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THE SISTERS OF MERCY

Uma passagem meteórica no longínquo ano de 1990, na saudosa casa Projeto SP, em São Paulo. Essa havia sido a única apresentação do grupo inglês The Sisters Of Mercy em terras brasílis até o fatídico retorno 16 anos depois, em 2006. À época, o show do grupo no Via Funchal foi praticamente ‘sold-out’. Havia músicos famosos de diversos gêneros na plateia, assim como o pessoal dark, fãs de Metal, adultos com mais de 40 anos e adolescentes de 15 anos de idade. A fila para entrar na casa dava voltas no quarteirão. E o que se viu foi muita fumaça e jogo de luzes, músicas novas, poucos clássicos (nenhuma do álbum First And Last And Always, de 1985, por exemplo) e novos arranjos para as músicas mais conhecidas. Houve quem amou e quem detestou.

O sucesso de sua segunda passagem pelo Brasil, no entanto, animou os produtores, que trouxeram o quarteto inglês novamente em 2009 para outra apresentação no mesmo Via Funchal. Desta vez, ainda com muito jogo de luz, mas menos fumaça e mais clássicos. A casa ficou novamente lotada, mas menos do que em 2006. Com mais uma passagem bem sucedida, eis que um dos principais nomes da música dark dos anos 1980 regressa para mais uma apresentação em São Paulo e outros Estados.

O show ocorreu, mais uma vez, no Via Funchal, casa que figura tranquilamente entre as melhores de São Paulo. Nas duas últimas passagens do grupo por aqui, o som sempre esteve cristalino. Daí a surpresa quando Andrew Eldritch e companhia iniciaram a apresentação com casa cheia, mas menos público que nas vezes anteriores. Ao começarem os primeiros momentos de Kiss The Carpet, levando todos ao delírio, percebia-se que o som estava mal equalizado. Guitarras muito altas e estridentes, bateria abafada e a voz praticamente inaudível.

Como normalmente ocorre, as músicas eram emendadas quase sem intervalo. Na sequência, uma trinca com Ribbons e um medley de Dr. Jeep e Detonation Boulevard, todas do álbum Vision Thing, de 1990, o último da banda. E, infelizmente, o problema de equalização persistia. A voz de Eldritch só aparecia de fato nas partes mais altas e as guitarras abafando o baixo e bateria programadas.

Quando iniciaram a excelente Crash And Burn, percebi que o problema do som permaneceria durante toda a apresentação. A maioria dos presentes, entretanto, não estava se importando muito. Chegaram até a cogitar que a idade já estaria pesando para o vocalista ou que o problema seria da casa. Mas quem assistiu às apresentações anteriores do grupo no mesmo local sabia que o erro foi simplesmente de má equalização. Uma pena.

O público, entretanto, queria mais e as vozes cantando alguns clássicos em uníssono supriram a ausência de volume no microfone de Eldritch. Foi exatamente assim em Alice, uma das mais apreciadas.

Sem se dirigir uma única vez ao público, mas interagindo bastante com suas danças “robóticas” e chamando a plateia para cantar, o vocalista não perdia tempo. De fato, hoje o show do grupo possui ares “punk”. Os novos arranjos dos antigos clássicos, com muito mais guitarras distorcidas, seguem o mesmo padrão das novas, como a de Arms, que veio na sequência. Além disso, praticamente todas as músicas antigas foram “editadas”, ficaram com tempo menor e não há quase intervalos entre cada uma. Com isso, o show fica com um aspecto de “unidade”, como se todas as músicas fossem do mesmo disco. Há aqueles que ainda não se acostumaram com a “descaracterização” de alguns clássicos, mas a maioria já se acostumou e cantou a plenos pulmões músicas como Dominion/Mother Russia, que veio na sequência e foi uma das mais celebradas.

Sem perder tempo, o grupo mandou em seguida a “nova” SummerOn The Wire, lado B do single Walk Away, e o cover de Gift That Shines, do grupo Red Lorry Yellow Lorry. Veio então o melhor momento da noite, com dois clássicos seguidos, First And Last And Always This Corrosion, cantadas em coro pelos presentes.

O clima deu uma esfriada com a instrumental Pipeline, que parecia ter sido inserida mais para que Eldritch pudesse fumar seus cigarros escondido no canto do palco (o curioso foi ter escutado muitos comentários de pessoas reclamando da “ausência” de cigarros entre os dedos do vocalista, uma cena, de fato, bem emblemática em shows da banda). Antes do primeiro bis, mais dois clássicos que levantaram a casa: More Flood II.

O grupo sai do palco e retorna rapidinho para executar a balada Something Fast, do álbum Vision Thing, e a obrigatória Lucretia My Reflection. Mais uma saída de palco e o fim derradeiro com uma trinca de tirar o fôlego: Rain From Heaven, do projeto SisterhoodTemple Of Love e Vision Thing.

Caso tivesse uma equalização melhor, poderíamos afirmar que este show teria sido o melhor da banda em São Paulo desde 2006. Não foi. Agora é torcer por outra volta do grupo (de preferência com outro profissional para cuidar da mesa de som).

 

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