Artistas mudam com o tempo e rótulos uma vez perfeitos deixam de ser a descrição ideal para o tipo de som praticado por uma banda. No caso do Megadeth, responsável em parte pela identidade do thrash metal, essa conversa se torna ainda mais complicada.
Em entrevista ao podcast Steve-O’s Wild Ride (transcrição via Ultimate Guitar), Dave Mustaine abordou as diferentes eras do grupo que lidera. Nesse sentido, o músico foi questionado se a classificação “thrash” ainda se aplica.
Ele respondeu:
“Algumas pessoas chamariam a gente de thrash, outras de speed metal. Eu gosto simplesmente de chamar de Megadeth, porque tem um pouco de clássico, um pouco de jazz, um pouco de punk rock, muito heavy metal e muito speed metal.”
A reflexão não parou por aí. Mustaine também questionou a lógica por trás de certas denominações de estilo, pois há mais semelhanças que diferenças entre alguns subgêneros.
“Quanto à parte do thrash, eu não sei onde alguém consegue diferenciar entre thrash e speed porque ambos são mais ou menos a mesma coisa. Se você voltar aos primórdios… agora tem um bilhão de fragmentos diferentes de metal. Tem speed metal, black metal, white metal, death metal, power metal, prog metal, heavy metal, hair metal. Tanto tipo diferente de metal.”
Megadeth e seus experimentos
Ao longo da carreira, o Megadeth sempre explorou estilos diferentes dentro da música pesada. Em meio a vários acertos, porém, a banda tem momentos de experimentalismo que geram arrependimento até em Dave Mustaine.
A ocasião mais célebre se deu em 1999, com o álbum Risk, de sonoridade mais leve e influências alternativas. A reação geral foi negativa e as vendas ficaram abaixo do esperado.
Em anos subsequentes, Mustaine expressou remorso de ter disponibilizado o trabalho sob o nome Megadeth. Para ele, se o material fosse lançado com qualquer outra alcunha, encontraria uma recepção melhor.
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