ONSLAUGHT

Com um final de semana agitado e repleto de shows alguém tinha que pagar a conta e os britânicos do Onslaught, que se apresentaram na noite de domingo (30) no Manifesto Bar (SP), foram a bola da vez. Com shows de Aerosmith e Sirenia no mesmo dia, um pequeno número de seguidores foi conferir uma das lendas do Thrash Metal mundial.

Promovendo o recente lançamento, Sounds Of Violence (2011), e vindo de shows na Argentina (21 e 22) e em Maringá (PR), Campinas (SP) e Catanduva (SP), os ‘thrashers’ podem ter sofrido com a falta de público, mas fizeram um show impecável. “Os shows que fizemos até o momento no Brasil e na Argentina foram muito bons”, disse o guitarrista Nige Rockett. “O Aerosmith tocou hoje e isso pode ter atrapalhado um pouco, mas tudo bem; quem compareceu foram nossos fãs e demos o nosso máximo tocando para eles”, acrescentou.

Sem banda de abertura, o set teve início às 21h com a furiosa Killing Peace, faixa título do álbum homônimo lançado em 2007, o primeiro após o retorno à ativa ocorrido em 2004. Com o público agitando e gritando, a nova Born For Warcomprovou que a ótima aceitação ao recente álbum. “A receptividade para o novo álbum vem sendo muito boa! Foram as melhores críticas que o Onslaught já teve em sua história. Não poderíamos pedir mais que isso!”, destacou Nige Rockett.

Com um som absolutamente cristalino e forte, o set seguiu com Let There Be Death, faixa de abertura do clássico The Force e apresentada com entusiasmo por Sy Keeler. O vocalista não cansou de agradecer o apoio dos fãs e teve um desempenho fantástico, mostrando sua versatilidade no vocal. Após outra das novas, The Sound Of Violence, foi a vez de Angels Of Death, primeira do clássico ‘debut’ Power From Hell (1985), que destacou o lado Punk do grupo. Por sinal, o fundador Nige Rockett estava com a camiseta do Discharge, certamente uma das influências no início de carreira do Onslaught.

O set seguiu com Planting Seeds Of Hate, de Killing Peace, com seu começo bem marcado e com palhetadas abafadas típicas do Thrash. Com a adrenalina a mil e uma performance de palco energética, o baixista Jeff Williams interagiu o tempo todo com a plateia. Já o novo baterista, Mike Hourihan (Extreme Noise Terror, Desecration) – substituto do veterano Steve Grice –, mostrou estar totalmente adaptado e teve uma performance elogiada até por seu companheiro de banda. “Mike é um baterista fantástico e está levando a banda a outro nível. Ele realmente veio para somar e isso se comprova em nossos shows, pois vem desempenhando um ótimo papel tanto nas músicas antigas quanto nas novas. Estamos ansiosos para poder gravar o novo álbum com ele”, analisou Nige.

O foco então voltou ao álbum The Force, com Metal Forces e Flame Of The Antichristtocadas em sequência. Shellshock, de In Search Of Sanity (1989), relembrou a fase com o vocalista Steve Grimmett (Grim Reaper). Novamente, os destaques foram os riffs de Andy Rosser-Davies e Nige Rockett, perfeitos convites para o ‘headbanging’, que se seguiu com Demoniac, mais uma de The Force.

A violenta Burn, faixa de abertura de Killing Peace, foi um dos pontos altos do show, com destaque para os vocais agressivos de Sy Keeler no final do refrão – “Burn, burn, burn / Ash to ashes, dust to fucking dust” –, mais um convite ao ‘banging’. Caminhando para o final, veio o grande clássico Power From Hell, recebida com entusiasmo pelos presentes. Os músicos deixaram o palco e os fãs aguardaram com ansiedade pelo encore, que veio com o cover de Bomber (Motörhead), faixa bônusde Sounds Of Violence que conta com participações especiais de Phil Campbell (Motörhead) e Tom Angelripper (Sodom).

Após saudar o público, os músicos deixaram o palco e momentos depois já estavam interagindo com seus fãs, tirando fotos e concedendo autógrafos com a maior tranquilidade. “Gostamos muito do show de hoje, foi ótimo. Todos que estiveram aqui agitaram bastante e é isso que importa para o Onslaught”, disse Nige.

Desta vez a desculpa de ingressos caros – as entradas custaram R$ 40 – não pode ser usada por quem não compareceu e quem sabe um dia as pessoas possam notar a importância dessa lenda do Thrash Metal. O guitarrista-fundador adianta que estão em uma ótima fase e animados para seguir o processo de composição do novo álbum de estúdio, que será lançado novamente pela AFM Records. “Já começamos a compor e temos duas músicas prontas. Gravaremos o novo disco no final do ano que vem, para lançá-lo ainda no final de 2012 ou no início de 2013”, adianta Nige Rockett.

A “Sounds Of Violence – South American Tour 2011” segue para Santo André/SP (02/11) e se encerra com shows no Chile e no Peru.

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