A alta rotatividade de músicos na história do Megadeth rendeu guitarristas talentosos para o cenário da música pesada e para os álbuns dessa que é um dos grandes nomes do heavy metal nos últimos 40 anos. Entre todos que fizeram dupla com o fundador Dave Mustaine, indiscutivelmente o mais aclamado pela maioria dos fãs e dos próprios guitarristas que o sucederam no Megadeth é o hoje (e de longa data) artista solo Marty Friedman. Em seu período no Megadeth, Friedman gravou cinco álbuns de estúdio, entre eles os consagrados Rust in Peace (1990), Countdown to Extinction (1992) e Youthanasia (1994). Mas apesar de tecnicamente Marty Friedman ser considerado por muitos o guitarrista mais virtuoso e exótico que tocou no Megadeth, para o atual parceiro de Mustaine, Teemu Mäntysaari, há outros guitarristas que têm sido mais complicados para ele aprender o modo de tocar as músicas que gravaram. Em entrevista ao canal de YouTube Chaoszine, Teemu, que assumiu em 2023 a vaga deixada pelo brasileiro Kiko Loureiro, revelou quem são os guitarristas que ele mais sentiu dificuldade de aprender as bases e solos. A resposta do jovem finladês poderá te surpreender!
Teemu começou explicando que apesar de qualquer dificuldade, há um simples motivo que lhe deixa mais confortável para aprender as músicas do Megadeth: “O bom é que eu sou um fã da banda e já conhecia os guitarristas anteriores e seus estilos de alguma forma no passado”.
Na sequência, Teemu comentou sobre alguns dos vários guitarristas que tocaram no Megadeth:
“Estudei bastante o estilo do Marty Friedman e até do Kiko antes de entrar na banda. Devo dizer que não estudei muito (o do) Chris Poland…”, admite. “Mas eu sabia que tipo de estilo ele toca. E então eu estava realmente curioso para descobrir que ele tem algumas dessas coisas mais bluesy e de fusion, que eu também aprendi antes. Então, tem sido muito interessante e agradável ter não apenas um estilo que você precisa lidar e tocar bem, mas meio que de todos esses guitarristas diferentes – o ritmo de Dave, é claro, e depois todos os guitarristas solo, os guitarristas principais que estiveram na banda”.
Mostrando personalidade, Teemu Mäntysaari fez questão de dizer que apesar de “respeitar todos” os colegas de profissão que passaram pela banda, ele não busca “tentar imitar 100% cada um deles”.
“Eu quero respeitar as músicas, e se eu pensar em mim como fã, se eu for ver uma banda que gosto, eu gosto de ouvir os solos como eles são no disco, porque é assim que eu os conheço. Claro que depende do estilo de música, mas nesse estilo de música, acho que é isso que cabe e é isso que tento fazer. Tento tocá-los o mais original possível com minhas pequenas nuances, talvez.”
Ao ser perguntado qual dos estilos de outros guitarristas que estiveram no Megadeth ele acha mais difícil tentar emular, Teemu disse: “Eu diria provavelmente Jeff Young (guitarrista que esteve presente apenas no terceiro álbum da banda, So Far, So Good… So What!, de 1988) e Chris Poland (que gravou os dois primeiros álbuns do Megadeth, Killing is My Business… And Business is Good! (1985) e Peace Sells… But Who’s Buying? (1986), e que em 2004 foi contratado para gravar o álbum The System Has Failed). Poland tem um estilo bastante especial com sua entonação especial, vibrato muito especial e o uso de ‘whammy-bar’. Então, isso provavelmente está mais fora da minha zona de conforto, mas também foi muito bom poder aprender algumas dessas coisas”.
Assista abaixo a entrevista completa com Teemu Mäntysaari:
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