Recentemente, Max Cavalera concedeu entrevista à revista inglesa Kerrang!, e comentou sobre a pressão que o Sepultura sofreu em 1996, quando lançou um de seus álbuns de maior repercussão, Roots:
“Quando você tem Sharon Osbourne (esposa e empresária do “Madman” Ozzy Osbourne) dizendo coisas como “o próximo Metallica”, então penso no Metallica e fico feliz por nunca termos nos tornado como eles. Gosto dos quatro primeiros álbuns, depois mais nada. As primeiras coisas sim, especialmente o Ride the Lightning. Eles nunca mais fizeram música assim. Se eu tivesse ficado no Sepultura, talvez tudo tivesse ido para o inferno. Sucesso pode destruir pessoas. Você não está mais com raiva, porque é rico demais e não tem mais do que reclamar. Você não tem mais nada para se rebelar”, concluiu o frontman do Soulfly e do Cavalera Conspiracy.
E por falar nos sentimentos de raiva e rebeldia que sempre o motivaram na hora de compor, Max falou ao podcast Armatura como os sentia em sua época de Sepultura e como eles o movem atualmente: “O que as pessoas não entendem sobre música é que, não importa o que esteja acontecendo na minha vida, eu sempre escrevo, estou sempre criando. Para mim, é como respirar. Portanto, é necessário criar. Dito isso, não importa se a situação é mais confortável. É claro que quando éramos jovens, tínhamos muita fome e era muito diferente, porque éramos contra o mundo. Mas acho que esse sentimento permanece com você para sempre. Se eu não me sentir assim, se sentir que não tenho mais esse sentimento, vou parar, porque será falso e não quero fazer merda. Mas isso não aconteceu, não está acontecendo, então, agora estou ainda mais inspirado”, afirmou.
“Sempre pensei que a música é um bom condutor de ideias. Me alimento do que me rodeia. E a música está no meu sangue. Ainda estou com fome de música no momento. Tenho esse desejo. Sei que tenho muitos discos, tenho muitos álbuns ótimos, que as pessoas gostam, mas, para mim, ainda estou em busca do disco perfeito”, concluiu Max.
