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ANNEKE VAN GIERSBERGEN

Depois de dias de calor intenso em São Paulo, o sábado reservado para o show da musa Anneke van Giersbergen transcorreu nublado e pregou uma peça naqueles que aguardavam a abertura do Hangar 110. Pouco antes das dezenove horas uma chuva intensa se abateu sobre o bairro do Bom Retiro, castigando aqueles que se espremiam na fila e foram obrigados a se abrigar nos poucos lugares protegidos à disposição dos presentes.

O que aumentou ainda mais a expectativa que já vinha aquecida desde que a voz de Anneke foi ouvida durante a passagem de som. O tempo de espera até o início da apresentação fez com que a casa fosse recebendo aos poucos um número maior de presentes, que tomavam a pista quase que completamente quando a banda subiu ao palco, pontualmente às 21 horas.

Anneke foi a última a aparecer, arrancando sorrisos, palmas e todos os tipos efusivos de manifestação que sua presença marcante e carismática são capazes de provocar. Exceção feita ao seu baterista (e marido) Rob Snijders, a banda que acompanha a ex-vocalista do The Gathering é totalmente diferente daquela que a acompanhou em sua primeira turnê solo pelo Brasil, em março de 2009.

Podemos dizer que essa formação é superior à que se apresentou há quatro anos nesse mesmo Hangar. A adição de mais uma guitarra (dupla formada por Ferry Duijsens e Gijs Coolen) e uma tecladista (Annelies Kuijsters) conferiu à banda um som mais pesado, colorido e cheio. O set list foi baseado em seu último trabalho, “Everything Is Changing” (2012).

O começo do show veio com uma sequência de novas músicas que caíram imediatamente no gosto dos fãs: “Feel Alive”, “My Boy” e “Take Me Home”. Seu primeiro disco solo veio à baila quando Anneke empunhou seu violão e nos presenteou com “Beautiful One”, um dos destaques de “Air” (2007). A vocalista esbanjou simpatia ao conversar despojadamente com o público entre uma e outra canção, recebendo com carinho as demonstrações de afeto e com bom humor as mais efusivas e descaradas cantadas, fossem elas em inglês ou mesmo em português.

O primeiro momento mais intimista da noite seu deu quando foi executada “Circles”, sem baixo e bateria, com destaque para Anneke e Annelies, em uma performance profunda e tocante. Quando Rob e o baixista Joost van Haaren voltaram ao palco, foi a vez de Anneke prestar tributo a uma das vocalistas mais emblemáticas dos anos 80.

A escocesa Annie Lennox foi homenageada com uma bela e diferente versão de “Here Comes The Rain Again”, sucesso de 1984 em sua voz com o Eurythmics. “Saturnine” foi a primeira música do The Gathering tocada na noite e a reação do público se mostrou a mais intensa até então, desde os primeiros acordes. Nesse momento tivemos a certeza de que apesar da constante evolução sonora de Anneke em busca de sua sonoridade ideal, foi com essa formação que ela alcançou os melhores resultados de sua carreira solo. Clima mantido com mais outra música nova e uma das que mais se aproximam de seu trabalho com sua antiga banda, “Stay”, que foi seguida pela hipnótica “1000 Miles Away From You”.

Após a execução desta última, Anneke se retirou por um breve momento para voltar ao palco sob os primeiros acordes de “Strange Machines”, clássico de seu disco de estréia no The Gatherig, “Mandylion” (1995). Música que causou um furor incrível, com a pista pulando e cantando.

“Strange Machines” foi responsável por ter apresentando Anneke van Giersbergen a uma legião de fãs de primeira hora da musa, muitos dos quais estavam presentes nessa noite, mesmo que ainda saudosos de sua liderança na banda que a revelou ao mundo. Música que foi seguida por “Hope, Pray, Dance, Play” e “Hyperdrive, do insano Devin Townsend, som que também fez parte do show realizado há quatro anos.

Após uma breve ausência de toda a banda, Anneke volta ao palco “armada” com seu violão para começar seu set acústico, escolhido (aparentemente) na hora, a partir de pedidos dos fãs. E não é de se estranhar que tenha sido mesmo dessa forma, pois pudemos perceber alguns deslizes nas execuções, que foram contornados com graça e bom humor por parte dela, o que gerou reações muito positivas por parte do público. Foram escolhidas para esse pequeno set acústico “My Electricity” (The Gathering), “Hey Okay” e “Sunny Side Up”. Palco escuro, luz nela e um clima intimista que serviu para se contrapor à energia liberada na músicas que antecederam a parada.

Antes do restante da banda voltar ao palco, Anneke acusou o cansaço e o calor que a castigou no palco, avisando que seria executada apenas mais uma música. A despedida do público paulistano se deu com Witnesses, música de seu primeiro álbum. Ovacionada após mais um show intenso no Brasil, a banda se reuniu no centro palco para saudar a plateia que fez parte de uma celebração única. Anneke ainda atendeu uma fila de fãs que a esperou na saída dos camarins de forma paciente, atenciosa e carinhosa. Com mais um show em sua perna brasileira da turnê, a banda se recolheu ao Hotel para descansar e partir para mais um show na capital fluminense. Mais uma noite memorável, como todos os envolvidos nessa produção esperavam.

Set List:
1. Feel Alive
2. My Boy
3. Take Me home
4. Beautiful One
5. Fury
6. You Want To Be Free
7. Circles
8. Here Comes The Rain Again (Eurythmics)
9. Saturnine (The Gathering)
10. Stay
11. 1000 Miles Away From You
12. Strange Machines (The Gathering)
13. Hope, Pray, Dance, Play
14. Hyperdrive (Devin Townsend)
15. My Electricity (The Gathering)*
16. Hey Okay*
17. Sunny Side Up*
18. Witnesses
(*acústico)

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