KIKO LOUREIRO: riffs icônicos e a nova turnê no Brasil em 2025

Kiko Loureiro, conhecido por seu trabalho com o Angra e o Megadeth, revelou anteriormente detalhes sobre alguns de seus solos favoritos dos fãs (leia aqui). Agora, o guitarrista aborda a criação de alguns de seus riffs mais marcantes. Entre eles, destacam-se Nothing to Say, do Angra, e Night Stalkers, do Megadeth.

Kiko também é mentor da Kiko Loureiro Guitar Academy (KLGA), um espaço de aprendizado para guitarristas de todos os níveis. “A KLGA já conta com mais de 9.000 alunos, formando uma comunidade vibrante e conectada”. O guitarrista compartilha sua experiência com técnicas avançadas, criatividade e mercado musical, promovendo um verdadeiro intercâmbio cultural. Saiba mais em: https://www.kikoloureiro.com/.

Em 2025, Kiko retorna ao Brasil com a Theory of Mind Tour, promovida pela Top Link Music, celebrando o lançamento de seu novo álbum, Theory of Mind. “Esse álbum marca uma nova fase na minha carreira solo, trazendo uma combinação de influências e muita experimentação”. Ingressos e informações: https://kikoloureiro.com/tour-2025/.

 

A história por trás dos riffs

  • Streets of Tomorrow“Esse riff foi um dos primeiros que compus para o Angels Cry. Eu estava experimentando bastante na época, buscando sons que combinassem técnica com peso. O riff de Streets of Tomorrow tem essa característica: é direto, mas também tem uma construção melódica que o torna marcante. Era algo que eu queria que refletisse minha identidade como guitarrista logo no primeiro álbum da banda.” A música foi criada durante um período de grande evolução técnica para Kiko, que buscava consolidar sua linguagem musical. “Eu estava muito influenciado por bandas que misturavam metal tradicional com progressivo, como o Queensrÿche, e guitarristas que exploravam melodias virtuosas. O riff nasceu de uma base bem sólida de metal, mas com um toque melódico que se conectava à proposta do Angra de ser algo único no cenário do metal.”  Além disso, Kiko explica que a composição ajudou a dar forma ao som do Angra, que ainda estava sendo definido na época. “Era tudo muito novo para nós, mas queríamos que cada música tivesse um impacto. Streets of Tomorrow tem essa energia de uma banda que está encontrando seu caminho e mostrando seu potencial ao mundo.”A faixa também se destacou ao vivo, sendo uma das favoritas de Kiko para tocar nos primeiros shows. “Tocar essa música no palco era incrível. Ela tinha uma energia que conectava a banda com o público de forma muito natural.”

 

  • Nothing to Say: “O riff principal começou de maneira muito simples, quase básico, quando estávamos compondo no sítio do Rafael Bittencourt, no interior de São Paulo. Tocávamos juntos, e eu sentia que faltava algo. Quando chegamos ao estúdio, decidi experimentar e adicionar algumas notas extras para tornar o riff mais interessante. Foi naquele momento que o riff ganhou a complexidade e a identidade que conhecemos hoje”.A mudança, no entanto, não foi consensual de início. “O Andre Matos achou que o riff tinha ficado muito cheio de notas, especialmente porque ele queria cantar em cima. Ele pediu várias vezes para simplificarmos, mas eu e o Sascha Paeth, que produzia o álbum, insistimos em mantê-lo do jeito mais elaborado.”Apesar das diferenças, a versão final do riff foi gravada e se tornou uma das marcas registradas da música. “No final, foi a melhor decisão. O riff complexo trouxe um impacto único à música e ajudou a criar aquela atmosfera épica que conecta com o tema do Holy Land.”Além do riff, Nothing to Say também se destaca pelos solos e pela construção melódica que combina elementos do metal progressivo com influências da música brasileira. “A transição do riff para o refrão é algo que dá uma dinâmica muito especial à música. Sempre que tocamos ao vivo, essa passagem é uma das que mais conecta o público com a banda.”Kiko relembra que a música já era tocada em turnês antes mesmo de ser finalizada. “Tem vídeos antigos na internet com versões mais simples de Nothing to Say, antes de ela ganhar os detalhes finais no estúdio. Era incrível ver como a música já tinha uma energia especial desde o início.”

 

  • Rebirth: “Eu e o Rafael nos sentamos para criar algo do zero, e começamos a improvisar. Na época, eu tinha uma ideia de riff que já tinha apresentado ao Angra, mas acabou sendo descartada. Essa ideia, mais tarde, virou a introdução de uma música do meu álbum solo Open Source chamada Du Monde. Para não desperdiçar aquele conceito, recriei algo parecido, mas mais simples, com uma pegada que se encaixava melhor na vibe do que queríamos para Rebirth.”A melodia foi evoluindo rapidamente. “Improvisamos e gravamos tudo em um gravadorzinho. Alguns dias depois, o Rafael veio com a estrutura da música praticamente pronta. Ele já tinha organizado a introdução, o verso e o refrão, dizendo: ‘Cara, acho que já temos uma música!’ Foi algo muito natural.”Além disso, Kiko relembra como a melodia inicial do riff foi adaptada para trazer mais impacto. “Queria algo que soasse renovador, otimista, mas sem perder a essência do power metal melódico. Essa simplicidade inicial ajudou a música a ser mais acessível, mas ainda carregada de energia.” Hoje, Rebirth é considerada uma das faixas mais emblemáticas do Angra, representando uma fase de recomeço tanto para a banda quanto para os fãs.

 

  • Nova Era: “O riff principal surgiu enquanto eu estava praticando sozinho, algo que faço muito. Eu gosto de experimentar combinações entre técnica e melodia, e Nova Era foi um desses momentos em que a inspiração veio naturalmente. O tapping que aparece no solo já estava na minha cabeça antes mesmo de começarmos a compor formalmente a música”.A música, rápida e técnica, exigiu atenção especial no estúdio. “Depois do riff inicial, criei a sequência de arpejos que aparece logo após o solo. Essa parte foi pensada como um clímax instrumental, algo que resgatasse a essência neoclássica, mas com um toque de power metal moderno.”O produtor Dennis Ward também teve um papel importante na finalização da música. “Ele achou que havia muitos trechos instrumentais longos e sugeriu que o Edu [Falaschi] gritasse algo no meio do riff para criar uma interação mais direta. O grito de ‘Arise!’ foi ideia dele, e ficou perfeito, trazendo uma energia ao vivo para a faixa.”Além disso, Kiko compartilhou um fato curioso sobre o riff de transição entre o solo e os arpejos. “Esse trecho foi ‘emprestado’ por uma banda de axé. O Parangolé usou esse riff em uma música deles, o que acabou virando uma curiosidade engraçada para os fãs mais atentos.” Com sua combinação de velocidade, técnica e emoção, Nova Era consolidou-se como um dos maiores clássicos do Angra e um marco no metal melódico mundial.

 

  • Night Stalkers: “Eu queria algo que soasse caótico, mantendo a essência do thrash metal. Trabalhei com duas notas de semitom para dar essa sensação de instabilidade, algo que já é muito característico do Megadeth e do estilo em geral. Decidi acelerar ao máximo para trazer ainda mais intensidade”.No estúdio, o processo criativo foi impulsionado por Dave Mustaine, que sugeriu aumentar o BPM do riff principal. “Já tínhamos algo rápido, mas o Mustaine pediu para subir 10 pontos no BPM. Isso levou a execução ao limite, algo que me lembrou o que fazíamos no Angra, como em Temple of Hate, onde aceleramos um pouco mais do que o natural para desafiar a técnica. O Dirk [Verbeuren, baterista] trouxe sua experiência com velocidade extrema, e isso animou a todos.” Além do riff inicial, Kiko também compôs outros riffs da música, incluindo os que sustentam o verso e o refrão, todos trabalhados em sequência no estúdio.Outro destaque da música é a participação de Ice-T, ícone do rap e vocalista do Body Count. “O Mustaine convidou Ice-T, que é um grande amigo dele, para participar com uma narração poderosa que trouxe ainda mais peso e atitude para a faixa.” Night Stalkers ganhou um videoclipe cinematográfico que combina cenas de guerra e ação com a intensidade sonora da música, tornando-se uma das peças mais memoráveis do álbum.

 

Kiko e a arte da guitarra

“Nunca tento apenas mostrar técnica, mas criar algo com melodia que conte uma história”. Do Angra ao Megadeth, Kiko Loureiro se consagra como um dos maiores guitarristas da atualidade. 

 

Vídeos:

Assista ao videoclipe de “Talking Dreams”: https://www.youtube.com/watch?v=rlN5Bfwcqic
Assista ao videoclipe de “Point Of No Return”: https://www.youtube.com/watch?v=gAYvla2IKp4
Ouça “Theory of Mind”: https://lnk.dmsmusic.co/kikoloureiro_theoryofmind
Assista o playthrough de “Blindfolded”: https://www.youtube.com/watch?v=zzCGOGGXAYg
Assista o playthrough de “Mind Rise”: https://www.youtube.com/watch?v=_ceQ3YBQtvg
Assista playthrough de “Out of Nothing”: https://www.youtube.com/watch?v=XzBW5vdeKM8
Loja oficial de Kiko Loureiro: https://kikoloureirostore.com/

 

Mais informações:
Site Oficial: http://www.kikoloureiro.com
Instagram: https://www.instagram.com/kikoloureiro/

 

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Foto: Henrique Grandi (@henrique_grandi)
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