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VINNY APPICE

Nos últimos anos, o norte-americano nascido Vincent Paul Appice, conhecido mundialmente como Vinny Appice, vem se habituando ao Brasil. Em 2013, veio com o Big Noize e no ano seguinte integrou o elenco do Metal All Stars – ambos projetos voltados aos clássicos do Metal mundial relacionados aos músicos envolvidos. Desta vez, o músico passou por várias cidades brasileiras com seu ‘workshow’ e os fãs tiveram a oportunidade não só de falar com seu ídolo, mas também de assisti-lo tocando ao vivo em performances mais intimistas, que lhes proporcionaram conferir de perto o seu estilo como baterista.

Vinny já realizou workshops pelo mundo todo, escreveu o livro instrucional “Rock Steady” e lançou o DVD “Hard Rock Drumming Techniques”. Afortunado, aos 16 anos tocou e gravou com ninguém menos do que o saudoso ex-Beatle John Lennon. A partir de então, sua carreira deslanchou e o músico passou a integrar bandas como WWIII, Axis, Rick Derringer e, mais recentemente, o Kill Devil Hill. Mas foi ao lado do inigualável Ronnie James Dio e do Black Sabbath (incluindo a fase em que a banda passou a se chamar Heaven & Hell), que Vinny deixou o seu legado marcado para sempre na história do Heavy Metal, tendo gravado verdadeiros hinos e discos influentes.

Para o show de São Paulo, o local escolhido foi o Gillan’s Inn English Rock Bar e como a noite seria dedicada, principalmente aos bateristas, o aquecimento foi feito com dois grandes nomes brasileiros do instrumento, Amilcar Christófaro e Dino Verdade. Ambos são professores do Instituto de Bateria Bateras Beat e gravaram o DVD “Mundo Double Bass”, com o intuito de ensinar métodos exclusivos de dois bumbos e técnicas para os pés. Nesse ‘opening act’ para Appice, os dois aproveitaram para fazer o lançamento do DVD e, contando com um bom número de pessoas presentes, subiram ao palco com suas baterias dispostas nas laterais, enquanto que, ao fundo, a da estrela da noite “repousava” para logo ser espancada.

Os dois se revezavam, sendo que Amilcar representou a parte Metal, executando milimetricamente com o auxílio de um sampler as músicas “Hellbound”, “Twilight For All Mankind”, “Storms” e “Spirit Never Dies”, todas de sua banda, o Torture Squad. Já Dino mostrou um set com ritmos variados, através das músicas “Wave Form” (Billy Cobham), “Isabela” (Jorge Marciano), “Panadeiro” (Joab Augusto), e também uma composição de sua autoria e de Alexandre Fabbri chamada “Space Track”. Ambos foram ao microfone e falaram sobre o material que estava sendo lançado e na sequência um trecho do DVD foi apresentado no telão. Amílcar e Dino voltaram aos seus postos e encerraram revezando com solos. Não é preciso dizer que deixaram muita gente de boca aberta, já que o talento dos dois é indiscutível. Enquanto rolava o sorteio de alguns brindes relacionados a um dos patrocinadores do evento, Vinny Appice chegou à casa e passou pela pista em meio as mesas, sendo ovacionado por todos, acenando e mostrando sua simpatia.

Passados 10 minutos após a meia-noite, a linha de frente da banda Evil Eyes – que presta tributo a Ronnie James Dio – se posicionou no palco com João Luiz (vocal, ex-King Bird), Silvio Lopes (guitarra, King Bird) e César Manolio (baixo). Foi aí que, enfim, surgiu atrás do kit de bateria o lendário Vinny Appice, que, antes de qualquer coisa, elogiou os três músicos que estavam lhe acompanhando e também os seus ‘endorsers’ e então puxou a clássica “Stand Up And Shout”, deixando todos em polvorosa. Antes de soltar a voz, João Luiz solicitou a todos que ignorassem as mesas e ficassem em pé na pista, sendo prontamente atendido, afinal, era “noite de Rock and Roll”! Sem pausa, a banda mandou mais dois clássicos absolutos do Dio, “Holy Diver” e “Children Of The Sea”. Que trinca! A qualidade de som estava muito boa e os tambores da bateria de Appice agradavelmente graves, como ele sempre gostou de usar. Para a satisfação de todos, foi a vez do Black Sabbath ser revisitado, começando por “I” do álbum “Dehumanizer” (1992).

Após esse início épico, Vinny abriu espaço para que os fãs lhe fizessem perguntas e dentre tantas, ao ser questionado do porquê de tocar com a extremidade inversa da baqueta ele respondeu sarcasticamente: “Essa ponta (convencional) é para as mulheres!” – e demonstrou fazendo uma levada sutil. “Agora, a forma invertida é para os garotos!” – fazendo outra demonstração, dessa vez, descendo a mão, arrancando gargalhadas. O músico também divertiu a todos quando falou da diferença de tocar “War Pigs” do Black Sabbath com Ronnie e com Ozzy Osbourne. Em relação ao primeiro, ele se sentia confortável já que o vocal entrava no momento correto. Porém, com Ozzy, a coisa era sofrida, pois se cansava tendo que segurar a famosa marcação do chimbal, e ao invés de Ozzy cantar logo, enrolava falando com o público. Ao comentar sobre o álbum “Dehumanizer” (1992) do Black Sabbath, Appice aguçou os fãs tocando a famosa introdução de bateria de “Computer God”, música que abre o disco.

Os integrantes do Evil Eyes retornaram ao palco e deram sequência com mais alguns clássicos “sabbathicos”: “Mob Rules” e “Heaven And Hell”. Todas as músicas do set eram cantadas em uníssono pelo público, que ainda foi nocauteado com a rápida “We Rock”, do histórico “The Last In Line” (1984) da banda Dio. Novamente a banda se retirou do palco para que Appice brilhasse em seu solo. É interessante ressaltar que, apesar de ter um estilo meio “câmera lenta” de tocar, Appice bate pesado e preciso, com a astúcia que só um músico experiente tem para improvisar sem que perca o ‘timing’ quando alguma virada diferente é adaptada nas músicas.

Vinny reconvocou a banda a voltar para o palco para que tocassem “The Last In Line” e, atendendo a pedidos e mostrando muita vontade de permanecer no palco – apesar do aparente cansaço devido aos shows e viagens anteriores -, se despediu do público paulistano com o hino “Rainbow In The Dark”. Vale ressaltar a qualidade dos músicos que lhe acompanharam, principalmente João Luiz, que tem a voz e os trejeitos similares ao de Ronnie James Dio. O público ainda conferiu o show do Evil Eyes, dessa vez com seu baterista Amílcar Christófaro, para outro set em memória de Ronnie.

Dias antes do show, Vinny Appice atendeu à equipe da ROADIE CREW e revelou que em breve lançará pela Frontiers o ‘debut’ de sua nova banda, The Last In Line, que conta com os mesmos integrantes que gravaram o clássico álbum de mesmo nome, ou seja, Vivian Campbell (guitarra), Jimmy Bain (baixo) e Claude Schnell (teclado), e mais o vocalista Andrew Freeman. Além disso, nos contou algumas histórias curiosas como a influência que absorveu de seu irmão Carmine Appice: “Apesar de ser onze anos mais velho do que eu, ele me apoiou. No início, eu sentava na bateria dele e tocava de qualquer jeito e ele não gostava, mas depois, ele foi me ensinando e também passamos a praticar, a sair e a nos divertir juntos.”

Sobre as gravações de “Dehumanizer”, Vinny relembrou: “A banda iniciou a pré-produção do álbum tendo o saudoso Cozy Powell na bateria, mas viram que não estava rolando legal e me ligaram. Lembro-me da gente ficar super a vontade, só de cuecas, bebendo e compondo o disco em um lugar modesto, utilizando pequenos amplificadores. Inclusive, o Ronnie cantava com o microfone plugado em um amplificadorzinho de guitarra. Quem nos via, não conseguia acreditar que o “poderoso” Black Sabbath estava compondo nessas condições’.

VINNY APPICE – SETLIST:
Stand Up And Shout
Holy Diver
Children Of The Sea
I
Mob Rules
Heaven And Hell
We Rock
–         Solo de bateria
The Last In Line
Rainbow In The Dark

 

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