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ENFORCER

Depois de várias datas no Brasil, todas agenciadas pela produtora cearense Underground Produções, chegava a hora do Enforcer, promissor nome da cena Metal, dar as caras na capital do Ceará. Vindos de outra cidade cearense, Juazeiro do Norte, que recebeu calorosamente um dos primeiros shows internacionais do estilo por lá, os suecos de Arvilka marcaram também a inauguração de um novo espaço para shows de Metal em Fortaleza: Beach Club. Localizada em frente ao belo e histórico Estoril, na fervilhante Praia de Iracema, a casa merece um acabamento melhor, mas para um show underground estava de bom tamanho. Além disso, palco, iluminação do palco e som estavam bem dimensionados.

A primeira a se apresentar foi a banda de Thrash Metal Agony. E Thrash dos bons, em que logo se destacou o vocalista (e piadista) Gerônimo Pires, com espetacular alcance vocal, indo com facilidade dos agudos “kingdiamondianos” aos graves em “Wasted Time” e “Chemical Warfares”. Estas foram seguidas pela intensa “Dead Man In A Dead World” e pela pedrada “The Age Of Violence” até que, passada a surpresa inicial, os guitarristas Edniel Figueireido e Marcos Vinícius e o baterista Rômulo Albuquerque puderam aparecer mais, assim como o baixista Nilson Feitosa. Além de outras pedradas da demo “Thashers United”, o Agony apresentou dois covers clássicos para encerrar seu set: “For Whom The Bell Tolls” (Metallica) e “Metal Command” (Exodus).

O que se seguiria ali já pagaria o preço do ingresso. O que se sabia antecipadamente era que este seria o primeiro show da Darkside com o novo vocalista Marcelo Falcão, mas a veterana banda de Thrash Metal tinha mais algumas surpresas. Para começar, Marcelo demonstrou estar bem a vontade no posto – um certo nervosismo era aparente, claro, mas não parecia uma estreia. E logo depois de “Sacrificed Parasites”, sem salvar o melhor para depois, o quarteto mandou logo a ótima “Bubonic”, que contou com a participação de Viny (Fist Banger) dividindo os vocais. Sem dar descanso, “Born For War”, outra faixa absurdamente Thrash, mas com boa influência de NWOBHM, incendiou a plateia. Sem a presença do guitarrista Helder Jackson, que saiu recentemente por motivos profissionais, o guitarrista Tales “Groo” mandou ver em riffs ferozes e solos marcantes, principalmente na música nova, “Megashits on Microminds” – a ser lançada no sucessor do excelente “Prayers in Doomsday”. De um lançamento para uma música mais antiga veio “Gates to Madness”, com bela levada de baixo e outro solo matador, dedicada ao Áurélio Fonteles (Sleeping Awake), primeiro vocalista da banda que estava presente na plateia. E ele foi chamado ao palco para mais uma participação especial, cantando “Fragments of Time”, enquanto uma grande roda tomava conta de quase todo o espaço no local. A grande festa, o batismo de fogo de Marcelo Falcão ainda contaria com Ricardo Chumbica (Procriation) em “Belial”, de sua própria banda que, com apenas um minuto de duração, quase transformou o Beach Club em asfalto.

A próxima da noite foram os dos donos da casa: Blasfemador. O produtor Fabrício Moreira, além de produzir turnês e lançar material underground, se divide entre a banda de Speed Metal Blasfemador e a de Black Metal Maleficarum (na qual atende pelo nome de Lord Maleficarum). O grupo mandou um Speed Metal potente, rápido e vigoroso como pede o estilo. Isto sem contar em boas levadas de baixo, batera atacando o kit sem pena e letras em português. A banda executou um set curto, baseado no lançamento do ano passado “À Meia-Noite Levarei Tua Alma”, começando por “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver”, mas fez a galera enlouquecer nas rodas e nos stage divings, principalmente em faixas como o ataque “Speed Metal Ataque” e a ultraveloz “Tragam-me A Cabeça do Rei”, com título gritado pelo público. A banda também estreou um som novo, com o “simpático” nome de “Charles Manson”, com algo de NWOBHM e andamento mais cadenciado durante o belo e longo solo. Apesar de já ter avisado que estava um pouco gripado, o vocal mandava uns agudos de vez em quando. “O Estripador”, “Destruição Total” e “Correntes de Metal” também fizeram parte do repertório.

Finalmente, chegava a hora do som encorpado com fortes influências de NWOBHM e de bandas como Exciter tomar posse do Beach Club com o Enforcer. Há quem critique o som dos quatro jovens suecos, mas o que pudemos ver foram apenas quatro caras fazendo o som que gostam, atraindo público que gosta do som que eles fazem. O que há de errado nisso? Nem todo mundo pode inventar a roda. E havia figuras que pareciam saídas de um vídeo dos anos 80? Sim, claro, mas se incomodar com isso é negar um dos aspectos mais importantes do Rock, o espírito de liberdade.

A ‘intro’ “Bells of Hades”, que inicia o recente lançamento “Death By Fire” também deu início ao show de Olof (guitarra e vocal) e Jonas Wikstrand (bateria), Joseph Tholl (guitarra) e Tobias Lindqust (baixo). Assim como em shows anteriores e no próprio álbum, a próxima foi “Death Rides This Night”, seguida por “Mistress From Hell”, uma das primeiras músicas gravadas pela banda – faz parte da primeira demo, de 2005, e foi relançada no primeiro full-length, “Into The Night”, de 2008.

“Mesmerized By Fire”, single do novo disco não poderia faltar e foi muito bem recebida pelos fortalezenses. Mas o melhor viria em seguida, talvez a melhor composição do Enforcer, a belíssima “Katana”, em que a precisão técnica dos músicos mostra que, apesar da pouca idade, nenhum deles está ali pra brincadeira. E o reconhecimento veio rápido, com a galera gritando “Enforcer, Enforcer, Enforcer”. O público ora agitava, ora observava extasiado o melhor do Heavy Metal, traduzido em músicas como “Take Me Out Of This Nightmare”, com seu refrão grudento, ou “On The Loose”, com os tradicionais “ô ô ô” seguidos pela galera. Na mais agressiva “Scream Of The Savage”, voltaram a fazer roda, enquanto Olof conclamava “Standing tall with your fists in the air”.

Solando “na cara” dos que estavam mais próximos à grade, Joseph Tholl se mostrava além de exímio guitarrista um grande frontman. Outro que dominava o palco era o batera Jonas Wikstrand, com batidas velozes e certeiras. O set list foi parecido com o que foi tocado em São Paulo, apenas com algumas modificações na ordem das músicas – no lugar de “Evil Atacker”, que foi tocada em São Paulo, os suecos incluíram “Roll The Dice”. Havia esperança que tocassem a bela instrumental “Crystal Suite”, mas essa os suecos ficaram devendo. Pelo menos, “Silent Hour/ The Conjugation” não faltou. Quem não foi perdeu um excelente show e vai ter que esperar que os suecos voltem e façam outra (muito bem vinda) extensa turnê em 2014 ou 2015.

Set list Enforcer:
1 – Bells of Hades
2 – Death Rides This Night
3 – Mistress from Hell
4 – Mesmerized by Fire
5 – Katana
6 – On The Losse
7 – Scream of The Savage
8 – Midnight Vice
9 – Take me out of This Nightmare
10 – Take me to Hell
11 – Silent Hour / The Conjugation
12 – Satan
13 – Black Angel
14 – Roll the Dice
15 – Into the Night

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