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JEFF SCOTT SOTO

“This is a real Rock bar, baby”, vaticinou, lá pelas tantas, o vocalista Jeff Scott Soto na sua passagem por Campinas. E ele tinha razão. O já tradicional Sebastian Bar, um dos principais points rockeiros da região, estava mais no clima do que nunca naquela quente noite e que reuniu um excelente público para ver mais uma apresentação do cantor – afinal, quem já viu sabe: show de Jeff Scott Soto é diversão garantida.

A abertura ficou por conta do Voodoo Shyne, que estava lançando seu primeiro disco, Satan’s Gonna Like It. Foi um show simples e com um repertório idem, que, se não chegou a empolgar, também não comprometeu.

Já Jeff Scott Soto entrou em cena com jogo ganho. O cantor é conhecido por participar de inúmeros projetos, o que possibilita com que ele crie vários shows diferentes entre si. Nessa sua mais recente tour pelo Brasil, ele optou por apresentar músicas de suas bandas de Hard Rock, como W.E.T. e Talisman, além de incluir os tradicionais covers, como Shot In The Dark (Ozzy Osbourne), que acabou se tornando um dos momentos de frenesi coletivo no Sebastian.

Mas, justiça seja feita, Soto não é o tipo de artista que precisa apelar para covers para fazer seu show empolgar. O material de suas bandas, sem dúvida, é excelente, com temas agradáveis, com riffs bacanas e refrãos grudentos – prova disso estava no fato de vários temas terem tido o acompanhamento das cerca de 300 vozes que estavam na plateia. Mas o principal é que Jeff, apesar de cantar com extrema competência, é um verdadeiro ‘frontman’ – na verdade, em alguns momentos sua performance se aproxima mais de um ‘showman’. Ele preenche o palco todo, brinca com o público, provoca seus músicos, comunica-se o tempo todo – não é à toa que o cara encerra a apresentação de duas horas suando em bicas. Refresco só na hora em que se senta ao piano e emenda algumas músicas mais calmas, para logo em seguida retomar a correria em cena.

Outro mérito dele está na escolha dos músicos que o acompanham. Os espanhóis Jorge Salan (guitarra e backing vocals) e Fernando Mainer (baixo e backing vocals) e os brasileiros BJ (guitarra, teclados e backing vocals) e Edu Cominato (bateria e backing vocals) não são virtuosos mas esbanjam competência em suas respectivas funções. Detalhe: o fato de todos cantarem – e muito bem! – possibilita que arranjos vocais às vezes até intrincados sejam utilizados ao longo de todo o show, algo raro de ser ver hoje em dia. Em determinado momento, Jeff vez um pequeno desafio vocal com cada um dos músicos e o resultado foi agradavelmente surpreendente – com destaque absoluto para o batera Edu Cominato, que domina as duas funções que desempenha.

No aspecto, digamos, “extra musical”, Jeff também é um show à parte. A começar pelas caipirinhas. “Ela mudou a minha vida”, garantiu o vocalista. E quem já assistiu a um show dele sabe que o negócio é sério, mesmo. O vocalista entorna copos e mais copos do drinque brasileiro ao longo do show, alguns deles na base do “vira-vira”, sempre acompanhado por um coro da galera. Acaba instigando seus músicos a fazerem o mesmo mas fica claro que ele é o mais desenvolto nessa “arte”.

Tudo isso gera uma grande interação com a plateia e, no show em questão, acabou havendo até um “casamento” no palco, “celebrado” pelo próprio vocalista.

A conclusão acaba sendo a óbvia: numa época em que tantos canastrões são elevados ao posto de verdadeiras sumidades da música, é impressionante que Jeff Scott Soto, com todo seu talento, ainda não seja mundialmente conhecido. De fato, é um mundo errado, mesmo.

 

 

 

 

 

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