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MOONSPELL

A ligação dos portugueses do Moonspell com o Brasil é mesmo muito forte, provavelmente pelo elo histórico de nosso país com o Portugal, assim como pela língua. Desse modo, nem mesmo o fato de ser uma noite de segunda-feira impediu o público de ir ver a quinta passagem da banda pela capital paulista. A banda, que veio ao país para se apresentar no festival “Rock in Rio”, ainda levou sua “Road to Extinct Tour” pelas cidades de Curitiba e São Leopoldo, encerrando a mini tour na ‘Terra da Garoa’.
Com horário de inicio previsto para as 21h, cerca de duas horas antes uma grande fila tomava conta da frente do Teatro Mars, numa obscura região do bairro Bela Vista. Quando os portões se abriram, boa parte do público passava pela portaria retirando o livro “Purgatorial” (Fernando Ribeiro) comprado em conjunto com o ingresso da apresentação. Ao nos depararmos com a pista, um espaço pequeno nos prometia um show intimista, vendo a banda bem de perto.

Com quinze minutos de atraso, os lusitanos tomaram o palco com “Breathe (Until We Are No More)”, do bem recebido e mais recente álbum “Extinct”. Com os agradecimentos de Fernando por todos estarem ali numa noite de segunda, a banda emendou com a faixa-título do citado CD. Sempre “glorificando” o público e enfatizando o quão São Paulo é especial para a banda, Sr. Ribeiro convida a todos até o fim da terra com “Finisterra”, seguida de “Night Eternal”, um dos momentos mais agressivos do show.
Com um devido convite de uma viagem ao passado, a sequência foi de pura naftalina a começar com o clássico “Opium”, passando por “Awake”, ambas do aclamado “Irreligious” (1996), indo para “…Of Dream and Drama (Midnight Ride)” de “Wolfheart”, álbum que está completando seus 20 anos em 2015.

Até aqui, um show perfeito! Som de qualidade impecável, uma pista de fãs empolgadíssimos e um frontman de presença única, facilitado pelo fator linguístico. Quanto ao restante da banda, asegunda guitarra fez falta em vários momentos, pois Pedro Paixão agora assumiu de vez o posto de tecladista abandonando a função das seis cordas que acumulava em palco. Mas tirando essa “vírgula”, não há o que falar de negativo da banda. Aires Pereira já mostra há anos que não pretende mais permitir trocas no posto de baixista, Ricardo Amorim é puro feeling em seu timbre cortante de guitarra e ainda comanda muito bem os backing vocals e Mike Gaspar chega a ser um nome injustiçado da bateria, pois além de ser perfeito em seus arranjos, toca com pegada que não se vê muito nas gerações atuais.

Apesar da boa receptividade por “Extinct”, a sequência com “Medusalem” e “Last of Us” foi um pouco fria se comparada aos restante, mas isso logo foi esquecida com a gótica “Nocturna” e principalmente com a hipnotizante “Scorpion Flower” que aqui contou com a participação da cantora Naiça Bowen que cantou sobre as passagens originalmente gravadas por Anneke Van Giersbergen. Em show de qualquer banda de longa carreira, os clássicos lançados em velhos álbuns sempre são os mais ovacionados pelos públicos, mas vale dizer que aqui o som que dominou a noite não foi um dos hinos dos primeiros discos da banda, mas sim uma faixa do penúltimo álbum da banda, “Alpha Noir/Omega White”, lançado e 2012. A música? “Em Nome do Medo” que com sua letra em português enlouquece os fãs brasileiros.
Uma sucessão de velharias de “Wolfheart” trouxe: “Vampiria”, “An Erotic Alchemy” e a folk, feliz e até boba “Ataegina”.

Entre elas, Fernando mais uma vez agradece a todos por estarem ali numa segunda-feira, inclusive se desculpando pela data e dizendo reconhecer os sacrifícios dos que ali estavam. Ao pedir vaias por anunciar o que seria o último som, o frontman não recebe grande reação do público. Então ele insiste que faça de conta que aquele seria o último som da noite e garante a todos ali que o show de SP foi o mais especial dessa mini tour pelo país e assim, temos a execução do clássico mor da banda, “Alma Mater”. Poucos minutos de respiro e a banda volta com a pesada “Everything Invaded”, infelizmente a única de “The Antidote”, um dos melhores discos da banda.

Sempre comunicativo, o vocalista diz “São Paulo, sem você The Future is Dark” e assim a banda toca “The Future is Dark”, mas uma do mais recente CD. A humildade da banda é mesmo emocionante, com agradecimentos em palco para equipe técnica e à produtora responsável pelo show. Eis que era chegada a hora do encerramento. Com um céu nubladoem São Paulo, poucos chegaram a notar que fora do Teatro Mars, a noite era de lua cheia, mas os portugueses fizeram questão de trazer essa lua e todos seus encantos para dentro da pista com a cadenciada “Full Moon Madness”.

A banda ainda custou a deixar o palco, posando para fotos, cumprimentando o público ou distribuindo palhetas e baquetas, com todos aplaudindo tomados por sorrisos no rosto de plena satisfação por mais uma apresentação impecável dos portugueses em São Paulo. Quem esteve ali, com certeza pode dizer que, apesar de a semana estar apenas se iniciando, começou com o pé direito.
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