Mais de 20 anos após seu fim, o PANTERA retornou aos palcos. Muitos fãs tiveram problemas com esse retorno, considerando as circunstâncias – o guitarrista DIMEBAG DARRELL foi assassinado em 2004 e seu irmão,o baterista VINNIE PAUL, morreu em 2018 sem ter feito as pazes com o vocalista PHIL ANSELMO. Mesmo assim, o ex-empresário da banda acha que as músicas precisavam ser tocadas novamente.
SCOTT MCGHEE apareceu no podcast Nashville on the Rocks (transcrição via Blabbermouth) e conversou sobre o processo de retorno. Segundo o empresário, a ideia nasceu de ver ANSELMO fazendo shows de covers do PANTERA com sua banda THE ILLEGALS.
“Eu estava em Nova Orleans e PHIL estava fazendo discos e shows com uma banda chamada THE ILLEGALS. E eles tinham seu som, mas os sets eram quase PANTERA cover. Pessoas me mandavam e eu fiquei tipo: ‘não, isso não pode acontecer, cara’. Isso foi há três ou quatro anos. Era a pandemia, o começo da pandemia. Sempre fui um fã enorme do PANTERA. Não havia nada horrível naquilo que ele fazia, eu entendia o impulso. As pessoas queriam ouvir aquelas canções ao vivo novamente. E isso não rolava há 20 anos. Eu só não achava que era a apresentação pra época, a apresentação certa pra trazer isso de volta.”
O empresário, que trabalhou com o SKID ROW, ajudou o PANTERA no início da carreira deles. Após isso, MCGHEE representou o DOWN, projeto paralelo de ANSELMO e do baixista REX BROWN. Essa foi a brecha usada para conversar sobre uma volta do grupo. Ele contou:
“Fui ver um show do DOWN e me hospedei na casa do PHIL. A gente abordou o assunto. Uma noite há alguns anos eu falei: ‘Vamos parar de fazer aquilo. Não faça. Eu não quero ver’. Meio ousado da minha parte. Eu falei: ‘Não vamos… Ninguém quer ver isso’. E eu não quis dizer no sentido de… Não era sobre eles desrespeitando DIME e VINNIE; era mais sobre… não era o que… PANTERA, existe um legado ali. E mais ainda. Aquela banda poderia ter sido a maior do planeta. Além dos conflitos e coisas que rolaram, todos nós passamos pelas dores do crescimento naquela época. Então PHIL e eu tivemos uma conversa com KATE, a esposa dele. Eles estavam armando uma turnê europeia e eu pensei… a gente começou a falar sobre montar uma banda. Eu disse: ‘Se é pra fazer, vamos fazer direito’.”
PHIL ANSELMO resistiu inicialmente à volta do PANTERA
Não quer dizer que o processo tenha sido fácil. PHIL ANSELMO resistiu à ideia em um primeiro momento. O empresário relembra:
“Inicialmente ele não queria fazer. Acho que ele e REX não se falavam há 16 anos naquela época.”
Após um acordo interno, MCGHEE relembra que as negociações com os espólios dos irmãos ABBOTT foram um desastre. Porém, tudo acabou resolvido.
A formação dessa turnê de retorno do PANTERA traz ANSELMO, BROWN, ZAKK WYLDE (BLACK LABEL SOCIETY, OZZY OSBOURNE) na guitarra e CHARLIE BENANTE (ANTHRAX) na bateria. O empresário disse acreditar que esse grupo teria a aprovação dos irmãos ABBOTT:
“Acho que se VINNIE e DIME estiverem olhando pra baixo do céu falariam: ‘É isso aí, cara.’ Eram legados enormes para preencher. E PHIL – Deus o abençoe, cara. Aquele rapaz é um irmão. Ele realmente se elevou nesta ocasião. Os shows estão incríveis.”
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