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PETER MURPHY – 7 de outubro de 2018, São Paulo/SP

Por Rogério SM

Em sua quarta passagem pelo Brasil, o elegante e histórico vocalista inglês resolveu apostar em uma tática que deu muito certo em sua última apresentação por aqui (e no resto do mundo também): um show só com músicas do seu ex-grupo, o antológico Bauhaus. Mesmo sem reclamar (afinal, qual fã poderia?), confesso que gostaria de ouvir novamente alguns clássicos de sua carreira solo, como Deep Ocean Vast Sea, Indigo Eyes, Marlene Dietrich’s Favourite Poem, além da indefectível Cuts You Up. Não apenas os clássicos, como também músicas excepcionais de seus mais recentes álbuns, como a empolgante Holy Clown.

Ocorre que Murphy decidiu celebrar em grande estilo os 40 anos do Bauhaus. Aí não teve jeito: apenas clássicos do grupo. Ruim? Nem se eu estivesse doido. Ainda mais porque, dessa vez, o incrível David J, ex-baixista do seminal grupo, veio também. Para fãs de música dark da antiga (e da nova também) geração, um deleite em uma noite que foi, de fato, inesquecível.

Sem introdução, o vocalista adentrou o palco com sua tradicional pose de lorde inglês para encantar de cara todos os presentes com Double Dare. Sem pausas, emendaram In the Flat Field e a sensacional God in a Alcove. Nesse ponto a plateia já sabia que a noite seria algo para se guardar na memória: o clássico primeiro álbum, In the Flat Field (1980), seria tocado na íntegra!

A quantidade de clássicos absolutos da música dark que o Bauhaus criou não é pequena e, após Dive, Spri in the Cab emocionou todos com uma performance de tirar o fôlego. Small Talks Stinks, com belos vocais de David J, preparou o terreno para St. Vitus Dance. Em sua última passagem por aqui, no mesmo Carioca Club (só não tocou na casa em sua primeira vista à capital paulista), Murphy reclamou de uma gripe que tirou um pouco a potência de sua voz. Realmente, percebia-se naquele show alguns pontos mais vacilantes, beirando a rouquidão. Dessa vez, para sorte dos que acompanhavam, o vocalista estava em plena forma. Louvável para um senhor já de mais de 60 anos.

O clima das eleições podia estar pesado, mas Stigmata Martyr fez muita gente esquecer esse importante momento do país. Ainda há espaço para arte (esperamos que continue assim). Nerves fechou a primeira do show com maestria. Após uma pausa um tanto longa, o grupo voltou para emendar agora músicas do Bauhaus de seus outros discos, a começar com Burning From the Inside, do homônimo de 1983. Na sequência, uma pequena homenagem de Murphy ao guitarrista original do grupo, Daniel Ash, e a bela Silent Hedges, de The Sky’s Gone Out (1982).

Um dos pontos altos veio com o clássico absoluto Bela Lugosi’s Dead. Murphy foi até a beira do palco e pegou um dos holofotes na mão, apontando para seu rosto e enlouquecendo os presentes. A euforia continuou com She’s in Parties e o ótimo público da noite quase colocou a casa abaixo. O groove de Kick in the Eye, de Mask (1981), fez todo mundo dançar antes de encerrar a penúltima parte do show.

Após rápida pausa, Muprhy e cia. voltaram para emendar a espetacular The Passion of Lovers, o bom cover de T-Rex Telegram Sam e encerrar a noite de forma magistral com Ziggy Stardust, do saudoso e genial David Bowie. Que a próxima passagem seja em breve e traga também seus clássicos solo. Estamos aguardando.

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