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MOONSPELL – São Paulo/SP, 26 de Abril de 2018

Por Heverton Souza

E mais uma vez os irmãos lusitanos do Moonspell vieram ao Brasil para divulgar um novo álbum, desta feita, “1755”, disco temático que trata do Cismo de Portugal, acontecido no ano que nomeia o material, sendo o primeiro cantando inteiro na língua natal da banda. Tendo em vista a excelente repercussão do disco e o fato de ser cantando todo em português, uma forte expectativa se criou em torno dos shows, que prometiam ser dos mais intensos da banda em nosso país.

Numa noite de quinta-feira, Fernando Ribeiro, Ricardo Amorim, Pedro Paixão, Aires Pereira e Mike Gaspar, subiram ao palco do Carioca Club com a fácil missão de trazer o terremoto de sua música ao público paulistano. Fácil, porém nem tanto! A verdade é que os portugueses não dão muita sorte com datas no Brasil, sempre tocando em dias de semana, exemplo do show anterior realizado em São Paulo, no ano de 2015, no qual a banda tocou em um teatro, numa segunda-feira. Se isso tem mesmo tamanha influência como possa se pensar, é difícil definir, mas que tem alguma influência na presença do público de seus shows, tem.

Dito isso, poucos minutos após às 21h, menos da metade da lotação da casa se fazia presente para a entrada da banda. Ao som da nova versão de Em Nome do Medo, o Moonspell tomava as atenções de todos, em especial o vocalista Fernando Ribeiro, com um visual bastante carregado e segurando uma lamparina. A música começou em sua versão 2018 e logo ganhou a banda inteira executando sua versão original, advinda do álbum Alpha Noir (2012) com todo peso e clima sombrio. A banda seguiu com a faixa 1755, In Tremor Dei e Desastre. Já era impressionante a interação do público com as faixas novas. A identificação com a língua deu muita força ao show e todos cantavam muito empolgados.

Ouvir os primeiros acordes de Night Eternal arrepiam, mas é em seu refrão que sentimos toda aura pesada da banda e um dos melhores momentos da apresentação. O anúncio de Opium ainda empolga aos velhos fãs, mesmo sendo ela a “Paranoid” (Black Sabbath) do Moonspell, logo emendada por Awake que teve seu refrão cantado por todos os presentes. Opium e Awake forma uma clássica sequência de músicas do álbum Irreligious.

Em palco, um dos principais compositores da banda, Pedro Paixão, agitava muito aos teclados, Mike Gaspar sentando o braço com seu estilo mais percussivo e Aires Pereira mantendo o peso, afinal, o som de baixo estava sensacional. A banda definiu de vez tocar com apenas uma guitarra, que é comandada de forma impecável por Ricardo Amorim e seu bigode lusitano. Aliás, um adendo sobre a guitarra do show, que começou com um volume perfeito e depois foi levemente abaixada.

Ricardo Amorim

E o que falar de Fernando Ribeiro? Além de ser um frontman incrível, de uma voz potente e única, Fernando é uma simpatia e sempre conversa com o público paulista com muita naturalidade. Tudo bem que às vezes é difícil de entender algumas palavras do português lusitano dele, mas isso não diminui a atenção que ele nos dá.

Após mais uma música nova, Ruínas, outra sequência de álbum, dessa vez com Breath e Extinc”, relembrando a última passagem da banda pelo país. De volta ao 1755, talvez o ápice do show com a execução de Evento e Todos os Santos, nesta com Fernando empunhando uma cruz com uma mira a laser, que era apontada ao público. E como cantaram juntos os paulistas! Um momento arrepiante!

Em mais uma de suas trocas de roupa, Fernando veio ao melhor estilo Nosferatu, com capa e tudo, para a execução da climática Vampiria, que teve uns momentos de andamento estranhos vindos de Mike, mas acompanhados com perfeição pela banda.

Em seguida do hino Alma Mater, uma das que mais emociona os fãs mais antigos e recentes nos shows da banda. Nessa, Fernando desceu do palco e foi cantar em meio ao público da grade ali na pista. Um dos momentos mais esperados da noite era o da banda tocando o cover de Laterna dos Afogados, dos brasileiros do Paralamas do Sucesso. Mais uma vez segurando sua lamparina, Fernando e Cia., fecharam o set, com essa versão incrível que deu ainda mais sentido à letra.

Pic By Fernando Pires / www.flpires.com.br

Aquela pausa clichê e todos voltam para o encore com a pesada Everything Invaded” (uma das que a segunda guitarra faz mais falta), e duas surpresas para público paulista: Scorpion Flower e Ataegina, uma faixa bônus do álbum Wolfheart que é um típico Folk Português.

Fernando saúda os paulistas, fala que se sente em casa no Brasil, agradece e diz que vai embora executando a música que sempre encerra os shows deles – Full Moon Madness. Assim foi mais uma apresentação do Moonspell na Terra da Garoa.

Uma pena a banda não ter contado com um público maior, mas era nítido que estavam todos felizes, banda e fãs, pois realmente foi uma noite que ficará marcada para ambos.

SET LIST

Em nome do medo

1755

In Tremor Dei

Desastre

Night Eternal

Opium

Awake!

Ruínas

Breathe (Until We Are No More)

Extinct

Evento

Todos Os Santos

Vampiria

Alma Mater

Lanterna dos Afogados

(Os Paralamas do Sucesso cover)

Encore:

Everything Invaded

Scorpion Flower

Ataegina

Full Moon Madness

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