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DELAIN

Em sua terceira visita ao Brasil, o Delain trouxe a turnê do mais recente álbum, “Moonbathers” (2016), aclamado pelos fãs e um de seus melhores trabalhos. O Manifesto Bar, local escolhido para receber um dos grandes nomes atuais do ‘female fronted metal’, ficou pequeno para a energia dos holandeses, que desta vez viram um público maior se comparado à sua última visita, em 2013, no extinto Inferno Club.

Nenhum adjetivo além de “enérgico” poderia definir melhor o show do Delain. Tanto por parte da banda quanto deste público em especial, que, sempre apaixonado e muito receptivo, nunca deixa a desejar em apresentações do estilo. Uma pena que a espera que os separou dos tão queridos ídolos tenha sido nada menos que uma hora de atraso. Sob muita chuva, sem nenhum esclarecimento.

A abertura da casa marcada para as 17h30, e o início do show, para as 19h, mas apenas depois das 18h a fila começou a andar. Mesmo duas horas depois, a fila ainda era volumosa enquanto o Delain subia ao palco, às 20h. Sim, o show começara e ainda havia pessoas do lado de fora. Talvez porque cada criatura que adentra o “Templo do Rock” precisa abrir comanda, impreterivelmente – estratégia que se mostrou bem ineficiente para os pagantes deste tipo de evento.

Mas nada pareceu abalar o entusiasmo da galera que recebeu Charlotte Wessels (vocal), Martijn Westerholt (teclado), Timo Somers e Merel Bechtold (guitarras), Otto van der Oije (baixo) e Joey de Boer (bateria) com gritos que encheram o bar e mostraram aos holandeses que eles estavam em casa. Por sua vez, o grupo liderado pela detentora do abdômen mais sarado do metal não poupou energia e deu tudo de si como se estivesse frente a uma arena lotada. “Hands of Gold” e “Go Away” abriram o set que contou com boas escolhas e agradou por percorrer todos os álbuns. “Estamos feliz de estar aqui!”, foi a saudação da cantora no melhor português que pôde.

“The Glory and the Scum”, “Suckerpunch” e “Get the Devil Out of Me”, emplacadas praticamente numa tacada só, quase deixaram a pressa transparecer, consequência talvez do atraso anterior. Mesmo assim, com muita simpatia, o grupo soube conduzir seu tempo entre ótimas execuções de suas músicas e uma constante interação. Sempre que podia, Charlotte dirigia palavras aos fãs, e os demais músicos não tiravam os olhos da plateia.

Com muita confiança e presença calorosa, veio “Here Come the Vultures”, com seu verso final solado pela casa, que não cansava de deslumbrar os ídolos impressionados com a recepção paulista. Sob gritos de “Delain! Delain!”, “Fire With Fire” deixou uma ótima mensagem sobre a chama interior que existe em cada um, a despeito dos aspectos físicos, como deixou claro o olhar da “mini” guitarrista Merel para o gigante Timo enquanto cantava ‘You will always be much too tall for someone else.’

À vontade, como se estivessem num ensaio, os holandeses fizeram algumas pausas necessárias por algum motivo e retornaram com “Pendulum” e o destaque da noite, a clássica “Sleepwalker’s Dream”. A faixa de “Lucidity”, debut lançado em 2006, foi maestralmente encerrada com um trecho da quase instrumental e recente “The Monarch”, com belas vocalizações de Wessels. A música rendeu um coro de “Olê, olê, olê, olê! Delain! Delain!”, respondido por um “Vocês são demais!”, ensinado na hora por algum brasileiro da equipe e seguido por um divertido pedido de desculpas: ‘If he made me say something dirty, I apologize!’

Na reta final da noite, a vocalista constatou que os fãs brasileiros são incansáveis e, apesar de suas tentativas de dissuadi-los do contrário, os pedidos por mais canções não paravam. “Don’t Let Go” foi mais uma injeção de ânimo e tornou muito difícil a despedida com “We Are the Others”. Inevitável como a luz do dia, o fim do show chegou com muitos agradecimentos, sorrisos e merecidos aplausos.

Apesar do atraso e de problemas no som, muito baixo durante todo o show, nada pareceu quebrar o encanto desse encontro, e os sortudos que puderam permanecer na casa foram atenciosamente atendidos pelos ídolos. Um encerramento de noite perfeito.

 

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