Após lançar em 2016 o seu primeiro álbum ao vivo, “Live in Amsterdam”, que foi gravado em outubro do ano anterior, em show realizado no The Waterhole, na Holanda, o Pop Javali não perdeu tempo e na sequência gravou o seu terceiro álbum de inéditas, que recebe o nome de “Resilient”. E se em seus dois primeiros discos – “No Reason to be Lonely” (2011) e “The Game of Fate” -, o grupo mostrou um hard rock refinado, com toques discretos de rock progressivo, dessa vez acrescentou doses generosas de peso em algumas músicas. O lançamento do novo material aconteceu na quinta-feira, 03 de agosto, e o local escolhido foi o Estúdio Espaço Som. Apesar de a quantidade de público ter sido pequena, o power trio, que desde seu início no longínquo ano de 1992, segue inabalável e ainda hoje é formado por Marcelo Frizzo (vocal e baixo), Jaeder Menossi (guitarra e vocais de apoio) e Loks Rasmussen (bateria), soube tirar esse fato de letra, mostrando-se empolgado em palco.
Para o início do show a banda preparou uma sequência recheada de músicas de “Resilient”. Assim, vieram de uma tijolada só, “Drying the Memories”, “Undone”, “Shooting Star”, a própria “Resilient”, e mais a cadenciada “Reasonable”, a pesadíssima “A New Beggining” – com partes bastante velozes -, “Hollow Man” e a intrincada “Broken Leg Horse”. Em dado momento, Frizzo ressaltou que, além de estar lançando seu terceiro álbum, o Pop Javali está completando 25 anos de carreira. Tal marca rendeu aplausos, assim como o solo de guitarra que Menossi executou em uma parte do set. Em outra pausa, o comunicativo Frizzo falou sobre o conceito por trás de “Resilient”: “Esse álbum tem como tema a resiliência, a superação, enfim, é sobre vencer as adversidades”, explicou.
Nas primeiras músicas houve certa deficiência no som, que ficou um pouco embolado quanto ao volume dos instrumentos da linha de frente do Pop Javali. O baixo de Frizzo estava alto, ao contrário da guitarra de Menossi, que sumia nos riffs. Mas no decorrer tudo se acertou, apesar de em dado momento os músicos terem aproveitado um dos intervalos entre uma música e outra para checar de onde vinha o cheiro de queimado que foi notado por todos. Felizmente, nenhum equipamento foi danificado e o show prosseguiu normalmente, com os três integrantes do Pop Javali mostrando técnica em seus respectivos instrumentos.
Dando continuidade à sua apresentação, apesar de estar divulgando o novo álbum, a banda não ignorou os anteriores. O primeiro a ser revisitado foi “The Game of Fate”, e dele a banda mandou uma dobradinha formada por “A Friend That I’ve Lost” e “Wrath of the Soul”. Após uma última amostra de “Resilient”, com “We Had it Coming”, foi a vez de Frizzo, Jaeder e Rasmussen tocarem “Silence”, que foi a única música a representar o debut “No Reason to be Lonely”.
Se a banda achou que ali o seu show estava encerrado, se enganou. As pessoas começaram a pedir pela melódica “Healing No More”, outra de “The Game of Fate”, uma das mais legais do Pop Javali e que ficou conhecida devido ao videoclipe, que teve cenas gravadas do grupo tocando no próprio Estúdio Espaço Som. Apesar de não estar programada, a música foi tocada e aí sim Frizzo, Menossi e Rasmussen finalizaram sua apresentação. Ao final, o carismático trio atendeu à todos para fotos e bate-papo. Assim, nesse clima de confraternização, concretizou-se o lançamento de “Resilient” e mais um capítulo foi escrito na história do Pop Javali.
POP JAVALI – Set list:
Drying the Memories
Undone
Shooting Star
Resilient
Reasonable
A New Beginning
Hollow Man
Broken Leg Horse
A Friend That I’ve Lost
Wrath of the Soul
We Had It Coming
Silence
Healing No More