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RAGE

Resistência é a palavra chave, principalmente se levarmos em conta que, numa semana de pré-Carnaval por todos os cantos, o headbanger brasileiro continua firme e forte na luta para assistir suas bandas do coração. Como o trio germânico Rage, que nos visitou pela primeira vez há 21 anos e está há mais de três décadas na estrada. O fundador Peter “Peavy” Wagner mantém uma carreira constante de lançamentos e, mesmo com as diversas mudanças de formação, mantém um legado de vinte e três discos e giros pelo globo terrestre. Assim, após shows no Chile e Argentina, desembarcou em terras brasileiras para se apresentar no bem localizado VIC Club (antigo Gillan’s Inn), na República, centro de São Paulo (SP).

Na abertura da casa, às 18h30, foi fácil perceber que a casa não lotaria, porém com um bom número de presentes. Antes dos alemães, o evento teve a abertura da banda chilena Delta, às 19h10. Mesmo com uma linha totalmente diferente, voltada ao prog metal, o quinteto formado por Caroline Nickels (vocal), Benjamin Lechuga (guitarra), Marcos Sanchez (baixo), Andrés Rojas (bateria) e Nicolas Quinteros (teclados) num som que esbanjou competência, um híbrido entre Dream Theater, Satriani e Meshuggah (instrumental) e um vocal limpo e afinadíssimo.

Do curto set de vinte e cinco minutos, os pontos altos dos simpáticos chilenos ficaram por conta das complexas Crashbreaker e Desire Within, além da belíssima Alone. Mesmo com os problemas de som, o quinteto soube passar o recado.

A espera pelo trio não teve demora, tanto que antes das 20h, Peter “Peavy” Wagner (baixo/vocal), Marcos Rodriguez (guitarra/vocal) e Vassilios “Lucky” Maniatipoulos (bateria/vocal) entraram a mil por hora mandando a alto astral Justify, fruto do mais recente álbum, Seasons of the Black, de 2017. Esse som definiu bem a atual vibe do grupo, mais leve, solta, com músicos competentes que não são ficam presos a virtuose, como fora em outros dias.

Após a competente abertura, a banda soltou dois clássicos, Sent by the Devil e From the Cradle to the Grave, esta em especial numa versão mais orgânica, sem perder o clima orquestrado de origem, voltando ao presente com a faixa que nomeia o disco atual  e ao fim da execução agradecem aos presentes pela recepção calorosa.

Era a hora de voltar ao passado com Nevermore, dos tempos de The Missing Link, que foi a primeira fagulha do momento mais explosivo da noite. Quando Peavy pergunta ao público se eles lembravam do álbum End of All Days, de 1996. Com a resposta positiva, mandaram a balada Deep in the Blackest Hole e a faixa que batiza o disco, ambas retribuídas com gritos, berros e lágrimas, em especial deste que escreve a resenha.

Mas ainda tinha tempo para mais. The Price of War e Blackened Karma mantiveram as coisas insandecidas. Até que após a speed Don’t Fear the Winter, foi a deixa para a banda deixar o palco momentaneamente.

Ovacionado, o trio mandou mais uma do End of All Days, Higher Than the Sky. Dona de um refrão marcante, ganhou momentos especiais com a inclusão de trechos das clássicas Heaven and Hell (Black Sabbath) e Holy Diver (Dio), ambas cantadas por Marcos até voltarem a faixa autoral, que foi a saideira desta curta, porém energética apresentação, que teve pouco mais de uma hora.

Tempo que desapontou muitos fãs, que esperavam um set mais longo, o que não tirou o brilho desse show que mostrou uma banda revigorada e cheia de lenha para queimar, resistindo a todas as modas que assolam o mundo da música, a pesada inclusive.

 

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