a rapidez das imagens e essa coisa “multitela”, “multireal”. Porém vemos corredores vazios, movimentos de transição entre realidades, nos deixando perdidos em relação ao espaço e ao tempo da obra.
As telas dos celulares que mergulhamos são negras. Não há imagem, assim como no prato de comida. Os corredores são vazios, tudo é raso e não há conteúdo.
No final, a quarta parede é quebrada e percebemos que nós que estamos sendo mortos (à facada, ou seja, de forma dolorida e nua) pela tela do celular.
No pós clipe percebemos que uma mulher deixa seu filho se afogar por estar prestando atenção no celular. Nem na televisão (onde o clipe estava passando) ela estava focada.
E o principal, estamos vendo essa metalinguagem da tela de um celular ou de um computador. A pergunta que fica é: onde nós estamos?”