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GRAVE DIGGER

Prestes  completar uma década de espera e ansiedade, o público gaúcho pode conferir de perto pela segunda vez uma das lendas do Power Metal germânico, o Grave Digger. Dando seguimento na turnê de seu novo álbum, “Clash of the Gods”, os alemães tocaram para um modesto, porém empolgado público, no feriado de “Corpus Christi”, abrangendo uma série de fãs mais antigos com outros recém-chegados ao estilo, num clima de total confraternização. O único problema que parece ter afetado um pouco os presentes foi a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores, e como o show no andar  de cima, coube aos fãs de cerveja e afins que se encaminhassem para o andar de baixo, dando inicio aos “trabalhos”. Para muitos, show de Heavy Metal sem cerveja não combina.

É fato que o vocalista Chris Boltendahl comanda a banda com punhos de aço, não deixando a peteca cair em seus mais de 30 anos de estrada, iniciados com força total no mítico “Heavy Metal Breakdown”, de 1984, porém, segundo uma parcela dos fãs, desde “Rheingold” (2003) o grupo não lança nada excepcional, ainda que sempre mantendo o nível altíssimo.

A entrada do guitarrista Axel Ritt no lugar de Manni Schmidt deu ao Grave Digger novo fôlego, e esta parceria parece que está longe de acabar. Desde que estreou com “Ballads Of A Hangman” (2009), Axel tem provado se tratar de um substituto à altura de Manni, mantendo intacto o estilo moldado ao longo dos anos, em especial à fase de Uwe Lulis, responsável pelas guitarras até o clássico “Excalibur”, de 1999.

Inicialmente a noite contaria ainda com o show do Scelerata, de Porto Alegre, mas devido a problemas logísticos, não foi possível sua participação, sendo lançada uma nota explicativa semanas antes do evento. Com este contratempo, coube ao Grave Digger iniciar este belíssimo show às 20h, com a introdução do novo disco, “Charon (Fährmann des Todes)”, já com o público eufórico para mais uma grande amostra do verdadeiro Power Metal alemão, emendando com a música que dá nome ao álbum, “Clash of the Gods”. O som estava excelente, com os riffs de Axel soando cortantes e a cozinha de Jens Becker (baixo) e Stefan Arnold (bateria) pesada e consistente. Privilegiando as composições novas, foi apresentada “Death Angel & the Grave Digger”, sendo imediatamente aprovada pelo exigente público, que mesmo não agitando tanto, respondeu com entusiasmo.

“Hammer of the Scots” e “Ballads of a Hangman” encerraram esta primeira parte do show, para em seguida intercalar clássicos com músicas mais recentes, destacando de imediato a rápida “Killing Time”, presente em “Tunes of War”, de 1996. Mas foi com “Excalibur”, do disco homônimo – talvez o preferido entre nova a cada dez fãs – que os headbangers se emocionaram, seguidos com um medley matador, unindo “The Reaper”, “Baphomet” e “We Wanna Rock You” de forma magistral. Aliás, é interessante relembrar que a discografia do Grave Digger é extensa e possuem músicas que poderiam permanecer sempre no set list, como “Knights of the Cross”, música que dá título ao segundo disco da trilogia épica, iniciada com “Tunes of War”. Embora seja uma genuína instituição do Power Metal, a agressividade é latente em certos momentos, como os riffs e a pegada da cozinha, além da velocidade característica.

Um dos grandes momentos da noite ocorreu em “The Round Table (Forever)”, onde punhos foram erguidos ao ar e a letra entoada por todos os presentes, mostrando muita emoção numa conexão forte entre banda x audiência. Memorável!

Mantendo o pique lá em cima, a rápida “The Dark of the Sun” colocou algumas cabeças a bangear (não entendo como em certas músicas ninguém agita e só tiram fotos…), abrindo caminho para “Home At Last” e finalizando com a irreparável e obrigatória “Rebellion (The Clans Are Marching)”, onde só faltaram alguns escoceces tocando gaita de foles e vestindo “kilts”. Se o show acabasse aqui, estariam todos satisfeitos!

Após uma pausa para o tradicional bis, houve mais um momento que deve ter ficado na memória dos alemães, afinal, qual banda não se sentiria feliz ouvindo aquele “olé olê olê” tão alto e entusiasmado como se houvesse uma multidão em cena, enquanto na verdade haviam cerca de 300 pessoas no local? Não é a toa que os brasileiros são considerados os mais barulhentos e apaixonados fãs do mundo…

De volta ao palco, todos com a felicidade estampada em seus rostos, sobretudo Christ e Axel, eis que “Highland Farewell” e seu refrão grudento irrompem o ar, encerrando com “Heavy Metal Breakdown”, matando de vez os seguidores de longos anos. Obviamente faltaram algumas músicas em especial, como “Witchhunter”, por exemplo, mas foi uma bela aula de Heavy Metal onde todos saíram satisfeitos, sejam aqueles que já haviam presenciado o show de 2003 quanto os novos fãs, garantindo assim uma possível nova visita do “coveiro” em território gaúcho, mas que não demore uma década…

Set list:
1.        Charon (Fährmann des Todes)
2.        Clash of the Gods
3.        Death Angel & the Grave Digger
4.        Hammer of the Scots
5.        Ballads of a Hangman
6.        The House
7.        Killing Time
8.        Medusa
9.        Excalibur
10.   The Reaper / Baphomet / We Wanna Rock You
11.   Knights of the Cross
12.   The Round Table (Forever)
13.   The Dark of the Sun
14.   Home at Last
15.   Rebellion (The Clans Are Marching)
16.   Highland Farewell
17.   Heavy Metal Breakdown

 

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