Enquanto segue com sua turnê de despedida “End of the Road Tour”, que nesta última terça-feira (23) passou por Melbourne (AUS) e amanhã (25) chega à Helsinki (FIN), o carismático Paul Stanley concedeu entrevista ao podcast “Howie Mandel Does Stuff”, que é apresentado pelo comediante junto de sua filha Jackelyn Schultz. Perguntado, Stanley falou de seu desinteresse em compor novas músicas para o KISS. “Neste ponto, cheguei à conclusão de que não dá para competir com o passado. Não que não seja bom, mas não há conexão com momentos importantes da sua vida. Não tem essa de “Nossa, lembro-me que ouvi essa música quanto tinha 18 anos”, ou, “Ouvi essa música quando estava no meu primeiro encontro”, ou o que seja… Você não pode competir com isso. É mais do que uma canção, é um instantâneo de sua vida em certo ponto”.
O Starchild usou os dois últimos álbuns de estúdio do Kiss, Sonic Boom (2009) e Monster (2012), para elucidar sua explicação. “Fizemos dois álbuns nos últimos, acho que, provavelmente, 10 anos, e há músicas deles que são tão boas quanto qualquer coisa que já compus, mas são ‘novas’. Alguém diz, ‘Por que você não faz um novo álbum?’. Você faz um novo álbum e uma (nova) música – temos uma música, Modern Day Delilah, que é tão boa quanto Love Gun ou qualquer uma dessas músicas, mas não envelheceu (bem); não é como o vinho, que tem a chance de ter crescido em importância”, explicou. “Não apenas pelo que é, mas pelo o que a cerca”.
Complementando o fato de não ter intenção em compor novas músicas para a banda, Stanley revelou: “Acho que isso está me preparando para uma decepção. Não uma decepção esmagadora, mas quando você coloca seu coração e sua alma em fazer algo e isso meio que recebe um aceno (desaprovador) educado, há outras coisas que prefiro fazer”.
Em 2021, Paul Stanley lançou o primeiro álbum de seu projeto Soul Station, uma banda com sonoridade completamente distinta à do KISS, totalmente voltada à Soul Music e ao R&B. Na época, ele já havia respondido sobre um possível novo álbum ou músicas inéditas do KISS. Disse o Starchild: “Por que precisaríamos de um novo álbum do KISS? Qualquer banda grande e clássica com uma história, você pensa, ‘Lance um novo álbum’. Sabe, se os Stones lançarem um novo álbum, você pensa, ‘Isso é ótimo. Toque Brown Sugar‘… “Sim, talvez não agora”. O mesmo vale para nós. Você pode ter ótimas músicas nos álbuns mais recentes, mas as pessoas dizem, ‘Ótimo, toque Love Gun‘. A realidade é que você realmente ama as músicas antigas, e ninguém vai abraçar o novo material, não importa quão bom seja, como você faz no passado, porque essas músicas fazem parte – são como instantâneos do seu passado, e você está conectado à elas de uma forma que um novo material nunca poderia estar. Estamos felizes e tocando. É onde vivemos; esse é o nosso território, o palco”.
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