Durante uma aparição no episódio final da 13ª temporada de America’s Got Talent nesta quarta-feira (19 de setembro), o KISS confirmou que vai embarcar em sua turnê de despedida, nomeada One Last Kiss: End Of The Road World Tour, em 2019.
O vocalista, Paul Stanley, disse: “Esta será a nossa última turnê. Será o mais explosivo, o maior show que já fizemos. Esse será O SHOW”.
O KISS acrescentou em uma declaração: “Tudo o que construímos e tudo o que conquistamos nas últimas quatro décadas nunca poderia ter acontecido sem os milhões de pessoas em todo o mundo que encheram clubes, arenas e estádios ao longo desses anos. Esta será a celebração final para aqueles que nos viram, e uma última chance para aqueles que não nos viram. KISS Army, estamos nos despedindo com nossa última turnê, nosso maior show até agora, e sairemos da mesma forma que chegamos… sem remorso e imparáveis”.
Gene Simmons disse recentemente ao jornal sueco Expressen que a próxima turnê do KISS durará três anos. Chamando ela de “a turnê mais espetacular de todas”, o baixista / vocalista acrescentou que a turnê fará paradas em “todos os continentes”.
Rumores de que o KISS estaria se preparando para embarcar em uma turnê de despedida tomaram força nos últimos meses, após a notícia de que o grupo estava tentando registrar o nome The End Of The Road. Um pedido do KISS foi arquivado em 8 de fevereiro no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos, que, se for aceito, significa que a banda poderia usá-la em “apresentações ao vivo de uma banda musical”. Porém, até o momento, nenhuma turnê oficial de despedida foi anunciada.
Em uma entrevista concedida ao ‘Chicago Sun-Times’, em abril, Gene Simmons reconheceu que a turnê final do KISS com a formação atual provavelmente acontecerá em um futuro não muito distante. “Acontecerá, um em algum momento”, disse ele. “Nós não podemos continuar fazendo isso para sempre. Nós somos a banda mais trabalhadora no show business. Se Mick Jagger calçasse as minhas botas de dragão, ele não duraria meia hora”. Mais importante, diz Simmons, a banda “não quer ficar no palco um dia a mais do que enquanto nos sentimos válidos… Lembre-se, nós nos apresentamos com a frase ‘você queria o melhor, você tem o melhor, a banda mais quente do mundo’ e não com a frase ‘nós costumávamos ser os melhores’.
Perguntado pelo jornalista Michael Cavacini sobre o registro da marca ‘The End of the Road’ e o possível fim das atividades da banda, o líder do KISS, Paul Stanley, disse: “Não é a primeira marca registrada que foi solicitada. Achei que era um nome fantástico e fiquei surpreso por ninguém ter usado antes. Eu queria certificar-me de que, quando a usarmos – e chegará o momento que a usaremos, imagino – eu queria ter certeza de que nós a possuíssemos, e ela é nossa. Quando quisemos sair e fazer a turnê Hottest Show on Earth, a Ringling Bros. veio até nós e disse: ‘Vocês não podem fazer isso’. Isso foi um alerta para mim. Nós sempre tivemos slogans ou frases que são sinônimo de nós, e esta é mais uma. Tudo termina, de uma forma ou de outra. Quando chegar a hora, quero sair com estilo e quero sair cuspindo fogo. Então, quando tive essa ideia, pensei, ‘vamos ter certeza de que nós possamos fazer isso”. “Não sei o que dizer, mas não sei o que dizer, não sei o que dizer. estilo, e quero sair com armas de fogo. Então, quando encontrei essa ideia, Eu pensei que vamos garantir que nós amarremos isso.”
Cerca de vinte anos atrás o KISS já havia anunciado publicamente seus planos de despedida. Stanley disse mais tarde que a tumultuada Farewell Tour da banda em 2000 não era mais do que uma tentativa do grupo de “tirar o KISS de sua miséria”, depois de anos de choques de ego e desentendimentos sobre créditos de composição entre os membros originais da banda.
Gene Simmons declarou no ano passado, em entrevista para o Glasgow Live, que a banda ainda “tem mais alguns anos” para queimar nos palcos, antes de uma possível despedida. Também foi essa a impressão que ele passou para a ROADIE CREW, em entrevista publicada em 2016 (ed. #213): “tem alguma coisa com o Kiss que supera a barreira do tempo. A gente impressionava o garoto de 5 anos de idade lá nos anos 70, e fazemos o mesmo hoje em dia. É algo totalmente autêntico. Não dá pra fingir, não dá pra enganar a audiência. O pessoal percebe na hora se você abrir um sorriso falso ou se não está dando o melhor de si. A banda está viva e tocando melhor do que nunca! […] Eu me sinto mais forte e mais poderoso quando coloco aquela máscara.”
O guitarrista Paul Stanley por várias vezes declarou que existe a real possibilidade de o Kiss seguir adiante sem ele e Gene Simmons na formação, declarando que “nós não caímos na limitação das outras bandas, pois nós não somos as outras bandas”, e que “em algum momento, eu gostaria de ver alguém na banda no meu lugar, isso porque eu amo a banda”. Ainda no mês passado, ele comentou a razão de não querer mais passar muito tempo na estrada: “eu não quero sair de casa”, ele disse. “Eu tenho uma família, eu tenho filhos e, honestamente, acho que minha principal responsabilidade é ser um pai, e não quero perder isso. E certamente, à medida que envelhecemos, sabemos que a vida é finita e eu escolho o que eu quero fazer neste momento”.
Se “o fim da linha” se aproxima ou não, só o tempo irá dizer. Resta aos fãs lembrarem da trajetória de sucesso, da grandeza e dos grandes hits que a banda forjou, assim como das palavras de Gene Simmons para a ROADIE CREW: “Gene, Paul, Ace e Peter eram quatro vagabundos das ruas de Nova York que tinham um sonho e acabaram encontrando o pote de ouro no fim do arco-íris. E cada vez que você ouve a frase ‘You wanted the best, you got the best’, isso não é uma simples apresentação da banda, mas um desafio que nos colocamos a cada vez que subimos num palco.”
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