Em entrevista ao canal El Estepario Siberiano, Mike Portnoy falou sobre suas influências na bateria e surpreendeu ao incluir Lars Ulrich, do Metallica, como uma figura marcante na sua formação — não apenas como músico, mas como exemplo de presença e liderança.
Segundo o baterista do Dream Theater, nomes como Keith Moon (The Who), Ringo Starr (The Beatles) e Neil Peart (Rush) foram fundamentais para moldar sua abordagem no instrumento. “Ver o tipo de baterista que Keith Moon era me fez querer ser um baterista animado”, declarou. Para ele, enquanto Ringo e Peart sempre foram heróis, era Moon quem tinha um estilo mais performático, algo que ele buscava em seu próprio modo de tocar.
O músico destacou o impacto de Lars Ulrich com grande admiração: “Acredite ou não, Lars foi uma grande influência para mim. Muita gente o critica por sua técnica, mas, para mim, ele era uma inspiração porque ia muito além da bateria. Ele era o líder da banda, escrevia o setlist, cuidava dos fã-clubes, do merchandising, co-produzia os álbuns e coescrevia as músicas. Para mim, ele era um modelo. E ainda é”, afirmou.
Ao lembrar de um show recente do Metallica, Portnoy enfatizou o papel vital de Ulrich no sucesso da banda: “Mais do que a bateria, a personalidade e presença dele foram fundamentais para o sucesso do Metallica.” O baterista também citou o trabalho multifacetado de Neil Peart, que além de tocar, escrevia as letras e supervisionava a arte dos álbuns, como exemplo de músicos que vão além da técnica.
Discutindo o impacto direto de Ulrich na bateria, Portnoy reconheceu seu pioneirismo no estilo agressivo do thrash metal: “Quando o Metallica surgiu, em 1983 ou por aí, foi uma virada de jogo. Eles estavam inventando um estilo inteiro, e Lars estava na linha de frente disso. Aqueles primeiros quatro álbuns foram muito progressivos e agressivos — aprendi muito com eles.” Ele também mencionou outros bateristas marcantes, como Dave Lombardo (Slayer), Charlie Benante (Anthrax), Vinnie Paul (Pantera) e Mikkey Dee (Scorpions).
Em declarações anteriores, Portnoy já havia elogiado Ulrich. Em 2016, contou à revista Classic Rock sobre uma sessão de autógrafos que o marcou: “Ele foi incrivelmente atencioso com cada fã, olhava nos olhos e fazia perguntas. Foi uma grande lição para mim.” E em 2015, à Sticks For Stones, reforçou: “Mesmo que ele apanhe na comunidade de bateristas, eu tenho um enorme respeito por ele. Ele é parte de uma revolução musical.”
Para Portnoy, o que importa em um baterista vai além da técnica: “Prefiro assistir alguém como Lars Ulrich no palco do que um baterista técnico fazendo paradiddles a 240 bpm. Isso é entediante. Quero ser entretido. O que Lars traz ao Metallica é inestimável.”
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