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NEIL TURBIN – São Paulo (SP)

Por Marcelo Gomes

Fotos: Roberto Sant’Anna

O vocalista original do Anthrax, Neil Turbin, se apresentou pela primeira vez em São Paulo com sua turnê de comemoração dos 40 anos de Fistful of Metal. O show aconteceu no Jai Club no último 23 de abril e, com as participações de Azul Limão, Hammathaz, Selvageria, Warsickness e Vingança Suprema, acabou virando um festival. Quando as portas da casa se abriram, o público ainda estava chegando. No entanto, quem chegou mais cedo pode conferir as ótimas apresentações do Vingança Suprema e Warsickness, que conseguiram fazer um bom aquecimento para o que viria a seguir.

O Selvageria foi a próxima a se apresentar. A banda paulistana de speed/thrash formada por Danilo Toloza (bateria e vocal), Cesar Capi (guitarra) e Tomas Toloza (baixo) subiu ao palco ao som de Metal Invasor seguida por Trovão de Aço. A roda veio mesmo a faixa Selvageria. O repertório se baseou nos dois full-length da banda, Selvageria e Ataque Selvagem, e no split Metal Invasor. Não faltaram as já conhecidas Águias Assassinas, Cavaleiro da Morte, Legião Invisível e Hino do Mal. A banda já é destacada no underground e conseguiu agitar o show todo. Os moshpits não deram trégua, e o público ficou satisfeito.

Uma das mais aguardadas da noite certamente foi o Azul Limão, e a banda clássica do metal brasileiro com seu som anos 1980 chegou sob o barulho das sirenes. O público que foi tomar um ar na parte externa do bar voltou correndo para prestigiar a apresentação dos cariocas. Marcos Dantas, único integrante da formação original, recrutou Trevas (vocal), André Delacroix (bateria, ex-Metalmorphose) e, como convidado especial no baixo, Lucas Chuluc (Trovão, Álcool). Começaram com uma mais recente, Na Pressão, que foi muito bem recebida, e muitos já sabiam até a letra.

Seguiram com um clássico, Rotina, lançada no álbum Ordem & Progresso (1987). Com uma levada mais cadenciada, era hora de mais uma antiga, Sangue Frio, que fez todo mundo bater cabeça. Trevas aproveitou para apresentar a banda antes de anunciar Nunca Se Renda, de Na Pressão (2022). Foi bom ver que as músicas novas funcionaram bem ao vivo e tiveram uma ótima aceitação dos fãs. Então, Delacroix puxou um solo de bateria enquanto aguardavam Marcos afinar a guitarra. O show estava quase chegando ao fim, e eles ainda tocaram Coração de Metal e fecharam com Vingança. O Azul Limão mostrou que não perdeu a pegada, num show excelente de uma banda super entrosada. Não foi à toa que os quatro foram muito ovacionados.

Atualmente formado por Fernando Xavier (vocal), que surgiu com uma faixa preta pintada no rosto, Thales Stat e Rodrigo Marietto (guitarras), Anderson Andrade (baixo) e Lucas Santos (bateria), o Hammathaz foi a penúltima banda a se apresentar na noite. Com influências de thrash, death e metalcore, a banda iniciou sua apresentação com New Blood, seguida por um som novo, Dear Death. A banda faz um som mais moderno, com muito groove e afinações baixas, e seguiu com So it Comes, Self-Chained e The End. O pessoal estava agitando, mas quando tocaram um dos hinos do metal nacional, Roots Bloody Roots, do Sepultura, a casa veio abaixo. Fizeram um ótimo cover, e não precisa nem dizer como ficou o moshpit. Simplesmente, o bicho pegou. O grupo ainda mandou mais sons próprios para fechar o set, False Gods, Farewell e Bringing Hell, numa performance intensa com composições bem elaboradas, aliada a músicos muito bons. Foi uma grata surpresa do evento.

Depois de quase uma hora para troca de palco, finalmente o show da atração principal da noite iria acontecer. Neil Turbin subiu ao palco acompanhado por Thales Statkevicius (guitarra, Hammathaz), Jaeder Menossi (guitarra, Interstellar Experience), Bill Martins (baixo, Hellish War) e Rafael Gonçalves (bateria, Brave) para celebrar os 40 anos do clássico Fistful of Metal, além de outras músicas de sua carreira. Abriu com Give ‘Em Hell, de sua carreira solo e que é uma pancada, mostrando que seus vocais estão em dia. São 40 anos do Fistful of Metal, lembrou o vocalista para então anunciar Death from Above. O público estava insano, e as rodas, violentas. Uma combinação perigosa. “São Paulo, como vocês estão? Ripper Owens e UDO estão fazendo show hoje, entretanto, aqui está sold out! Muito obrigado”, disse Turbin.

Ele apresentou mais um som da sua carreira, Crimson Warrior, que é bem rápida, e foi intercalando músicas solo que poucas pessoas conhecem, mas que conseguem sempre uma recepção intensa, principalmente dos fãs que se aglomeram quase em cima do palco. A seguinte foi I’m Eighteen, de Alice Cooper, que ganhou uma versão pesadíssima no debut do Anthrax. E não parou por aí. A dobradinha Across the River/Howling Furies não deixou ninguém parado, e os ânimos na pista começaram a ficar exaltados.

Mas Neil não queria aliviar, e a empolgação se manteve lá em cima com a faixa Anthrax. Uma pausa para apresentar a banda antes de voltar com Riders of the Apocalypse, da sua banda, Deathriders. Neil explicou que a próxima era uma de suas composições que acabou não gravando, Armed and Dangerous, que deu aquela acalmada, pelo menos no início.

Hell Ride foi mais uma do Turbin, um som bem metal e com solos absurdos executados de forma primorosa pelo guitarrista Jaader. A todo momento, o simpático vocalista perguntava o que os fãs gostariam de ouvir. Decide por Subjugator, que provavelmente o Anthrax nunca tocou ao vivo. Uma verdadeira volta aos anos 1980, assim como Soldiers of Metal, primeiro single da banda, e Raise Hell. Uma sequência matadora que deixou o público em êxtase. Fight to the Death veio a seguir, em mais uma da carreira solo que conseguiu agitar a galera.

Mais uma vez, o cantor perguntou o que os fãs queriam ouvir, e colocou o microfone para um fã gritar “Panic, porra!”. Será que o público tinha gás para mais? Quando começou Deathrider, não restou dúvidas que ainda havia energia para mais. O show ia chegando ao fim, mas ainda faltava a clássica Metal Thrashing Mad para fechar Fistful of Metal na íntegra. Parecia o fim, mas os fãs estavam sedentos por mais. O vocalista, que fazia sua estreia no Brasil, não deixou por menos e presenteou os fanáticos com Gung Ho, que saiu em Spreading the Disease (1985), já com os vocais de Joey Belladonna. Foi um desfecho para ninguém botar defeito!

Turbin continua com uma voz potente e fez um show no qual os verdadeiros fãs voltaram no tempo. Como se não bastasse, acabado a apresentação, ele retribuiu o carinho atendendo os fãs e distribuindo palhetas. E no dia seguinte ainda fez um descontraído meet & greet no The Metal Bar, em Pinheiros.

Selvageria – setlist:

01) Metal Invasor

02) Trovão De Aço

03) Selvageria

04) Maldição

05) Lâmina De Foice

06) Águias Assassinas

07) Cinzas Da Inquisição

08) Cavaleiro Da Morte

09) Ataque Selvagem

10) Legião Invencível

11) Hino Do Mal

Azul Limão – setlist:

01) Na Pressão

02) Rotina

03) Sangue Frio

04) Nunca Se Renda

Solo de Bateria

05) Coração De Metal

06) Vingança

Hammathaz – setlist:

01) New Blood

02) Dear Death

03) So It Comes

04) Self-Chained

05) The End

06) Roots Bloody Roots (Sepultura)

07) False Gods

08) Farewell

09) Bringing Hell

Neil Turbin – setlist:

01) Give ‘Em Hell

02) Death From Above

03) Crimson Warrior

04) I’m Eighteen

05) Across the River / Howling Furies

06) Riders of the Apocalypse

07) Armed and Dangerous

08) Hell Ride

09) Subjugator

10) Soldiers of Metal

11) Fight to the Death

12) Panic

13) Deathrider

14) Metal Thrashing Mad

15) Gung Ho

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