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HELLOWEEN

Em entrevista para a ROADIE CREW (ed. 218), Michael Kiske, Michael Weikath, Kai Hansen e Andi Deris nos deram com exclusividade detalhes de como seria a Pumpkins United World Tour, gerando toneladas de expectativas. O passar arrastado dos meses só fez aumentar a ansiedade, até que finalmente a vez do Brasil ver o Helloween com Kiske e Hansen, algo inédito na história do metal, chegou.

Terça-feira em Porto Alegre (RS), uma casa com capacidade para aproximadamente 7.000 pessoas e abarrotada de fãs de todos os lugares aguardava os alemães em noite de halloween – que coincidência, não? À nossa frente havia um palco enorme com extensão para o meio da pista e uma cortina gigante com o logotipo da banda, que, ao cair pontualmente, materializou o sonho dos presentes.

Em cima do palco tínhamos Hansen ao centro, Weikath à direita, Markus Grosskopf e Sascha Gerstner mais para esquerda, além de Kiske e Deris dividindo os vocais na mais que apropriada “Halloween”. Os 13 minutos de música parecem ter voado tamanha a empolgação de se ver os sete integrantes resgatando este clássico do “Keeper of the Seven Keys: Part I” (1985), seguida por “Dr. Stein” – uma das mais bem humoradas tanto do “Keeper of the Seven Keys: Part II” (1987), quanto da noite.

Precedido por uma curta e divertida apresentação exibida no telão do cartoon Doc. & Seth, veio o momento de ouvir Kiske sozinho soltando os seus agudos que resistem ao tempo em “I’m Alive”. Finalmente o público teve a chance de ouvir a voz original interpretando músicas compostas há três décadas. E assim como este, não foram poucos os momentos extasiantes da noite.

Deris, numa muita simpática intenção de se comunicar com o público arriscou várias palavras em português, quase estabelecendo um diálogo, para anunciar “If I Could Fly”.  A intercalação entre os momentos Kiske e Deris funcionou muito bem, mas foi nas combinações que todos realmente ganharam um espetáculo. Prova disso se viu em “Forever and One (Neverland)”, a hard ballad “A Tale That Wasn’t Right” e “Perfect Gentleman” – esta iniciada por Gerstner, Hansen e Weikath no centro do holofote.

Ouvir a inconfundível voz de Hansen também era muito aguardo, afinal ele o vocalista original. O medley apresentado pelo Helloween apesar de não decepcionar poderia ter trazido o músico explorando mais músicas. Pelo menos, mais tarde no show, “How Many Tears” foi tocanda contando com Kiske e Deris, além dele nos vocais.

Tal como prometido em entrevista, tivemos a participação em imagens no telão do ex-baterista Ingo Schwichtenberg, falecido em 1995, dividindo solos de bateria com Daniel Löble com os gritos da plateia mostrando o quão marcante foi a passagem do músico pala banda. Este momento de resgate de memórias apareceu novamente com declarações de Kiske e Deris abraçados na frente do palco. Kiske declarou que não quis ouvir absolutamente nada do Helloween após a sua saída, mas muito tempo depois, ao aceitar conhecer o que a banda tinha feito, ele encontrou “Why?” – uma canção que considerou especial. Deris continuou, dizendo que quando compôs esta faixa, ele achou que ela ficaria perfeita na voz de Kiske.

Quando se fala em Helloween, o clima positivo e sincero está sempre implícito e Deris foi sensato ao pedir desculpas por anunciar “Sole Survivor” nas apresentações anteriores como sendo do “Time of the Oath” (1996) quando na realidade a faixa está no “Master of the Rings” (1994). De fato os fãs não perdoam e a internet é implacável, mas o que importa é que a execução da música foi impecável.

Caminhando para o final da apresentação a banda fez uma rápida saída do palco somente para voltar entoando o clássico “Eagle Fly Free” cantado a plenos pulmões por Kiske e os fãs, chegando ao ponto das vozes de sobreporem. Momento mágico seguindo pelo hino “Keeper of the Seven Keys” com Kiske e Hansen lá na ponta do palco se olhando nos olhos. Enquando Gerstner segurava na linha de guitarra do final da música um a um os músicos foram deixando o local de forma espetacular.

Ainda bem que aquele não era o final. Para fechar Hansen voltou solando para abrir “Future World” na voz de Kiske e com direito as clássicas guitarras gêmeas encantando o público. Por fim, “I Want Out” com bolas pretas e laranjas para o público, chuva de papel picado, introdução da banda e Hansen puxando uma levada reggae antes de um final espetacular para coroar esta noite tão especial.

A justificativa para este ser um momento tão especial? Kiske e Hansen nunca haviam se apresentado com o Helloween no Brasil antes. Mais de trinta anos se passaram e quem soube esperar, não se arrependeu. Foram quase três horas que passaram voando. A produtora apostou alto em alocar a apresentação na maior casa de shows do sul do Brasil e fez por merecer o resultado positivo.

REPERTÓRIO
Halloween (Michael Kiske & Andi Deris)
Dr. Stein (Michael Kiske & Andi Deris)
I’m Alive (Michael Kiske)
If I Could Fly (Andi Deris)
Are You Metal? (Andi Deris)
Kids of the Century (Michael Kiske)
Where the Sinners Go (Andi Deris)
Perfect Gentleman (Michael Kiske & Andi Deris)
Starlight / Ride the Sky / Judas / Heavy Metal (Is the Law) (with Kai Hansen)
Forever and One (Neverland) (Michael Kiske & Andi Deris)
A Tale That Wasn’t Right (Michael Kiske & Andi Deris)
I Can (Andi Deris)
Livin’ Ain’t No Crime / A Little Time (Michael Kiske)
Why? (Michael Kiske & Andi Deris)
Sole Survivor (Andi Deris)
Power (Andi Deris)
How Many Tears (Andi Deris, Michael Kiske & Kai Hansen)
Eagle Fly Free (Michael Kiske)
Keeper of the Seven Keys (Michael Kiske & Andi Deris)
Future World (Michael Kiske)
I Want Out (Michael Kiske & Andi Deris)

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