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NARNIA

Para aqueles que não se lembram da banda, os suecos cristãos do Narnia já atravessaram por tudo na estrada do rock. Desde um início fulminante com os primeiros álbuns, “Awakening” (1998) e “Long Live the Rock” (1999), passaram pela saída dos holofotes, mudanças de formação e incertezas. Sem contar que houve uma frustrada tentativa de trazer a banda ao Brasil antes dos anos 2000. E como dizem que o tempo é a melhor resposta para tudo, depois dessa série de acontecimentos (que fazem parte da vida de muitas bandas de rock por sinal), hoje o quinteto que conta atualmente com Christian Liljegren (vocal), CJ Grimmark (guitarra), Andreas “Habo” Johansson (bateria) Jonatan Samuelsson (baixo) e Martin Harenstam (teclado) vive um novo e especial momento com o lançamento do álbum “Narnia” (2016).

Este momento, além de render boas críticas ao novo trabalho, trouxe a possibilidade que muitos fãs aguardaram à quase duas décadas: shows no Brasil, em turnê que passou por Recife (PE), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). Sendo que nesta última cidade, a apresentação fora gravada para um futuro lançamento em DVD. Em São Paulo, a apresentação ocorreu no Manifesto Bar e bem antes dos portões se abrirem, contava com muitos fãs (que mesclavam entre jovens e quarentões como eu) esperando o tão aguardado momento de finalmente ver a banda ao vivo.

A abertura dos portões foi realizada às 17h30 e que contou além dos suecos com duas bandas de abertura: os goianos do Sunroad e os mineiros da Allos, que deram início ao evento, às 18h10. Adeptos do power metal melódico, o quarteto formado por Celso Alves (vocal), Júnior Oliveira (guitarra), Edley Winderson (baixo) e Wallace Ryan (bateria), mostraram competência e agradaram os presentes com canções que agregam peso, melodia e virtuosismo, cujos pontos altos foram “Journey” , “Mirror of Deep Waters” e “The Hero”, esta aplaudida pelo público. Outro ponto alto do set dos mineiros foi a versão para “Time for Salvation” (Divinefire), grupo formado por integrantes e ex-integrantes do Narnia, onde o vocal contou que nos primeiros tempos da banda, eles eram um cover do Narnia. Um set curto, com cerca de meia hora, porém eficiente.

Um elo perdido do hard rock! Assim podemos definir visualmente o pessoal do Sunroad, que às 18h50 começou sua apresentação. Com uma pegada mais voltada ao hard e heavy dos anos 70 e 80, André Adonis (vocal), Netto Mello (guitarra), Pedro Jordan (baixo) e Fred Mika mostraram ao que vieram logo de cara em “White Eclipse”, do mais recente álbum de estúdio, Wing Seven, lançado em 2017. Graças aos riffs grudentos e ao mesmo tempo pesados, e uma bela interpretação vocal.

Era possível ouvir pelos cantos da casa os presentes dizerem frases como “melhor que a primeira banda” ou “banda foda”. E ainda era apenas o começo. “In the Sand” manteve o alto nível. O álbum, “Carved in Time”, de 2013 foi lembrado com a grudenta “Into the City Lights” e a apoteótica “Master of Disaster”, que encerrou com chave de ouro a bela apresentação do quarteto goiano, cujo vocalista lembra demais o saudoso Ray Gillen (ex-Badlands).

O grande momento da noite teve início às 19h50, quando os suecos do Narniaforam se apresentando um a um e sem perder tempo, mandaram a ‘rocker’ “Inner Sanctum” do álbum Desert Land, de 2001. Confesso que embora tenha ido a muitos shows nessa vida, não deixo de me emocionar com a interação de banda e público. Os presentes fazendo a sua parte e os músicos se apresentando divinamente. Em especial o vocalista Christian Liljegren, que corria, pulava e agradecia a todo instante.

E isso era apenas o começo. A épica e pesada “The Mission”, manteve o pique. Porém, “Reaching for the Top”, do mais recente trabalho de estúdio, Narnia de 2016 mostrou que o grupo não vive apenas de seu passado, como ainda produz músicas poderosas e empolgantes. Como os solos de CJ Grimmark, que nos fez (e faz) vir a mente heróis do instrumento, como Michael Schenker (UFO, Scorpions) e Yngwie Malmsteen.

O novo álbum ainda foi representado pela tradicional “I Still Believe” e  “Messengers”, que mostrou uma bem vinda veia hard e que mostra a importância de evoluir sua música sem esquecer de suas origens. Para aqueles que tinham seus vinte e poucos anos quando a banda despontou no cenário mundial, foi emocionante ouvir músicas como “The Awakening” e em especial “Long Live the King”. Esta última o público cantava seu refrão em português (Vida Longa ao Rei), devotando sua fé através da música.

Alegria, empolgação e histeria foram uma constante nesta apresentação. Em “Into His Game” não foi diferente. Feita para os palcos e com um refrão pra lá de convidativo, contou com um final apoteótico, com os fãs gritando o nome do grupo. Infelizmente a clássica “Living Water”, encerrou o show, que trouxe para muitos uma realização, em especial para aqueles que aguardaram com ansiedade pela vinda ao grupo ao país.

A apresentação dos suecos (que contou com as competentes bandas nacionais) foi um sinal de que todos os problemas e incertezas ficaram para trás e que se continuarem nessa vibração, tem tudo para atingir o ápice de sua carreira. Long Live the Narnia!

 

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