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KINGS OF ROCK FEST

Apesar da noite fria e chuvosa que ocorreu em São Paulo no primeiro sábado do mês de julho, o Gillan’s Inn English Rock Bar recebeu um número de pessoas que variou de razoável para bom. E elas compareceram para prestigiar o ‘Kings Of Rock Fest’, evento que reuniu três bandas paulistanas, as duas mais veteranas King Bird e Santarem, e também a “novata” King Of Bones. O Gillan’s funciona num esquema ‘pub’, sendo assim, a casa dispõe de mesas na pista, o que logicamente fez com que o público presente no evento assistisse sentado as apresentações.

E quem deu início perto das 23h30 foi o Santarem que de cara apresentou uma trinca formada por músicas de seu terceiro e mais recente álbum “No Place To Hide”, que foi lançado em 2011. O grupo foi formado em 1998 e passou por um período de trocas de integrantes e agora é formado pelos músicos originais Alex Andreoni (guitarra) e Guilherme Furlan (baixo), e também pelo vocalista Thiago Scataglia – que estreou no último álbum -, e o mais novo integrante, o jovem baterista Fábio Mendes.

Contando com uma boa qualidade de som, o quarteto pôde apresentar seu Prog Metal que não dispõe de firulas e excessos – algo que é bem comum no gênero -, preferindo soar mais ‘soft’, por assim dizer. Mesmo tendo uma performance tímida e de pouca comunicação, Thiago mostrou seu potencial como vocalista, alcançando notas altas sem abusar dos agudos, mesmo que esse tipo de timbre seja natural para a sua voz. Atualmente, o grupo está gravando seu quarto álbum de estúdio e nesse show apresentou a nova “Only Memories Remains”. A música mostrou que a sonoridade do grupo está intacta e ainda é incorporada por referências vindas do Hard Rock. Isso ficou evidente, principalmente nos arranjos de guitarra de Andreoni que, como deu para notar, possui influências claras de Eddie Van Halen.

O Santarem também apresentou músicas de seu segundo álbum “Downtown Station” (2005) como “How Much Will Be Enough?” e “Eyes On Fire”, além de “Sweet Flavour Of Justification”, que fez parte do projeto chamado “William Shakespeare’s Hamlet”, que foi lançado em 2001 pela Die Hard Records. O set de quarenta e cinco minutos foi encerrado com o único cover de todo o evento, “A Tout Le Monde” do Megadeth, em uma versão um pouco mais “suja” que a da original, principalmente na parte do dedilhado inicial e final.

Em apenas 20 minutos o palco já estava liberado para o King Of Bones que após a introdução mecânica deu início ao seu set com uma de suas novas composições, a pesada “No Way Out”. O grupo formado por Júlio Federici (vocal), Rene Matela (guitarra), Rafael Vítor (baixo) e Renato Nassif (bateria) segue na divulgação de seu álbum de estreia “We Are The Law” (2012), enquanto prepara as composições do sucessor. Também apoiado na boa qualidade de som o grupo apresentou sua sonoridade que é um híbrido entre o Hard Rock e o Heavy, mas com andamentos recheados de Groove. O grupo mostrou qualidades individuais, começando por Federeci que, além de possuir atitude e personalidade em cima do palco, tem um vocal que sugere influências óbvias de Bruce Dickinson (Iron Maiden) nas músicas mais agressivas e outras de Geoff Tate (Queensrÿche) nas mais sutis.

Outros fatores que também chamaram a atenção na apresentação do King Of Bones foram a pegada de Rene e também o trabalho dos vocais de apoio feito por ele e também por Rafael e Renato. Nesse sentido, os três compõem bem a linha de vozes, pois possuem potência e qualidade, como ficou provado, por exemplo, em “Fly Away”, que tem um refrão bem marcante. O set contou com outras músicas que se destacaram como o Hard Rock cadenciado de “Time To Believe” que tem um quê de Whitesnake e Kiss (na fase 80); A pesada “Broken Dreams” que foi tocada na sequência e contou com levadas de dois bumbos; E também a arrastada e tão pesada quanto “Beginning Of The End”.

Algumas outras novas músicas também anteciparam o que virá no próximo material, casos de “Point Of No Return”, “Walking On The Edge” e “We’re Stronger”, que acabou encerrando o show do King Of Bones que devido a falta de tempo teve que deixar de fora do set a música “Heroes”. Mesmo assim, o grupo fez uma apresentação correta e bastante empolgante, além de ter deixado uma boa impressão do que poderemos esperar em seu novo álbum.

Apesar de o evento ter começado tarde, principalmente para aqueles que dependiam de transporte público, sendo que aos sábados o metrô paulistano finaliza suas atividades a 1h00, as pessoas continuaram na casa mesmo após esse horário para prestigiar a última atração que foi o King Bird que entrou em cena pontualmente as 2h00 com Sílvio Lopes (guitarra e backing vocal), Fábio César (baixo e backing vocal), Marcelo Ladwig (bateria) e o novo vocalista Ton Cremon, mandando ver após a introdução mecânica com “Road To Ruin”, música que integra seu segundo álbum “Sunshine” (2008). Infelizmente, a regulagem da casa não favoreceu nessa primeira música, já que o vocal de Ton ficou extremamente alto, ao contrário do volume da guitarra e do retorno do baixo que ficou prejudicado.

Ao menos para o público as coisas melhoraram a partir da música seguinte, “Daybreak”, que foi a primeira com Ton Cremon a ser apresentada nas redes sociais da banda. Falando em Ton, o vocalista caiu como uma luva, já que suas características deram uma cara mais Hard Rock ao King Bird que sempre se caracterizou pela sonoridade baseada no Classic Rock de bandas como Rainbow e Led Zeppelin e no Heavy Metal praticado pelo saudoso Ronnie James Dio, principalmente devido a voz do ex-vocalista João Luiz. Além disso, Cremon tem muita potencia vocal e bastante carisma. Carisma também é o que não falta para o comunicativo Sílvio Lopes. Outro ponto forte no King Bird é a questão dos vocais de apoio de Silvio e Fábio que sabem preencher bem os espaços, além de serem grandes músicos. Um exemplo disso pôde ser conferido em “Here Comes The Zeppelin”.

Voltando a falar de Dio, o baixinho foi homenageado na ótima “Beyond The Rainbow”, faixa que pertence ao EP de mesmo nome lançado em 2012 e por enquanto o mais recente trabalho do grupo. Mas músicas do ‘debut’ “Jaywalker” (2005) também não foram esquecidas e então o público foi agraciado com a empolgante “Underdog” e também “Old Jack”, uma das melhores da banda. Outra música nova, “Break Away”, foi apresentada e “Cross The Muddy River” foi a saidera, tendo como destaque Marcelo Ladwig  com seus arranjos de condução e bumbos. Grande show.

O Gillan´s Inn English Rock Bar merece os cumprimentos não só por esse primeiro ‘Kings Of Rock Fest’, mas também por ser uma das poucas casas que está tendo a coragem de disponibilizar os sábados para bandas autorais, ao contrário de outros locais que colocam as mesmas para tocarem para meia dúzia de gatos pingados em dias de semana ou no máximo em matinês de domingo. Se o medo dos outros bares é a falta de público para bandas de som próprio aos sábados, o que podemos dizer é que pelo menos nos eventos que presenciamos em 2015 no Gillan’s o público não decepcionou. Se você é dono de bar, pense a respeito. As bandas autorais agradecerão e o público terá a oportunidade de conhecer melhor o trabalho delas.

KING BIRD – Set list:
Road To Ruin
Daybreak
Old Jack
Getting Over My Faith
Sunshine
Beyond The Rainbow
Break Away
Here Comes The Zeppelin
Underdog
Cross The Muddy River

KING OF BONES – Set list:

Intro
No Way Out
Find Your Salvation
Fly Away
Point Of No Return
Time To Believe
Broken Dreams
Beginning Of The End
Walking On The Edge
We Are The Law
We’re Stronger

SANTAREM – Set list:
No Place To Hide
Faraway
Take Me Home
Only Memories Remains
Sweet Flavour Of Justification
Eyes On Fire
How Much Will Be Enough?
No Words To Say
A Tout Le Monde (Cover do Megadeth)

 

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