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MARTIN BARRE – 05 de março de 2020 – São Paulo/SP

Espaço das Américas, São Paulo/SP

Por Marcelo de Freitas Gomes

Celebrando 50 anos de Jethro Tull, o guitarrista inglês Martin Barre, que participou dos álbuns de maior representação da história da banda entre os anos de 1969 a 2011, se apresentou no último dia 5 março no Espaço das Américas, em São Paulo. O show contou com as participações especiais de Dee Palmer (tecladista que também tocou na formação clássica da banda) e do filho do tecladista Rick Wakeman, Adam Wakeman, músico que também atuou na carreira solo de Ozzy Osbourne e chegou a gravar com o Black Sabbath.

Logo de início, deu para perceber toda uma geração de fãs, famílias inteiras que compareceram para celebrar os 50 anos do Jethro Tull. Tudo fez com que os músicos percebessem a qualidade da produção do evento. Do ambiente aconchegante, com mesas lotadas, passando pelo merchandising com diversos itens para colecionadores, além do telão com imagens interagindo com o show e a equalização do som de grande qualidade (com técnico vindo com a banda), chegando até a facilidade no acesso na casa, a pontualidade, a iluminação sincronizada e o palco bem distribuído.

Chegada a hora do show, Barre e sua banda abriram com Song For Jeffrey sem flautas, mas compensadas com as guitarras do vocalista Dan Crisp e arranjos bem mais pesados de guitarra. Logo podemos notar que o vocalista carrega certos trejeitos de Mr. Anderson. My Sunday Feelings mostrou duos de guitarra e uma levada mais blues do que a versão original. Martin, então, declarou: “É especial estar de volta, ficaram muito tempo longe mas que isso seria diferente daqui para frente.”

Em Nothing is Easy, a banda se mostrou afiada com todas as paradas, solos de guitarra e baixo. De fato, Barre reuniu um grande time para honrar o legado do Tull, arrancando aplausos ao que mais parecia um duelo entre os excelentes músicos. Com isso, aproveitou para apresentar a banda.

Chegada a hora de Aqualung, as primeiras notas do riff geraram as reações mais diversas por parte do público, que levantou, gritou, agitou em uma verdadeira catarse. Dee Palmer e Adam Wakeman deram um clima mais dramático na parte lenta, aquela que Ian Anderson geralmente usa os violões.

Dee Palmer fez um pequeno interlúdio no teclado que precedeu War Child e nos telões imagens de guerra nos remetia ao tema da música. Martin voltou aos microfones para falar sobre a música progressiva e a obsessão da imprensa brasileira pela palavra ‘prog’. A definição de música progressiva para ele é uma música difícil de se tocar e ainda mais complicada de se ouvir. Com isso, Sealion, do álbum War Child, foi executada de forma brilhante, demonstrando o virtuosismo dos músicos. Mais clássicos foram tocados na sequencia, como Cross-Eyed Mary, aquela que o Iron Maiden fez sua versão, além de Heavy Horses, Songs From The Wood e Hunting Girl. Martin então falou que a música seguinte não era tocada sempre, mas que era uma noite especial. Então, nos presenteou com Thick As a Brick.

Indo de um lado ao outro do palco, Martin e sua banda seguiram desfilando mais hits de forma magistral, como Minstrell In the Gallery, Teacher, A New Day Yesterday e fechando com Jump Start. Acabaram aplaudidos de pé.

A volta do bis veio com Locomotive Breath, que encerrou o espetáculo. Ao se despedir, Martin Barre esbanjou simpatia com os fãs, que àquela altura se aglomeravam na beira do palco para tirar selfies e pegar autógrafos. Por sinal, a satisfação e a felicidade da banda foi tão grande que, após o show, todos os músicos saíram do camarim, por livre e espontânea vontade, para confraternizar com seus fãs. Este realmente foi um espetáculo completo de Barre, mostrando sua importância na história do Jethro Tull e no rock progressivo mundial.

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