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SLAYER

E o grande dia havia chegado. Após décadas de espera, o público gaúcho teria a oportunidade de assistir uma das maiores bandas de todos os tempos, um dos pilares do thrash metal, uma das mais brutais e agressivas bandas de toda a história: o rolo compressor chamado SLAYER! Desde o anúncio do show, a euforia entre os fãs foi grande, até mesmo inacreditável, pois há algum tempo já haviam rolado alguns boatos sobre shows do grupo por aqui, mas que nunca se concretizaram. Só que dessa vez, o negócio era sério. Infelizmente, não teríamos a presença do saudoso Jeff Hanneman, um dos maiores compositores do grupo, falecido em 2013. Obviamente que o guitarrista é insubstituível, mas em seu lugar, veríamos ninguém mais, ninguém menos do que o maior guitarrista do thrash metal mundial. Gary Holt (Exodus), não está apenas substituindo Hanneman, mas sim, emprestando toda sua técnica e fúria nas seis cordas à já insana e destruidora música do Slayer. Na bateria, o excepcional Paul Bostaph, que não deixa nada a desejar se compararmos ele ao grande Dave Lombardo. Ou seja. Tinha tudo pra ser um show avassalador. E foi.

Chegando ao Pepsi On Stage, já dava pra perceber que teríamos um grande público, tendo em vista as filas que se formaram na entrada. Mas só que dessa vez, sabendo da presença do tal DJ, resolvi esperar do lado de fora com a presença de grandes amigos até se aproximar o show da banda de abertura agendado para às 21 hs. E praticamente no horário, o Red Fang subiu ao palco para trazer aos gaúchos uma pequena mostra do seu stoner/metal rock. Abrindo com a pesada e rápida “Blood Like Cream”, faixa de Whales and Leeches (2013), o grupo sabia que não tinha uma tarefa fácil. Afinal, a grande maioria, se não sua totalidade, do público ali presente, estava ansioso pelo Slayer. Mas os americanos souberam levar o show de forma correta, até mesmo por que sua música é pesada e tem os ingredientes necessários para agradar aos fãs de uma música mais brutal e violenta.

“Malverde”, faixa de abertura de seu segundo trabalho, Murder The Mountains (2011), trouxe á tona o lado mais “viajante” da música do grupo, mesmo que sem abrir mão do peso. Formada por Brian Gilles (guitarra e vocal), Aaron Beam (baixo/vocal), David Sullivan (guitarra) e John Sherman (bateria), a banda soube mostrar personalidade durante a execução de seu set. Se bem que a banda não é nenhuma novata, estando na ativa desde 2009, tendo lançado quatro álbuns de estúdio.

“Crows in Swine”, presente também no álbum de 2013 foi precedida por um sonoro “Are You Ready to FUCKING SLAYER?” Com a resposta mais que positiva, os riffs por vezes lisérgicos da faixa ganharam uma adição extra de peso ao vivo. “Wires”, uma das faixas mais conhecidas do grupo veio na sequência, enquanto que “Flies”, faixa que abre o mais recente trabalho da banda, Only Ghosts (2016) se mostrou pesada, rápida e perfeita para o mosh, caindo nas graças do público. “Dirty Wizard” manteve o peso em alta e o grupo encerrou sua boa apresentação com “Prehistoric Dog”, faixa que abre seu primeiro álbum, Red Fang (2009). Um show pesado, correto e que serviu de “aperitivo” ara o prato prinipal, que viria logo na sequência.

Então, era chegada a hora. Após o trabalho da equipe para deixar tudo preparado no palco, em pouco mais de 40 minutos que pareceram uma eternidade, era o momento de Porto Alegre conhecer o real significado da brutalidade, agressividade  e violência em um show de metal.

Com um som incidental (Delusions of Saviour), os músicos do Slayer foram entrando no palco e com os dois pés no peito do público detonam “Repentless”, faixa título do mais recente trabalho do grupo, lançado em 2015. Não é preciso dizer que a insanidade tomou conta do Pepsi On Stage de forma nunca antes vista. Incrível a capacidade de soar violento que o Slayer possui. Tom Araya, do alto de seus 55 anos continua com a mesma voz crua e cheia de raiva. Kerry King, com seus solos e riffs mortais, é a personificação do que é o Slayer, enquanto o mestre Gary Holt, injeta doses generosas de técnica e feeling “thrash” como poucos conseguiriam fazer. Já Bostaph…

Como dito anteriormente, não nos deixa em nenhum momento sentir saudades de Lombardo. “The Antichrist”, antológica faixa de Show No Mercy, veio pra mostrar que em matéria de agressividade, o grupo já reinava absoluto em 1983. E que hoje em dia, a música consegue soar ainda mais brutal. Em seguida, um dos refrãos mais repetidos nos últimos tempos em uma música do grupo era entoado pela multidão. “Disciple” veio com força e fez todos cerrarem seus punhos durante o verso “GOD HATES US ALL”, em um sinal convicto disso. Reign in Blood se fez presente pela primeira fez na fantástica “Postmorten”, com seus riffs e andamento mais cadenciado, perfeito para aquele “bate cabeça”, que logo em seguida se transforma em uma máquina veloz e insana…

“Hate Worlwide”, faixa de World Painted Blood (2009), álbum que merecia uma melhor produção, veio para apresentar a fase “mais recente” do grupo e precedeu um dos maiores clássicos do quarteto assassino: “War Ensemble”. Desnecessário dizer aqui o que aconteceu, não é mesmo? Rodas e rodas de pura violência e brutalidade se abriram, numa perfeita sintonia com a rispidez e agressividade proporcionadas pela banda em cima do palco. Repentless voltou á tona com “When The Stillness Comes” e foi mais uma aula de carnificina. Com um andamento mais lento, mas nem por isso, menos pesado, a faixa mostrou o entrosamento perfeito da dupla King/Holt, que se manteve com a porrada “You Against You”, também presente no mais recente álbum. A máquina do tempo nos trouxe “Die By The Sword” e toda sua capacidade de soar destruidora e hostil, assim como “Chemical Warfare”. Mas logo deram lugar a loucura e “morbidez” de um dos clássicos presentes em Seasons in the Abyss (1990). “Dead Skin Mask”  e sua insanidade em forma de música fizeram todos mostrar o quanto estavam impressionados ao ver e ouvir ao vivo uma das melhores faixas do citado álbum.

“Captor of Sin” ecoou pelos PA’s e novamente nos fé viajar pra uma época onde não bastava soar rápido para ser agressivo. Tinha que ser mortal, como o Slayer era. E, é preciso dizer, continua sendo! Em seguida, era chegada  a hora de um dos mais importantes álbuns da história mostrar sua importância e isso se fez com “Mandatory Suicide” presente no essencial South of Heaven (1988). Indescritível a sensação de presenciar a execução dessa música ao vivo. Se no álbum a faixa já soa mortal, ao vivo ela ganha ares ainda mais destruidores, principalmente nas guitarras, Gary Holt mais uma vez se mostrou uma escolha mais do que acertada, parecendo até que sempre tocou na banda, tamanha sua intimidade e entrosamento com o grupo. E, ao menos para mm, uma das gratas surpresas foi a execução de “Fight Till Death”, mais uma de Show No Mercy, provando o quão difícil deve ser elaborar um set com apenas 20 músicas. Sem muita conversa era o momento demais um clássico (e qual momento não foi?). “Seasons in the Abyss” fez com que todos gritassem (cantar não seria a palavra mais correta), seu refrão de forma mais do que alucinada. E o mais interessante de tudo é que não havia quase tempo para respirar pois logo em seguida tivemos “Hell Awaits”.

 O show já estava se encaminhando para seu final. E começaram a soar os acordes iniciais de “South of Heaven”. Aí meu amigo… Não tem muito o que dizer. Uma das melhores músicas do grupo, executada de forma tão brutal e agressiva que parece ter sido executada lá das profundezas do nadar de baixo. Essa faixa possui uma atmosfera macabra e intensa, e teve uma participação mais uma vez, forte do público. “Raining Blood” colocou literalmente a casa abaixo, pois o que se viu foram rodas e mais rodas de brutalidade extrema. Algo que só o SLAYER sabe e pode fazer. “Black Magic” manteve a magia negra em alta e o final mais do que matador com “Angel of Death” deram o encerramento mais que perfeito para uma apresentação, com o perdão da redundância, mais que perfeita.

Não há muitas palavras para descrever o que foi o show do SLAYER. Destruidor. Insano. Matador. Misture todos esses termos e teremos algo próximo do que se viu em Porto Alegre na noite do dia 11 de maio de 2017. Demorou muito para que nós pudéssemos assistir a banda mais brutal e violenta na capital dos gaúchos. Mas o grupo soube compensar todo esse tempo com o melhor show já realizado por uma banda de heav metal por aqui. Duvida? É por que, infelizmente, você não estava lá….

Setlist – Red Fang:
Blood Like Creamy
Malverde
Crows in Swine
Wires
Flies
Dirt Wizard
Prehistoric Dog

Setlist – Slayer:
Repentless
The Antichrist
Disciple
Postmortem
Hate Worldwide
War Ensemble
When The Stillness Comes
You Against You
Die By The Sword
Chemical Warfare
Dead Skin Mask
Captor of Sin
Mandatory Suicide
Fight Till Death
Seasons In The Abyss
Hell Awaits
South of Heaven
Raining Blood
Black Magic
Angel of Death

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