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HEAVY ROCK REVIVAL

Celebração! Foi esse o clima do “Heavy Rock Revival”, realizado no tradicional Blackmore Rock Bar para comemorar não apenas o sucesso do festival “Super Peso Brasil”, que ocorreu em 9 de novembro de 2013, mas também o lançamento do DVD/CD, que registram a data histórica e foram concretizados graças à ação de muitos headbangers que contribuíram para a realização do projeto através de uma plataforma de ‘crowdfunding’. A noite era mesmo dedicada ao Heavy Metal brasileiro e, dessa forma, o telão exibiu vídeos antigos das bandas que fizeram parte do “Super Peso Brasil”, em início de carreira, além de cenas do DVD que estava sendo lançado e videoclipes de diversas outras bandas como Panzer, Nervosa, Imbyra, Woslom, Sepultura etc.

Os integrantes das bandas Centúrias, Metalmorphose, Taurus e Salário Mínimo confraternizavam com os presentes antes de subirem ao palco para animar a festa em “alto e bom som”. Pontualmente a meia-noite, o mestre de cerimônias e figura essencial para o Metal nacional, Walcir Chalas, saudou os presentes e convidou o idealizador do “Super Peso Brasil”, André Bighinzoli, baixista do Metalmorphose, a tomar o microfone. Emocionado, Bighinzoli mal conseguia expressar em palavras o seu agradecimento pelo sucesso que foi o festival e a campanha para a realização do DVD/CD. Assim, passou a bola para o jornalista e redator-chefe da revista ROADIE CREW, Ricardo Batalha, que comentou que o festival foi realizado com o intuito de homenagear as bandas que pavimentaram a história do Heavy Metal no Brasil, lá no início da década de 80 e que, graças ao público, tal homenagem foi sucesso absoluto. E para cravar definitivamente a homenagem, todas as bandas, assim, como os responsáveis Batalha e André “Big”, receberam placas comemorativas, que simbolizaram o feito que definitivamente marcou e marcará para sempre a história do Metal no Brasil.

Exceto pelo paraense Stress que não pôde estar presente para completar o cast que fez parte do “Super Peso Brasil”, coube a dobradinha Rio/São Paulo representar o festival e quinze minutos após as homenagens, o Centúrias tomou o palco de assalto detonando com “Guerra e Paz”, empolgando de vez o bom público que compareceu ao Blackmore Rock Bar.

Não demorou muito para Nilton “Cachorrão” Zanelli (vocal), Roger Villaplana (guitarra), Ricardo Ravache (baixo) e Júlio Príncipe (bateria) apresentarem a música “Sobreviver”, uma das mais novas da banda e que faz parte do single “Rompendo O Silêncio”, lançado 25 anos após o último álbum de estúdio, “Ninja” (1988). O som estava bem alto e os integrantes afiados, fazendo uma de suas melhores apresentações desde que retomaram as atividades.

Em “Arde Como Fogo”, o que deve ter ardido foram os dedos de Ravache, que simplesmente brilhou com um solo de baixo muito bem construído. Lógico que a música não poderia ser encerrada sem o tradicional coro “To Hell”, famoso por se sobrepor ao tema da Chapéuzinho Vermelho e ecoado com fúria pelos headbangers, com o ‘grand finale’ por conta de Cachorrão que ergueu a conhecida plaquinha anti-poser, bradando: ‘Eu não quero poser, eu não quero emo, eu não quero ‘tchu tcha’… Eu quero é Heavy Metal!’.

Para a sequência com “Duas Rodas” e “Portas Negras”, a banda intimou ao palco o ex-vocalista do Vodu e atual Face Of Desaster, André Góis, para cantá-las e praticamente “sequestrou” seu ex-baterista, o lendário Paulão Thomaz (Kamboja, ex-Baranga) para fazer parte da festa em cima do palco. “Metal Comando” fechou o set e a banda se despediu ovacionada.

A primeira banda carioca da noite foi o Metalmorphose, do idealizador do “S.P.B.”, André “Big” Bighinzoli (baixo). O grupo aproveitou para lançar seu DVD/CD “Máquina Ao Vivo” e a 1h40 deu início com “Jamais Desista”, música que também abre o ótimo último álbum de estúdio, “Máquina Dos Sentidos” (2012). O grupo ficou conhecido por ter divido o lendário Split “Ultimatum” com seus conterrâneos da Dorsal Atlântica no distante ano de 1985, e foi desse material que veio a música seguinte “Cavaleiro Negro”, que antecedeu mais uma do último álbum, a genial “Máscara”, que ganhou um videoclipe muito legal e que certamente é uma das, senão a melhor música da carreira. Que refrão!

O Metalmorphose fez um set recheado de músicas velozes, que carregam uma forte influência do Judas Priest em sua fase oitentista, e perto do fim, fez algumas homenagens a outras duas bandas que certamente empolgariam a plateia se estivessem presentes, começando pelo Azul Limão, ex-banda do vocalista Tavinho Godoy e do guitarrista Marco Dantas, com “Não Vou Mais Falar” e segundo o ausente Stress, com a clássica “Mate O Réu”.

Vale mencionar as performances individuais do próprio “Big”, que além de mandar bem no baixo, se mostra comunicativo, e também do baterista André “Stressor” Delacroix, que faz viradas precisas, carregadas de muita pegada. Completa o time o guitarrista PP Cavalcante. O grupo encerrou o set com seu hino “Minha Droga É O Metal”.

Pouco antes das três da manhã foi a vez do Thrash Metal se fazer presente através do Taurus, que entrou arregaçando com “Mundo Em Alerta”, do influente “Signo De Taurus” (1985). O grupo voltou às atividades há alguns anos e em 2010 lançou o visceral “Fissura”. Foi dele que veio a sequência com a veloz “Porrada Na Cabeça”. Em “Falsos Comandos”, o guitarrista Cláudio Bezz mostrou o porquê de ter sido sempre tão respeitado em sua função e mandou um solo excepcional, com destaque para o timbre escolhido.

O vocalista Otávio Augusto se mostrou em boa forma, cantando muito bem, inclusive as músicas em inglês “Trapped In Lies”, que tem um belíssimo dedilhado inicial, e “Pornography”, ambas dão título aos dois álbuns em que Otávio não esteve presente, sendo substituído por Jeziel, que já não faz mais parte da banda desde o álbum “Fissura”, onde atuou como baixista e não como vocalista e guitarrista, como no passado.

Otávio foi sábio em suas palavras: ‘O ideal seria se o festival pudesse viajar o país todo!’. Outro destaque ficou para o irmão de Cláudio, o baterista Sérgio Bezz, com uma pegada pesada e uma precisão absurda em cada arranjo executado. O desfecho se deu com as clássicas “Demien” e “Massacre” que foi emendada pelo riff inicial de “Heaven And Hell” do Black Sabbath, consagrando de vez a performance certeira dos “thrashers” cariocas.

A missão de encerrar de forma soberba o evento foi cumprida brilhantemente peloSalário Mínimo, que devido ao horário bastante ultrapassado encurtou o set list, mas mesmo assim agradou a todos, como de costume. O pontapé inicial veio com “Delírio Estelar”, presente na coletânea “SP Metal 1” (1984) e regravada em “Simplesmente Rock” (2009). Ao final da música que intitula o respeitado “Beijo Fatal” de 1987, o vocalista China Lee dedicou o show do Salário aos organizadores Ricardo Batalha e André Bighinzoli.

O vocalista, que é torcedor fanático da Associação Portuguesa de Desportos, brincou com os torcedores São Paulinos após a execução de “Anjos da Escuridão”, porém, esbravejou ao dedicar o novo single da banda, “Fatos Reais”, para a atual presidente, Dilma Rousseff. Em “Noite de Rock”, o baterista Marcelo Campos pediu o microfone e reverenciou Paulão Thomaz que estava na pista, lhe dando os méritos por ser uma de suas principais influências. Os guitarristas Júnior Muzilli e Daniel Beretta são os responsáveis pelo peso no som do Salário que varia entre o Hard Rock e o Heavy tradicional. Já o baixista Diego Lessa toca de forma despojada, sorrindo o tempo todo e se movimentando de um lado a outro do palco. “Jogos de Guerra” deveria fechar a apresentação do Salário Mínimo, mas como dizem que “a voz do povo é a voz de Deus”, o grupo se viu obrigado a atender aos pedidos calorosos por “Cabeça Metal”. Ponto final.

Mais um capítulo foi escrito na história do Metal brasileiro, graças a ideia desenvolvida por André Bighinzoli, que ganhou a importante ajuda de Ricardo Batalha, que explicou o porquê da realização do projeto Super Peso Brasil: “Em outubro de 2012, no Manifesto Bar, tocaram Stress, Metalmorphose e Centúrias, e as três tocaram ao lado do Salário Mínimo no Rio de Janeiro. A partir daí, ficou a ideia de juntar essas bandas, pois eu sempre tive na cabeça que o pessoal sempre comentou a respeito dos discos “SP Metal I” e “Ultimatum”, dos pioneiros, mas nunca ninguém tinha feito nada para homenageá-los”. Um fato que Batalha comentou foi que, além disso, esses dois eventos em São Paulo e Rio de Janeiro não tiveram nome e esse fator faz com que o evento não se torne marcante. “Então, idealizamos o nome a partir do projeto que eu organizava aos domingos, no Manifesto, que se chamava ‘Projeto Peso Brasil’ e concluímos que precisávamos fazer uma festa final que homenageasse a todos os pioneiros que nunca puderam tocar juntos em um lugar com a devida estrutura. Quem colocou em prática a produção executiva foi o André (Bighinzoli) e todos nós, juntos, bandas e organização, trabalhamos nessa ideia. Não foi nada além de uma justa homenagem.”

Set List – CENTÚRIAS:

Guerra E Paz
Fortes Olhos
Sobreviver
Cidade Perdida
Senhores da Razão
Ruptura Necessária
Arde Como Fogo / To Hell
Duas Rodas
Portas Negras
Metal Comando

Set List – METALMORPHOSE:
Jamais Desista
Cavaleiro Negro
Máscara
No Topo Do Mundo
Pelas Sombras
Corda Bamba
Correntes
Livres Para Sonhar
Não Vou Mais Falar (Cover do Azul Limão)
Mate O Réu (Cover do Stress)
Minha Droga É O Metal

Set List – TAURUS:
Mundo Em Alerta
Porrada Na Cabeça
Dias de Cão
Falsos Comandos
Trapped In Lies
Pornography
Damien
Massacre / Heaven And Hell (trecho, cover do Black Sabbath)

Set List – SALÁRIO MÍNIMO:

Delírio Estelar
Beijo Fatal
Anjos da Escuridão
Noite de Rock
Dama da Noite
Fatos Reais
Doce Vingança
Jogos de Guerra
Cabeça Metal

 

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