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SOULFLY

A chuva que não parava de cair no Centro-Oeste finalmente deu uma trégua para a realização de algo que muitos goianos jamais pensavam ver de perto: Max Cavalera, um dos criadores do Sepultura e um dos grandes nomes que o Brasil já exportou para mundo, finalmente resolveu nos brindar com sua presença. Para comemorar com seus fãs tupiniquins os 15 anos de sua cria e promover o mais recente álbum, “Enslaved”, o Soulfly iniciou a série de shows pelo Brasil em Goiânia – a miniturnê ainda teve datas em São Paulo e Rio de Janeiro.

O dia começou agitado para Max e a imprensa pois, assim que chegou na capital goiana, soubemos que ele estava com um problema de saúde. Durante a passagem pela Austrália, o guitarrista e vocalista foi diagnosticado com ‘Paralisia de Bell’, uma anomalia do nervo facial de causa desconhecida que pode durar semanas ou meses.

No dia do evento, Max promoveu uma coletiva de imprensa no hotel em que estava hospedado. Com ótimo bom humor e imensa paciência, deu uma aula de humildade e carinho aos seus fãs. Afinal, quase todos os profissionais carregavam algum suvenir que tinha a ver com a carreira de Max, ou seja, a maioria eram fãs do artista.

Nesta coletiva, o músico falou do livro que está por vir e que contará toda sua vida. Intitulado “A Boy From Brazil”, a obra vem sendo escrita pelo britânico Joel Mclver, com prefácio assinado por seu amigo David Grohl (Foo Fighters). Além disso, Max falou sobre o Cavalera Conspiracy, sobre o novo álbum do Soulfly (“Enslaved”) e, claro, da tão sonhada reunião com o Sepultura. Ele atendeu a todos sem estrelismo algum e ainda autografou e tirou fotos com os presentes.

O show

Tendo a abertura aproximadamente às 19h, o evento se iniciou com a banda paulista Claustrofobia. Tendo dezoito anos nas costas, estes caras são absurdamente selvagens e realizaram uma performance perfeita. Pena que a casa ainda estava vazia, pois o trânsito aqui não tem nos ajudado tanto. Em cima do palco, o Claustrofobia é puro sangue na veia e nos olhos, toda a fúria de sua música é incrivelmente sentida por cada um dos espectadores. A casa ofereceu um ótimo jogo de luz e uma excelente qualidade de som.

Apresentando músicas de seu último pertado, “Peste” – que é literalmente uma porrada bem dada na cara –, Marcus D’Angelo (vocal e guitarra), Alexandre de Orio (guitarra), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D’Angelo (bateria) fizeram bonito em músicas como “Metal Malóka”, “Pinu da Granada”, “Bastardos do Brasil”, “Paga Pau” e “Thrasher”. Durante o set deu para ver na cara dos irmãos D’Angelo a satisfação de abrir para o maior ídolo deles: Max Cavalera.

À medida que as horas iam avançando, o ambiente ia enchendo vagarosamente. Após o Claustrofobia, tivemos uma “prata da casa” com o show dos goianos do Kamura. Com ótima pegada, Ikaro Stafford (vocal, ex-Ankla e Punch), Fredox Carvalho (guitarra), Marlos Hiroshi Miagi (baixo) e Pedro Hiccup (bateria) fizeram uma ótima apresentação de aquecimento, colocando todos para agitar com seu Metal e Hardcore, em músicas como “Zero Tolerance”, “Politics Of Third World”, “Get Out Of My Sight!!!”, “Killing Fears”, “Lost And Found” e “Burning Brides”.

Após um longo intervalo, finalmente as luzes se apagaram e os sons de batuques tribais ecoaram pelo ambiente. A ‘intro’ foi o prenúncio para “Rise Of The Fallen”, de “Omen” (2010), e a partir daí estava tudo pronto para finalmente testemunharmos o caos. No palco, além de Max e seu filho Zyon (bateria), estavam Marc Rizzo (guitarra) e Tony Campos (baixo, ex-Static-X), uma banda coesa e totalmente em sintonia. Zyon, que hoje está com 18 anos, demonstrou personalidade, garra e muita destreza no instrumento, mostrando que Max acertou bem em encaixá-lo no posto.

O show continuou com “Prophecy”, do álbum homônimo lançado em 2004, uma porrada na orelha. O palco relativamente montado de forma simples era realçado por uma bandeira do Brasil nos amplificadores de Max. A fantástica Iluminação de palco esteve em perfeita sincronia com as músicas.

Com um som claro e muito poderoso, o set passou passeou toda a carreira de Max e foi exatamente nas pérolas de sua antiga banda, Sepultura, que os fãs realmente enlouqueceram. Músicas imortais que hoje já se tornaram hinos, como “Refuse/Resist”, “Territory” e magistrais versões para “Inner Self”, “Arise/Dead Embryonic Cells”, “Troops Of Doom”, “Roots Bloody Roots” e “Attitude”.

Do novo disco a surpresa veio com a jam em família para a música “Revengence”, de “Enslaved” (2012), em que os filhos de Max, Richie e Igor, se uniram para uma celebração histórica, tendo a mamãe Glória tirando empolgadamente fotos e mais fotos no canto do palco. Richie, que atua na banda Incite e realizou turnês abrindo para o Soulfly, se mostrou um frontman absurdamente brutal, com voz de impactante potência. Seguro com um carisma impressionante, mostrou que seguirá os mesmos passos do seu enteado.

Para fechar a noite, o Soulfly derrubou tudo com o clássico do primeiro álbum, “Eye For And Eye”, e deixou todos com terríveis dores de pescoço e largos sorrisos estampados na cara. Uma noite memorável, num local perfeito com um público exemplar, totalmente sedento por mais apresentações deste porte. Que venham outras como esta!

Set list – Soufly:
‘Intro’
Rise Of The Fallen
Prophecy
Primitive
Downstroy
Seek N Strike
No Hope = No Fear
Babylon
Refuse/Resist
Territory
Inner Self
Tribe
Living Sacrifice
Bring It
I And I
Arise/Dead Embryonic Cells
Troops Of Doom
No
Roots Bloody Roots
Attitude
Revengence (‘family jam’)
Jumpdafuckup/Eye For An Eye

OBS.: A resenha do show de SÃO PAULO, realizado no dia 25/02, constará na seção “Live Evil” da revista ROADIE CREW de abril (edição #159).
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