Há pouco mais de uma semana, no dia 8 de janeiro, a banda alemã de death metal técnico Obscura, liderada pelo vocalista e guitarrista Steffen Kummerer, lançou o single Evenfall, extraído de A Sonication, seu sétimo álbum de estúdio – com lançamento previsto para o dia 7 de fevereiro pela Nuclear Blast Records. Não demorou muito para que brotasse uma grande polêmica envolvendo a música, com Alex Webb e Max Phelps, músicos atualmente no Exist e ex-integrantes do Obscura (Weber tendo assumido o baixo por um tempo e Phelps substituindo o próprio Kummerer ao vivo em 2018), acusando Kummerer de ter “roubado” composições de Weber que não haviam sido liberadas para uso após sua saída. Com exclusividade à ROADIE CREW, Kummerer esclareceu a situação. Antes, vamos ao contexto dos fatos…
Quando do ocorrido, por meio de um comunicado em sua página do Facebook, Weber disse:
“Eu REALMENTE não queria que chegasse a esse ponto… Não sou o tipo de pessoa que cria drama e bota lenha na fogueira desnecessariamente, mas fico realmente triste de ouvir que a música nova do Obscura tem melodias que eu compus e melodias que eu não permiti que o Steffen usasse. Antes de todos nós sairmos da banda, recebemos confirmação por escrito que todo o material que havíamos contribuído ao disco não seria usado, mas este vídeo mostra claramente que a minha melodia foi usada nota por nota.”
Já Phelps deixou claro que as mesmas partes usadas por Kummerer em Evenfall estavam sendo trabalhadas em material novo do Exist: “(…) diria até que o Alex fez um desserviço à extensão do plágio com suas palavras… vai além da melodia, entrando nas ideias rítmicas e no desenrolar que ocorre em paralelo às melodias. Não é apenas a linha de baixo, as linhas de guitarra e de bateria também.”
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A situação se complicou quando Christian Münzner, guitarrista que também havia sido dispensado do Obscura, se pronunciou, com alegações semelhantes às de Weber: “Acabei de ouvir um pouco mais do material novo do Obscura. Eu escrevi esses riffs e foi garantido a mim que não seriam usados, e estão sendo usados nota por nota, roubados, a mesma coisa com estruturas de músicas inteiras. O Sr. Gênio do Tech-death ataca novamente.”
Sobrou até para a gravadora: “Caso o material seja lançado pela Nuclear Blast, eles são ladrões também. Não vou passar pano para essa situação e irei explorar toda avenida jurídica. Há um limite para o tanto de merda que temos que tolerar. Estava planejando usar essas músicas para um EP solo após minha saída do Obscura, agora não posso mais. Isso não pode continuar assim. Especialmente se ‘concordamos em discordar’ por conta de diferenças criativas e você vai e usa o trabalho dos outros, mesmo depois de dizer que não estamos no mesmo lugar musicalmente.”
Ao conversar com Steffen Kummerer, o repórter Daniel Agapito destacou que o ciclo pré-lançamento de A Sonication tem se tornado bastante complicado devido às diversas acusações de “plágio descarado” feitas por ex-integrantes da banda. Em seguida, perguntou:
Não quero direcionar sua resposta de maneira alguma, vou ‘deixar a bola no seu campo’. Qual é o seu lado da história? O que tem acontecido em relação a todas essas acusações de plágio”
Kummerer: “Ah, acho que há muita frustração envolvida nessa história. Bastante difamação pública desnecessária rolando agora. É isso que tenho para falar. Se eu tiver algum problema com alguém, pego o telefone e vou resolver direto com eles, não vou entrar nas minhas redes sociais e começar uma “caça às bruxas”. Acho que a intenção deles foi um pouco diferente, não quiseram resolver os “problemas”. Acho isso bem triste, porque trabalhei por um bom tempo com os caras, e acabamos de maneira relativamente boa. Eu mandei o disco inteiro, o produto final, logo de cara para ouvirem; não tenho nada a esconder. Agora estou tendo que lidar com alguém fazendo a campanha inteira do novo álbum ficar de lado, o que é bem triste, mas não tem o que fazer. Já aconteceu, as pessoas já formaram opinião, ninguém quer mais ouvir o outro lado das coisas, não querem minha opinião. Vou lidar com isso, vou resolver, mas não vai ser muito legal para eles, é o que posso dizer. É triste porque é algo tão desnecessário. Hoje em dia, se você ficar apontando as coisas assim de maneira pública, não pega muito bem para quem está apontando, não é uma abordagem muito madura. No final, todo mundo perde. Não vou me pronunciar, não vai haver comunicado oficial. Vou conversar com as pessoas diretamente se realmente for um problema, mas, até então, ninguém veio tentar resolver direto comigo, esse é o legal. De novo, acho que tem muita frustração envolvida nisso tudo, e vou cuidar disso, mas pelos meus termos, não publicamente.”
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