Na noite de ontem (12), aconteceu a transmissão do festival online “The Metal Stream of the Year”, com shows feitos em anos e locais distintos por Megadeth, Lamb of God, Trivium e In Flames, bandas que deveriam ter excursionado com a “The Metal Tour of The Year”, que por conta da pandemia do Coronavírus acabou sendo adiada para 2021. Antes, porém, da exibição do show secreto que o Megadeth fez em 2016 no St. Vitus, Brooklyn (EUA), Dave Mustaine foi entrevistado por live pelo simpático Jose Mangin, da SiriusXM.
Mustaine falou bastante do tão aguardado próximo álbum do Megadeth, contando algumas novidades: “Dirk (Verbeuren, bateria) e David Ellefson (baixo) terminaram suas partes (na gravação). Esse, provavelmente, foi um dos álbuns mais fortes em duração que já tivemos. Os outros álbuns que fizemos foram todos diferentes, e o contrato de gravação que tínhamos para uma companhia eram de oito músicas, para outra gravadora eram onze. Então, realisticamente, tudo o que precisamos fazer é um álbum de onze músicas e terminamos, certo? Mas não é assim que o velho tio Dave é!”.
Entramos em estúdio e começamos a trabalhar. Chegamos aonde estávamos compondo todas as partes originais, e tínhamos quinze delas. Então, chegamos ao fim, e eu disse: ‘caras, não pensamos nas músicas cover’. Tínhamos algumas músicas que queríamos fazer para este álbum. ‘Porra, esquecemos. O que vamos fazer? Vocês ainda querem conversar a respeito?’, (e eles responderam) ‘sim, nós querermos conversar sobre isso’. Assim sendo, acabamos fazendo dezoito músicas no total! Tínhamos outra música que esquecemos que fazia parte de uma das outras, então tínhamos dezenove. Abandonamos uma das músicas cover, então agora temos dezoito para o álbum que estamos trazendo”.
Quanto à sonoridade do novo material do Megadeth, Mustaine comentou: “Está no topo com Countdown (to Extinction, 1992), Rust in Peace (1990) e, provavelmente, Peace Sells (…But Who’s Buying?, 1986). Outro que eu diria é o Dystopia”.
Mustaine também falou da parte lírica do novo álbum do Megadeth: “Há muitas coisas para cantar sobre, não é? Mas acho que vou manter isso para mim agora e tentar focar em finalizar as partes de guitarra. É a primeira vez em muito tempo que gravamos um disco em que a guitarra e o baixo eram tão difíceis que tivemos que parar entre as partes. Pergunte ao (David) Ellefson – ele é o melhor embaixador – o que ele está fazendo com suas partes de baixo, porque ele está tocando a mesma coisa que eu estou fazendo. E nós fizemos algumas coisas realmente legais. Tipo, há um trecho em uma música, em que ele tocou partes que são como Five Magics. E há outra parte que era totalmente Take No Prisoners – simplesmente ‘shredding’ no baixo! Então você terá que conferir por si mesmo. Tocar guitarra poder ser uma droga, mas eu acho que não!”, concluiu.
No dia 30 de maio, David Ellefson foi entrevistado pelo podcast Rockin’ Metal Revival, para o qual falou mais sobre o próximo álbum do Megadeth: “Levou os últimos três anos para ser composto, mas é ótimo!”, explicou o baixista. “Odeio parecer arrogante e falar muito sobre isso até que (o álbum) seja lançado, porque ainda está em uma fase formativa, mas estamos muito felizes com ele”, afirmou. “Nossos agentes estão muito felizes com o material, no santuário interno de nossa pequena equipe, a qual deixamos analisá-lo, todo mundo está feliz. Eles acham que é totalmente um sucessor perfeito para Dystopia”.
O novo álbum do Megadeth será o segundo com Kiko Loureiro, que atualmente está na Finlândia, onde acabou de concluir seu quinto trabalho solo, Open Source. Já o belga Dirk Verbeuren, na banda desde 2016, quando substituiu o ex-Lamb of God Chris Adler, fará a sua estreia em estúdio com o Megadeth. Falando em Verbeuren, Mustaine ficou tão impressionando vendo-o executar alguns blast-beats durante os aquecimentos dos shows do Megadeth, que disse em uma entrevista não muito recente, que não descarta a possibilidade de, pela primeira vez na história do grupo, haver espaço para o uso dessa técnica tão difundida por bateristas de metal extremo.
Algumas músicas que deverão integrar o décimo sexto álbum de estúdio do Megadeth são The Dogs of Chernobyl e Rattlehead Part Two.
