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AMON AMARTH

O que deveria ser apenas uma noite de testemunhoda primeira invasão do Amon Amarth acabou se transformando num dia nórdico. A convite da Underberg do Brasil, filial nacional da empresa alemã que produz uma das bebidas favoritas do quinteto, a ROADIE CREW acompanhou os suecos numa visita à Floresta da Tijuca, área de preservação ambiental situada no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio de Janeiro. Johan Hegg (vocal), Olavi Mikkonen e Johan Söderberg (guitarras), Ted Lundström (baixo) e Fredrik Andersson (bateria) tiveram uma manhã típica de turistas na (outrora) Cidade Maravilhosa. Máquinas fotográficas em punho – imagine-os fazendo “selfies” com uma cachoeira ao fundo, ou levando para casa a imagem de um Pau-Brasil… -, os cinco músicos tiveram um aquecimento digno para o inferno no qual se transformaria o Circo Voador horas mais tarde.

Para os fãs cariocas, que compareceram em ótimo número à tradicional casa de shows na Lapa, a espera valeu a pena. O início da perna brasileira da turnê para divulgar o ótimo “Deceiver Of The Gods” (2013) foi avassalador – o grupo ainda passaria por São Paulo (dia 17) e Curitiba (18) -, compensando os anos de espera (o grupo havia tocado no país em 2009 e 2012). Sem fugir do roteiro das apresentações mais recentes, a banda abriu fogo com “Father Of The Wolf” e “Deceiver Of The Gods”, gerando rodas na pista e refrãos cantados em uníssono. Apesar de o mais recente trabalho ter chegado às lojas há quase um ano, não deixou de ser uma agradável surpresa o fato de já ter sido muito bem digerido. A resposta em cima do palco foi o enorme sorriso estampado no rosto de Hegg, conquistado pela plateia em menos de dez minutos.

“Death In Fire”, única representante de “Versus The World” (2002), manteve a temperatura em alta ebulição, mas “Free Will Sacrifice” e “As Loke Falls” mostraram porque o Amon Amarth privilegia os três últimos discos – nada menos que 13 das 17 músicas do setlist saíram de “Twilight Of The Thunder God” (2008), incluindo aí Surtur Rising (2011). A evolução mostrada pelo quinteto ao longo de pouco mais de 20 anos teve um crescimento impressionante do fim da década passada para cá, e a espetacular “We Shall Destroy” trouxe o que ele tem de melhor: cozinha segura, riffs poderosos e um vocal brutal dentro de mudanças precisas de andamento. Sem demonstrações de virtuosismo, mas tudo muito bem construído.

O rolo compressor seguiu com “Guardians Of Asgaard”, outra que levou os fãs ao delírio. Feliz da vida, Hegg brincou com a plateia, arriscou algumas palavras em português e lamentou pelo Amon Amarth não ter tocado antes no Rio. Em outras situações até daria para dizer que o discurso era ensaiado, mas sobrava sinceridade na troca de energia entre a banda e público. “Blood Eagle”, “Warriors Of The North”, “Runes To My Memory” e “Varyags Of Miklagaard” foram grandiosamente acompanhadas por rodas de pogo, mas nada pode ser comparado ao momento mais incrível da noite. Em “The Last Stand Of Frej”, sem nenhum comando vindo do palco, os fãs que estavam na metade de trás da pista sentaram no chão e, como se estivessem num Drakkar, começaram a simular que estavam remando.Não consigo pensarnum adjetivo forte o suficiente para explicar a felicidade no rosto dos músicos, principalmente de Hegg. Antológica, impagável… Não importa, a cena já entrou para a história recente do Metal carioca.

A festa nórdica continuou com “Destroyer Of The Universe”, “Cry Of The Black Birds” e, com direito até mesmo a um pequeno “wall of death”, foi encerrada com “War Of The Gods”. Digo, o primeiro ato. Na volta ao palco, o barbudo e gigante vocalista agradeceu aos fãs pela mais do que calorosa recepção, fez um brinde à base de Brasilberg – a variante nacional da Underberg, feita com ervas da Amazônia e álcool de cana de açúcar –, e prometeu voltar. Mas ensaiado mesmo só a confirmação da conquista com o bis. “Twilight Of The Thunder God” deixou a porta da taberna escancarada para uma volta ao tempo com o hino “The Pursuit Of Vikings”, de “Fate of Norns” (2004). Alucinados, os fãs agitaram e cantaram como se dissessem “voltem sempre!”. Em nome dos deuses, foram todos conquistados. Banda e público.

Setlist:
Father Of The Wolf
Deceiver Of The Gods
Death In Fire
Free Will Sacrifice
As Loke Falls
We Shall Destroy
Guardians Of Asgaard
Blood Eagle
Warriors Of The North
Runes To My Memory
Varyags Of Miklagaard
The Last Stand Of Frej
Destroyer Of The Universe
Cry Of The Black Birds
War Of The Gods
Bis
Twilight Of The Thunder God
The Pursuit Of Vikings

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