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PORÃO DO ROCK 2012

Em sua 15ª edição, o festival que já se tornou tradição para os brasilienses contou com uma infraestrutura muito boa e shows para vários gostos musicais dentro do Rock’n’Roll, de Kyuss Lives! e Sepultura a bandas como Autoramas e Raimundos. E este ano o festival trouxe nada menos que o grupo norte-americano Trivium, que já tem cinco álbuns lançados e promove, em sua primeira turnê pelo país, o álbum “In Waves” (2011), que ainda contou com datas em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Além do Trivium, outra banda norte- americana a pisar nos palcos do evento foi o Red Fang, de Oregon (EUA), realizando um ótimo Stoner com pegada claramente influenciada pelos pais Black Sabbath e pelo Blue Cheer.

O festival contou ainda com outras atrações de peso, como Viper, em sua turnê de reunião, “To Live Again Tour 2012”; o já citado Sepultura divulgando o álbum “Kairos”; Claustrofobia, espalhando em Brasília sua “Peste” e o Almah, de Edu Falaschi. Como pratas da casa, o evento contou com as presenças das boas bandas Slow Bleeding, Shotgun Killa, Divine Asphyxiation, Soul Factor, Optical Faze e D.F.C., e a banda Girlie Hell de Goiânia.

A estrutura contou com três palcos, sendo que o principal era dentro do ginásio “Palco BRB”; e os outros – UniCeub e Chilli Beans – no complexo do ginásio. Vale ressaltar que todos contavam com ótima estrutura.

Abertura ocorreu na sexta-feira e, apesar dos atrasos normais em um evento deste porte, por volta das 19h o Soul Factor subiu no palco principal e realizou um show correto e eficiente, com boa presença de palco. Logo em seguida veio a banda de Hardcore local Shotgun Killa, com um som que fez muitos agitarem. Perto das 20h foi a vez dos paulistanos raivosos do Claustrofobia, em mais um show brutal e sem intervalos. Divulgando o ótimo “Peste”, Marcus e Caio D’Angelo, Aleandre De Orio e Daniel Bonfogo, simplesmente quebraram tudo.

Enquanto nos outros palcos rolavam shows para quem curte um som mais ‘alternativo’, próximo das 22h o Almah se preparava para entrar em cena. Apesar de Edu Falaschi parecer cansado, deixou evidente a empolgação em se apresentar para o público de Brasília, especialmente pelo poder de fogo das músicas do novo petardo, “Motion” (2011). Edu, Marcelo Moreira, Marcelo Barbosa, Raphael Dafras e o ‘novato’ Gustavo Di Pádua (ex-Glory Opera) realizaram uma ótima apresentação, tocando músicas de seus três álbuns. A banda possui uma ótima presença de palco e Edu parece realmente estar curtindo seu momento, se mostrando mais maduro e bem mais seguro como vocalista.

Logo após foi a vez dos brasilienses do Slow Bleeding, com um som influenciado por bandas como Arch Enemy, In Flames e outras do gênero, realizando um competente Deathcore com letras em português, o que traz um diferencial. Um ótimo show, com muita agitação e boa presença de palco. Prestes a lançar o primeiro EP, “Prólogo do Caos”, foi uma boa opção de aquecimento para o que viria a seguir.

Já de madrugada o Trivium contou com ótimo público. Quando as luzes se apagaram e a ‘Intro’ começou a rolar o público ficou ainda mais instigado, se soltando em seguida com “Pull Harder On The Strings Of Your Martyr”, de “Ascendancy” (2005). Do mesmo trabalho veio “Rain”, que antecedeu as ótimas “Into The Mouth Of Hell We March” e “Down From The Sky”. E eis que, finalmente, eles apresentaram a primeira faixa de seu mais recente álbum, “In Waves”, com “Built To Fall”. O detalhe é que ela soou muito melhor ao vivo do que em estúdio. Por sinal, ao vivo a banda é ótima, possui excelente performance de palco e o baixista Paolo Gregoletto, além de ser um insano com seu gigantesco baixo, canta muito. Outro que merece destaque é o guitarrista selvagem Corey Beaulieu, que não para de agitar um minuto sequer, andando de um lado para o outro como um animal que estava enjaulado e saiu direto para o palco. O set prosseguiu com “The Deceived” e “Dusk Dismantled”, que tem um peso incrível ao vivo e uma agressividade fenomenal, fazendo abrir rodas no ginásio. Nela, se pôde notar o quanto o baterista Nick Augusto é consistente e preciso em seu instrumento.

A banda então manda “Detonation”, de “The Crusade” (2006), com guitarras bem intricadas na linha King Diamond e ótimas linhas de bateria. No entanto, foi com “Ember To Inferno” que os fãs foram ao delírio. Vale destacar a incrível interação entre banda e fãs, com o ‘frontman’ e guitarrista Matt Heavy se mostrando muito comunicativo. Ficou bem claro que todos se sentiam muito felizes por estarem ali na capital do país realizando a apresentação para seus fãs, e o set seguiu com “Like Light To The Flies”, “Caustic Are The Ties That Bind”, “A Gunshot To The Head Of Trepidation” e “Drowned And Torn Asunder”. O encerramento do show veio com a excelente “Throes Of Perdition”, de “Shogun” (2008).

Depois do Trivium muitos saíram exaustos do ginásio direto para suas casas, mas os que ainda queriam curtir se dirigiram para o finalzinho do set dos norte-americanos do Red Fang. Como muitos shows ocorriam simultaneamente entre os três palcos, não tive como assistir a banda, mas é certo que ela fez muita gente agitar na fria noite de Brasília. E assim se encerrou o primeiro dia do festival.

Segundo dia

O segundo dia começou com a banda local de Deathcore Divine Asphyxiation, que tocou no palco BRB pontualmente às 19h. A Girlie Hell tocou praticamente no mesmo horário no palco Chilli Beans e se mostrou insana no palco. Formada por garotas com atitude e muito selvagens, a banda promove o recém-lançado “Get Hard”, agradando com sua mistura de L7, Girlschool, The Runaways, Motörhead e AC/DC. Um show energético, com muito Rock’n’Roll e atitude.

Após o ótimo show fui para dentro do ginásio para assistir os veteranos do D.F.C., que fazem um Hardcore/Punk/Crossover com muita propriedade. E os caras detonaram deixando a galera mais do que aquecida para a próxima atração.

Já beirando às 23h entrou no palco BRB o emblemático Sepultura. Confesso que estava louco para ver a banda com o monstro Eloy Casagrande. E não me decepcionei. Após a longa ‘intro’, o grupo entrou destruindo com a faixa título “Kairos”, seguida por “Mask” e “Dialog”. Mais uma ‘intro’ e eis que pedradas como “Beneath The Remains” e “Inner Self” foram despejadas sem piedade. O palco estava incrível, com uma iluminação soberba e uma produção belíssima, com um painel mostrando as capas dos álbuns conforme o set list. Foi então que surgiu a capa fabulosa do emblemático “Arise”, e dele a banda iniciou sua destruição com “Dead Embryonic Cells”, seguida por “Desperate Cry”, “Amen”, “Mass Hypnosis” e “We Who Are”.

Derrick Green está com uma presença de palco muito segura e, além de agitar muito com seus dreads, está muito mais comunicativo. Eloy seguia moendo a bateria sem dó, como há muito não via um batera da banda fazer, ainda mais depois da saída de Igor Cavalera. A banda então volta com tudo na grande “Altered State” e “Substraction”, do magnífico “Arise”. Voltando para “Chaos A. D.”, foi a vez de “Slave New World”, “Territory” e a bombástica “Refuse/Resist”. A definitiva “Arise”, seguida da arrasa-quarteirão “Roots Bloody Roots” fecharam a ótima apresentação, que contou com o maior público de todo o festival. Isto demonstra que eles estão em alta e no palco ainda é uma excelente banda, capitaneada por Andreas Kisser e Paulo Jr, que se mostraram em ótima forma.

Após a apresentação do Sepultura, a banda brasiliense Optical Faze iniciou seu show no palco BRB. Com um som Industrial, voltado para bandas como Fear Factory e Voodoo Cult, eles preparam o ‘debut’, “The Pendulum Burns”, que vem sendo finalizado em Los Angeles com o produtor Rhys Fulber, (Fear Factory, Paradise Lost).  Apesar do pouco tempo disponibilizado, eles não deixaram pedra sobre pedra e fizeram uma apresentação matadora. Quem curte o estilo deve ficar atento!

Após anos sonhando em ver estes caras ao vivo, eis que a 1h30 da matina a ‘intro’ começou a tocar e logo o Viper entrou com tudo com “Knights Of Destruction”, do clássico “Soldiers Of Sunrise” (1987). Apesar do som estar um tanto embolado no começo, nada comprometeu a apresentação meteórica e cheia de feeling da banda. A primeira parte do show foi toda baseada em “Soldiers Of Sunrise”, executado na íntegra. A banda estava totalmente endiabrada, com um Andre Matos muito mais agressivo e com um amplo domínio de palco, uma de suas características. Os fãs se emocionaram muito com a execução da faixa título, “Soldiers Of Sunrise”. Pit estava totalmente ensandecido, enquanto Hugo Mariutti parecia bem concentrado, já Felipe Machado não parava de pular e agitar como uma criança.

Após a execução completa de “Soldiers Of Sunrise”, a banda se retirou do palco e foi então que o telão exibiu imagens do DVD “20 Years Living For The Night”, apresentando cenas raras do documentário. Todos ficaram hipnotizados com as cenas que foram apresentadas, voltando no tempo em que aqueles moleques que antes incendiavam “literalmente” suas apresentações e agora haviam se tornado músicos renomados e estavam em Brasília após tantos anos. As luzes então voltaram a se apagar e eis que inicia a ‘intro’ instrumental “Illusions”, do emblemático “Theatre Of Fate” (1989). A sequência todos sabiam: “At Least A Chance”, “To Live Again” e “A Cry From The Edge”. No entanto, foi em “Living For The Night” que todos cantaram com a banda, criando uma interação incrível e única – algo que só vê em show onde a paixão e o feeling falam mais alto do que efeitos especiais. Após a faixa título, “Theatre Of Fate”, Andre surgiu com um teclado para executar a belíssima “Moonlight”, versão mais que especial criada por ele para a obra prima de Beethoven, “Moonlight Sonata”. A banda encerrou a parte “normal” do set com “Prelude to Oblivion”.

Após um pequeno intervalo, os músicos voltaram para executar “Rebel Maniac”, de “Evolution” (1992), que já não contava mais com Andre Matos no vocal. O encerramento veio com “We Will Rock You”, clássico absoluto do Queen, coverizada por eles no ao vivo “Maniacs in Japan” (1993).

Após o Viper, os norte-americanos do Kyuss Lives! chegaram com tudo. Por motivos legais, o grupo não pode mais se utilizar do nome Kyuss e esta foi uma das últimas apresentações da banda que, em breve, anunciará um novo nome. Só consegui pegar o final da apresentação, que foi muito saudada pelos que estavam presentes. E assim foi mais uma edição consagradora do “Porão Do Rock”, festival mais tradicional do Centro-Oeste.

A única ressalva aos organizadores é que procurem organizar melhor a área reservada para imprensa na frente do palco. Fora isto, a organização está de parabéns e o atendimento foi exemplar. Que venha o próximo.

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