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KORZUS / NO WAY / TORTURE SQUAD

O palco da Clash Club parece ter se acostumado a receber o Korzus para shows especiais. Se em 23 de novembro de 2013 o grupo apareceu na casa para tocar ao vivo a versão vinil de seu clássico disco “Mass Illusion” (1991), no último sábado, 04, o grupo de Thrash Metal comemorou mais de trinta anos de carreira sendo atração do ‘Setlist Show’. Trata-se de um projeto em que o repertório é escolhido pelos fãs através de enquete criada pela Agência Sob Controle na página do evento no Facebook. Sobre o resultado do “vox populi”, comento a respeito na conclusão desta cobertura.

Como banda convidada, o evento contou com Torture Squad e, para a abertura, o jovem grupo paulistano No Way. Mas uma troca de última hora no cronograma fez com que o veterano Torture Squad começasse a esquentar os amplificadores quando faltava pouco para as 19h. Mayara “Undead” Puertas (vocal), Rene Simionato (guitarra), Castor (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria) entraram após breve introdução e, para um público ainda bem pequeno, mandou ver com a música que dá nome a “Return of Evil”, recente EP que tem sido divulgado na nova turnê do Torture, que tem percorrido todo o país. Sem perder tempo, a banda mandou mais duas tijoladas: “Pull The Trigger”, do conceitual “Esquadrão de Tortura” (2013), e “Mad Illusions”, do segundo álbum, “Asylum Of Shadows” (1999).

Devido à bateria de Rodrigo Oliveira (Korzus) estar montada ao fundo, Amilcar tocou com seu enorme kit à frente, mas a redução de espaço no palco não prejudicou a atuação da banda. Principalmente de Mayara, que, além de cantar muito, agitava o tempo todo – embora não tenha falado com o público – exceto quando se despediu -, devido ao pouco tempo que o Torture Squad teria de apresentação. Entretanto, foi bacana que antes das aclamadas “Horror and Torture” e “Living for the Kill” o grupo lançou mão das introduções mecânicas, criando um clima sombrio.

Devido à bateria de Rodrigo Oliveira (Korzus) estar montada ao fundo, Amilcar tocou com seu enorme kit à frente, mas a redução de espaço no palco não prejudicou a atuação da banda. Principalmente de Mayara, que, além de cantar muito, agitava o tempo todo – embora não tenha falado com o público – exceto quando se despediu -, devido ao pouco tempo que o Torture Squad teria de apresentação. Entretanto, foi bacana que antes das aclamadas “Horror and Torture” e “Living for the Kill” o grupo lançou mão das introduções mecânicas, criando um clima sombrio.

A ótima qualidade de som permitia ouvir com clareza os riffs e solos executados pelo competente Simionato, que está completamente encaixado ao Torture Squad, assim como Mayara. A performance de Christófaro, como sempre, dispensa comentários, mas, em relação a Castor, impressiona observar sua técnica e pegada, acompanhando nos dedos cada riff e levada de bumbo, de maneira meticulosa. Infelizmente, “The Unholy Spell” deu números finais ao curto, porém matador show do Torture Squad – particularmente, senti falta de “Chaos Corporation” no repertório. Ao final, Amilcar foi ao microfone agradecer ao público pela presença e, então, o grupo saiu ovacionado.

Meia hora após a apresentação do Torture Squad foi a vez de o No Way entrar em cena para mostrar seu heavy/thrash groove e aproveitar a ocasião para lançar o segundo álbum, “Challenge”, sucessor do ótimo “Rise Of Insanity” (2014). Assim sendo, o grupo montou seu repertório baseado no novo material e deu início com a agressiva “From Ashes”.

Felipe Ribeiro (baixo), Daniel Bianchi (bateria) e o estreante Lucas Mendes (guitarra) mandaram um instrumental cativante, mas, infelizmente, não contaram com uma qualidade de som tão boa, já que o volume ficou alternando durante toda a apresentação do No Way. E m compensação, a vocalista Diana Arnos roubou a cena, demonstrando simpatia e se comunicando bem com o público, que aquela altura já marcava presença em número razoável na Clash Club.

A única música representante de “Rise Of Insanity” a ser tocada foi a cadenciada “Leading Way to Suicide”. Após essa, Diana utilizou a pausa para falar das plataformas em que “Challenge” está sendo disponibilizado e também para agradecer a oportunidade de tocar com o Korzus e com o Torture Squad. Nesse intervalo, a ‘frontwoman’ foi aplaudida ao agradecer o público que compareceu por estar prestigiando o evento, ao invés de ficar em casa reclamando de tudo e de todos via redes sociais. Em suma, o No Way apresentou um set ainda mais curto do que o do Torture Squad, mas ainda assim deixou boa impressão.

Antes de a atração principal entrar em cena, a Clash Club já estava tomada de pessoas que aguardavam ansiosas para ver o Korzus tocar as músicas mais votadas da enquete. Às 20h35, o público ensandeceu quando a introdução mecânica começou a ecoar na casa. E foi com esse clima que Rodrigo Oliveira (bateria), Heros Trench e Antônio Araújo (guitarras) foram tomando seus postos. Mas a euforia foi ainda maior quando os fundadores Marcello Pompeu (vocal) e Dick Siebert (baixo) chegaram, segundos depois, para então os cincos darem início com a porradaria de “Guilty Silence”. Tudo ia bem para Heros até que, em dado momento da música, uma parte do palco se abriu e inevitavelmente o guitarrista tropeçou e caiu. Por sorte, sua queda se deu em cima de uma das caixas frontais, então o guitarrista se virou e seguiu tocando.

Na pausa, Pompeu comentou da felicidade dos integrantes por estarem fazendo o primeiro show do ano na cidade natal da banda. Prosseguindo, ele agradeceu, disse a todos que continuassem se divertindo e mantendo o respeito por cada um ali presente, afirmou que o Korzus estava no local para fazer o melhor thrash metal ‘old school’ de São Paulo e então anunciou a música seguinte, também de “Ties of Blood” (2004), a curta e visceral “Screaming for Death”.

Agora, diz aí, qual outra banda você conhece que é capaz de fazer os fãs formarem o mosh pit em todas as músicas do set? O Korzus é! Do começo ao fim, o que se via na pista parecia o prenúncio do caos, tamanha a sinergia entre banda e público. Em “Vampiro”, por exemplo, a coisa ficou insana. Só que impagável mesmo foi ver o vocalista Nando Fernandes (Lightning Strikes e Radio Show – ex Hangar, Shining Star e Cavalo Vapor) participando da roda em “What Are You Looking For” com o filhinho de Pompeu sobre seus ombros. Com uma qualidade de som muito boa, o Korzus seguiu fazendo seu show, habitualmente impressionante, e mandando ver na artilharia pesada com um arsenal formado de granadas e dinamites como “Discipline of Hate”, “Raise Your Soul”, “Respect” e por aí vai.

Foi engraçado quando se criou todo um clima para o início de “Legion”, música que dá nome ao álbum mais recente da banda, lançado em 2014, e por algum problema técnico os músicos tiveram que reiniciá-la. Mas o grupo agiu com bom humor, Pompeu tirou sarro e, ao final, os cinco se retiraram do palco. Esta foi a deixa para a introdução mecânica que anunciava a clássica “Agony”, do imbatível “Mass Illusion” (1991). Do mesmo álbum veio a própria “Mass Illusion”, e nessa o ex-guitarrista da banda, Silvio Golfetti, foi convocado por Araújo a subir no palco. O integrante atual comemorou seus nove anos no Korzus e rasgou elogios a Golfetti, que então assumiu seu lugar na música. Era interessante notar a presença do vocalista do Ratos de Porão, João Gordo, que estava curtindo o show com seu filho Pietro na lateral do palco. Em “Internally”, Araújo segurou a bronca na guitarra sozinho, enquanto que Trench e o convidado Golfetti se incumbiam dos backing vocals. O final do show se aproximava, mas ainda rolou uma trinca violenta com “Correria” – que foi dedicada por Pompeu à sua mulher e filho –, “Never Die” e “Truth”, que antecedeu a despedida feita com a sempre aclamada “Guerreiros do Metal”, de “SP Metal 2” (1985).

Como de praxe, o Korzus realizou um show impecável, algo que chega a ser redundante dizer. O saldo final foi que todos saíram animados da Clash Club após esse evento bem organizado e com shows eletrizantes. Agora, de minha parte, fica aqui uma reclamação em relação aos votos na enquete que decidiu o repertório do Korzus para essa apresentação. Muita gente sempre indaga a ausência de músicas do EP “Pay For Your Lies” (1989) e, principalmente, do inesquecível “Sonho Maníaco” (1987), nos setlists do Korzus. Dessa vez a oportunidade esteve, literalmente, em nossas mãos, porém, infelizmente, a grande maioria preferiu votar em músicas que são triviais nos shows do grupo. Uma pena, porque outra oportunidade dessas possivelmente será muito difícil acontecer.

KORZUS – Setlist:
Intro
Guilty Silence
Screaming for Death
Discipline of Hate
Raise Your Soul
Respect
Vampiro
What Are You Looking For
Legion
Agony
Mass Illusion
Internally
Correria
Never Die
Truth
Guerreiros do Metal

NO WAY – Setlist:
From Ashes
Kill For Money
Leading Way to Suicide
Cancer Cell
Through the Storm
Challenge

TORTURE SQUAD – Setlist:

Intro
Return of Evil
Pull the Trigger
Mad Illusions
(Intro) / Horror and Torture
No Escape from Hell
(Intro) / Living for the Kill
The Unholy Spell

 

 

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