De certo modo, o nu metal virou a ordem vigente da música pesada de ponta cabeça. De repente, bandas estabelecidas foram quase forçadas a se adaptar à nova sonoridade. Entretanto, segundo um integrante de um dos maiores nomes da cena, não era necessariamente um estilo.
Em entrevista ao programa de Matt Pinfield na 95.5 KLOS (transcrição via Blabbermouth), Shavo Odadjian relembrou a explosão do nu metal e o papel do System of a Down no panorama do metal. Ao ser questionado se a banda fazia parte da cena, o baixista ofereceu uma perspectiva inusitada.
Ele disse:
“Alguém me perguntou recentemente sobre ser uma banda nu metal. E eu tenho uma visão diferente do nu metal. Não é um estilo. Era uma era na qual bandas tocavam música pesada, mas de um jeito diferente.”
Para o músico, a diferença chave foi a ruptura com os padrões musicais do hard rock. Isso ocorreu de várias maneiras diferentes, mas o mercado enxergou como se tudo fosse igual.
“As bandas não fizeram o pesado básico dos anos 80. Elas misturaram rock e metal com algo diferente, seja hip-hop, punk rock, coisas mais ecléticas, complicadas e progressivas, psicodelia. Pessoas fizeram coisas diferentes.”
Como exemplo, Shavo ofereceu o Deftones, um dos grandes nomes do nu metal. Apesar da associação, o grupo californiano tinha poucas semelhanças estilísticas com Korn ou Limp Bizkit.
“Deftones tinha toda aquela vibe Portishead que eles trouxeram para o metal. É tão legal. Existe todo um estilo agora – todo esse estilo de música que nem do Deftones bombando no TikTok.”
A derrocada do nu metal segundo Shavo Odadjian
Quanto à derrocada do nu metal, Shavo Odadjian colocou isso na conta de como todo movimento musical funciona. Na visão do baixista, o começo é legal, mas aí surgem algumas bandas mais cafonas que afetam a imagem de uma cena.
O integrante do System of a Down, que também tem o Seven Hours After Violet, destacou ter visto isso com outro segmento do rock: o glam metal, na década de 1980.
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