Uma longa espera de sete anos, entremeada por um DVD ao vivo e um inusitado disco de covers – 10 Anos Ao Vivo e Listen To The Doctors, respectivamente. Mas, enfim, o Dr. Sin volta com pilhas recarregadas e a criatividade renovada…
Edição #106
R$29,00
Em estoque
Categoria: Revistas
Tags: ALEX HARVEY, BATHORY, Black Sabbath, BLIND EAR, DEW SCENTED, Dimmu Borgir, DONNINGTON MONSTERS OF ROCK, Dr. Sin, Eric Martin, EXECUTER, Hammerfall, HEAVEN & HELL, IN STRICT CONFIDENCE, Lacrimosa, LYNYRD SKYNYRD, Machine Head, MAMMOTH, MARDUK, Masterplan, Overkill, POSEIDON, QUATRO ANOS NO AR, QUESTIONS, RICHIE KOTZEN, SAN METAL, Sepultura, SHAMAN, Sonic Syndicate, Steve Vai, TAKING OVER, Tempestt, The Cult, THERION
DR. SIN
Por Maurício Dehò Uma longa espera de sete anos, entremeada por um DVD ao vivo e um inusitado disco de covers – 10 Anos Ao Vivo e Listen To The Doctors, respectivamente. Mas, enfim, o Dr. Sin volta com pilhas recarregadas e a criatividade renovada. Aliás, eles deixaram a modéstia de lado e resolveram intitular o quinto álbum de estúdio simplesmente de Bravo: Eu falaria bravo para este CD, dispara o Ivan Busic (baterista e vocalista). E não está errado, o disco apresenta um som mais trabalhado do que nunca, baseado nas batidas certeiras de Ivan, nos riffs e solos sempre diferenciados de Edu Ardanuy (guitarrista) e com Andria Busic (vocalista e baixista) mostrando versatilidade no vocal. A diversidade é total já que as faixas variam muito de sonoridade, do Progressivo ao Hard Rock, passando por influências como o Jazz. Conversamos com o trio que explicou o álbum, falou da realidade da música brasileira – comparada aos tempos dos festivais, que viveram intensamente nos anos 90 – e das saídas para isso. Além disso, contaram dos próximos projetos, inclusive com Michael Vescera, e prometeram um disco por ano. Ou mais, disse Ivan. Promessa é divida, hein?!
DEW-SCENTED
Por Ricardo Campos Completando quinze anos de carreira, os alemães do Dew-Scented têm em seu currículo sete respeitáveis álbuns de estúdio, já contando com o novo Incinerate, que mostra um Thrash Metal veloz, agressivo e bombástico, com uma banda afiadíssima e ainda com o excepcional trabalho do produtor Andy Sneap na mixagem e masterização. Atualmente o vocalista Leif Jensen, ao lado de Hendrik Bache (guitarra), Florian Mueller (guitarra), Alexander Pahl (baixo) e o estreante Andreas Andi Jechow (bateria), vivem um ótimo momento com os reflexos deste novo trabalho que promete deixar o nome Dew-Scented ainda mais respeitado ao redor do mundo.
DIMMU BORGIR
Por Thiago Sarkis Quebrar é a palavra de ordem no Dimmu Borgir; sejam barreiras musicais como fizeram ao saírem de uma vertente extrema mais crua e partirem para um estilo sofisticado, incluindo trabalhos com orquestra como Puritanical Euphoric Misanthropia (2001) e Death Cult Armageddon (2004); ou levando o Black Metal aos maiores palcos do mundo, e ao topo das paradas de sucesso. Muito daquilo que parecia esquisito, incabível, e inimaginável para os demais, tornou-se realidade por meio da forma única de música encontrada por estes noruegueses. Foi exatamente sobre todos estes recordes e, logicamente, o mais recente álbum, In Sorte Diaboli (2007), que falamos com o simpático Silenoz, guitarrista e membro fundador do grupo.
EXECUTER
Por Carlo Antico A cena nacional de Thrash Metal foi sempre incrivelmente pródiga em revelar bandas. Korzus, Sepultura, MX, Attomica, Taurus, Chakal, Overdose, Avalon e muitas outras sempre mostraram a qualidade tupiniquim em tocar o estilo consagrado por Metallica, Slayer, Exodus, etc. Entre elas está o Executer, de Amparo, interior de São Paulo, que está na ativa desde 1987 e fez sua estréia com o LP Rotten Authorities, lançado pelo selo Heavy Metal Maniac em 1991. O debut tornou-se clássico do Thrash nacional, ao lado de outros discos históricos lançados naquele ano, como Mass Illusion (Korzus) e Arise (Sepultura). Entretanto, a saída do baterista Béba fez com que o Executer encerrasse as atividades, retornando dez anos depois com o lançamento de seu segundo álbum, Psychotic Mind. Batemos um papo com o baixista e vocalista Juca para saber mais sobre o atual momento da banda e do mais recente CD, Welcome To Your Hell.
HEAVEN & HELL
Por Justin Donnelly (Colaborou Guilherme Spiazz) Quando ninguém esperava, o vocalista Ronnie James Dio anunciou que voltaria a se reunir na Inglaterra com o guitarrista Tony Iommi. A intenção inicial era compor algumas músicas inéditas, visando o lançamento da coletânea Black Sabbath – The Dio Years. A simples declaração de Dio acabou causando grande alvoroço entre os fãs do Black Sabbath, especialmente aqueles que consideram a fase Dio – Heaven And Hell (1980), Mob Rules (1981), Live Evil (ao vivo, 1982) e Dehumanizer (1992) – mágica e irretocável. Entretanto, o projeto acabou tomando grandes proporções e, antes mesmo do lançamento de The Dio Years no início do mês de abril, Dio, Iommi, Geezer Butler (baixo), Vinny Appice (bateria) e Scott Warren (teclado) começaram uma extensa turnê mundial e gravaram o show realizado no dia 30 de março em Nova York (EUA), que deu origem ao recente lançamento em CD e DVD, Heaven & Hell: Live At Radio City Music Hall, o primeiro título sob o nome com o qual atuam: Heaven & Hell. Na entrevista a seguir, Ronnie James Dio fala sobre o grande momento vivido ao lado de seus velhos companheiros e esclarece o porquê de o Black Sabbath não ser mais chamado de Black Sabbath.
IN STRICT CONFIDENCE
Por Ricardo Campos Criada em 1989 pelo vocalista Dennis Ostermann e o tecladista Jörg Schelte, esta banda alemã se desenvolveu ao longo dos anos e criou uma sonoridade bem difícil de ser caracterizada, flertando freqüentemente com o Gothic, EBM, New Age e Industrial. Dennis e Jörg, ao lado de Steve (bateria) e Antje Schulz (vocal) condensaram tudo isso muito bem no mais recente, Exile Paradise (2006), que além de música criativa traz uma temática profunda e poética ao longo das letras, algumas em alemão e a maioria em inglês. Dennis nos conta sobre pontos marcantes da trajetória da banda e o atual momento vivido.
MACHINE HEAD
Por Thiago Sarkis Se Burn My Eyes (1994) colocou o Machine Head no mapa do Heavy Metal, The Blackening (2007) veio cravar o nome da banda na história do estilo. Simples assim. Ovacionado mundialmente, o álbum tem lá seus detratores, influenciados, especialmente, por uma recusa aos elogios abundantes em relação ao disco. Reação dentro do normal, e que se observou no lançamento de grandes clássicos de grupos como Metallica, Iron Maiden, Black Sabbath, Led Zeppelin, Van Halen. Nada que o tempo não coloque nos eixos. Falando ao Brasil, Robb Flynn, vocalista, guitarrista, e líder desta máquina, comenta desde os entreveros com a Disney até as suas influências e a concepção desta verdadeira obra-prima.
MARDUK
Por Thiago Sarkis Rom 5:12, décimo álbum de estúdio dos suecos do Marduk, chega certamente para disputar um posto entre os grandes lançamentos do grupo. Um som mais moderno e definido, com algumas novidades aqui e ali, mas que mantém a agressividade e as tradições da banda. No mínimo, um forte concorrente a constar entre os melhores do Black Metal de 2007. Isso após um período de dificuldades tanto internas quanto externas que envolveram desde mudanças na formação a questões financeiras e cancelamentos de shows. De ânimo revitalizado depois de superar estes obstáculos, Morgan Steinmeyer Håkansson, guitarrista, líder, e único membro remanescente da formação original, contou-nos sobre este período, e comentou detalhadamente o novo disco, um trabalho dedicado, quase que por inteiro, a contestar crenças, e falar de pecados e morte.
MASTERPLAN
Por Ricardo Campos Quando Roland Grapow (guitarra) e Uli Kusch (bateria), ex-integrantes do Helloween, anunciaram a formação do Masterplan houve um grande estardalhaço, ainda mais pelo fato de contarem com o experiente Jørn Lande como vocalista. Conseguiram superar a alta expectativa no primeiro trabalho, Masterplan (2003), mas deixaram que a coisa se perdesse um pouco no seguinte, Aeronautics (2005). É um álbum legal, bem feito, mas não trazia a mesma magia e espontaneidade do primeiro. Foi então que veio a bomba, ou melhor, as bombas: primeiro a saída de Jørn e, meses depois, Uli. Mas o Masterplan se manteve firme, com Roland, Axel Mackenrott (teclado) e Jan S. Eckert (baixo), dando as boas vindas a Mike Dimeo (vocal) e Mike Terrana (bateria), ambos conhecidos por integrar bandas de renome. Daí nasceu o terceiro álbum MKII. Lançado no início deste ano, este material mostrou a banda revigorada e subindo mais um degrau rumo à mesma magia encontrada no começo. Pois bem, agora se preparam para a gravação de mais um álbum. Conseguirão fazer com que o Masterplan volte a surpreender o mundo? Roland nos dá uma pista.
POSEIDON
Por Ricardo Batalha A conturbada trajetória e os constantes problemas na formação não foram capazes de desanimar a dedicação e a paixão com que a banda paulista Poseidon, formada atualmente por Marco Alexandre Xavier (vocal e guitarra), Bilão (baixo) e Marcelo Soto (bateria), demonstra pelo Heavy Metal. O grupo, que sempre demonstrou garra e força de vontade para passar por cima das adversidades, segue divulgando seu segundo álbum, How Much A Life?, que só saiu oito anos após o disco de estréia, Energy (1998). O batalhador Bilão nos conta mais sobre este perseverante grupo.
QUESTIONS
Por Carlo Antico Com o lançamento de Fight For What You Believe, o Questions se estabelece como a melhor banda de Crossover do Brasil e, muito provavelmente, um dos maiores exemplos puros do estilo no mundo inteiro. O som do Questions não é o que se convencionou chamar de Metalcore, desde o final da década de 1990 para cá. É Crossover mesmo, no estilo do Hatebreed e D.R.I., para citar apenas dois exemplos. Foi para falar disso e da turnê européia que batemos um papo com o guitarrista e vocalista Pablo Menna (segundo da direita para a esquerda na foto), que atua ao lado de Marcelo Papa (baixo), Edu Andrade (vocal) e Eduardo Akira (bateria).
SEPULTURA
Por Thiago Sarkis As declarações incisivas e constantes de Max Cavalera (Soulfly) quanto a uma possível reunião do Sepultura geraram enorme alvoroço entre os fãs. Esta inquietação resultou em inúmeros comentários, discussões, e em grandes expectativas no Brasil e no mundo quanto à volta da formação clássica. Depois de sabermos o que ele tinha a dizer e como via todas essas questões acerca de seu ex-grupo, pensávamos ser essencial ouvir o que o outro lado deste aparente imbróglio teria a falar. Desta forma, buscando também detalhes sobre a atual turnê, o álbum Dante XXI (2006) e os próximos passos do Sepultura, procuramos o guitarrista Andreas Kisser para uma conversa franca; diretos ao ponto em jogo aberto de ambos os lados. Ele nos recebeu gentilmente, e tratou de colocar os pingos nos is de passado, presente e futuro da banda de maior expressão da história do Metal nacional.
SONIC SYNDICATE
Por Ricardo Campos O Sonic Syndicate conseguiu realizar o sonho de qualquer banda iniciante ao conseguir um contrato com uma grande gravadora, a Nuclear Blast. Apesar de não ser tão iniciante assim, com um álbum de estúdio e outros lançamentos menores no currículo, foi com o novo trabalho, Only Inhuman, que a banda conseguiu colocar o seu nome no mapa do Metal. E o crédito disso não reside apenas nas ferramentas promocionais, pois Karin Axelsson (baixo), Roger Sjunnesson (guitarra), Richard Sjunnesson (vocal), John Bengtsson (bateria), Roland Johansson (vocal) e Robin Sjunnesson (guitarras) – foto, conseguiram uma sonoridade bem singular ao dar uma roupagem mais acessível para o chamado Melodic Death Metal, ou Gothenburg Sound. Pois bem, conheça melhor o Sonic Syndicate nas palavras de Richard.
STEVE VAI
Por Thiago Sarkis A trajetória musical de Steven Siro Vai, ou Steve Vai, como ficou conhecido, foi marcada por momentos de grande inspiração, parceria com músicos absolutamente geniais, projetos inesperados, e desafios incessantes. Encarou o público de Frank Zappa aos dezenove anos de idade; cerca de meia década depois, substituía ninguém menos que Yngwie J. Malmsteen no Alcatrazz; pouco após entrava na banda de David Lee Roth, à época ex-vocalista de um grupo que havia mudado a história de Hard Rock e Heavy Metal por meio das seis cordas de um revolucionário chamado Eddie Van Halen. Não demorou, e ele partiu para o Whitesnake, por onde já haviam passado John Sykes, Vivian Campbell, e Adrian Vandenberg. Quase nada de responsabilidade nos ombros. Em carreira solo, ousou, a começar pelo torcido e Zappiano Flex-Able (1984). Passou, então, por variações constantes a partir Passion And Warfare (1990), um verdadeiro divisor de águas. Quando todos esperavam por um ao vivo, ele o fez, com Alive In An Ultra World (2001), mas de forma surpreendente e com uma abordagem diferenciada. Seguiu experimentando e iniciou um trabalho conceitual em Real Illusions: Reflections (2005). Agora mostra estar muito além de um simples guitarrista ao lançar o CD duplo Sound Theories Vol. I & II e o DVD Visual Sound Theories, ambos de 2007, gravados com orquestra e incluindo peças inéditas escritas, arranjadas, e orquestradas, quase que em sua literalidade, por ele. Definitivamente diplomado como compositor e músico, Vai se encaminha para uma nova turnê no Brasil e nos fala com exclusividade dos preparativos para os shows por aqui, além de comentar sobre seus planos, idéias, criações, novas experiências, conceitos, e garantir: tem uma composição pronta para o nosso país.
BACKGROUND - BLACK SABBATH (PARTE 2)
backgroundParanoid: o single Em agosto de 1970, enquanto o single Paranoid despontava na paradas, Tony Iommi, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Bill Ward já estavam a todo vapor, nos porões do Regent Sound Studios, em Londres (ING), dando seqüência na produção do segundo álbum. Iommi relembra o sucesso do single Paranoid: Na verdade não tínhamos a intenção de fazer sucesso lançando um single. As regras eram ditadas pela gravadora e nós apenas cumpríamos as determinações. Paranoid foi composta de forma rápida. Nós estávamos no estúdio quando alguém sugeriu que déssemos uma pausa para um lanche. Eu continuei ali sozinho, tentando criar alguma coisa, e foi assim que surgiu o riff e boa parte do ritmo de Paranoid. Quando Ozzy, Geezer e Bill retornaram, mostrei a eles o que havia criado. Geezer rapidamente começou escrever a letra, que não durou mais que cinco minutos para ficar pronta. Naquela mesma tarde gravamos alguns takes de Paranoid. Achamos muito estranho que algo concebido de forma tão rápida e simples, pudesse se tornar um sucesso. A partir daquele mês, as apresentações do Black Sabbath passaram a ser abertas com Paranoid, tendo no set mais uma música que estaria no próximo disco, Walpurgis, mais tarde rebatizada de War Pigs, passando a ter ainda uma nova letra. War Pigs seria também o nome do novo álbum, mas logo Jim Simpson barrou a idéia, alegando que o titulo não seria apropriado com o lançamento do álbum nos Estados Unidos, que em 1970 atravessava a fase mais critica de seu envolvimento na guerra do Vietnã.
BACKSPAGE - DONNINGTON MONSTERS OF ROCK
Por Vitão Bonesso O sucesso da primeira edição do Castle Donington Monsters Of Rock seria selado com o lançamento de um álbum duplo, trazendo momentos de todas as atrações registradas naquele 16 de agosto de 1980. Para tal, foi utilizado a unidade móvel dos estúdios Manor, tendo como engenheiro Chris Jenkins e seus auxiliares, Chris Blake e Phill Vinall. As fitas masters foram entregues a Roger Glover que, ao lado do engenheiro Flemming Rasmussen, passou a trabalhar nos takes no Sweet Silent Studios em Copenhague (DIN). O produto bruto não era nada animador. Existiam zumbidos e muitas variações em praticamente todo o material gravado, relembra Glover, que na época era baixista do Rainbow. Todas as bandas haviam enviado uma relação de quais faixas deveriam constar do álbum, com exceção do Judas Priest, que no último momento resolveu não participar do disco. Muitas alegações sobre a ausência do Priest foram dadas, desde problemas com a gravadora, uma certa insatisfação com a performance e até mesmo que planejariam lançar um álbum ao vivo. Até hoje não se tem nenhuma versão oficial a respeito da não inclusão do Judas Priest no disco. Frente aos problemas a serem sanados nas fitas masters e a desistência do Judas Priest, os idealizadores do festival, Paul Loasby e Maurice Jones, resolveram abandonar a idéia de um álbum duplo, optando por um simples.
ETERNAL IDOLS - ALEX HARVEY
Por Bento Araújo (edior do Poeira Zine) Passados vinte e cinco anos de sua morte, Alex Harvey permanece sendo um ícone da cena roqueira européia. Se nos Estados Unidos o astro escocês nunca obteve o merecido reconhecimento, no velho mundo o papo é bem diferente: biografias são lançadas, discos clássicos merecem reedições caprichadas e sites em homenagem a Alex não param de pipocar na net. Também pudera, o que dizer do líder da vanguardista The Sensational Alex Harvey Band, a banda símbolo da classe operária britânica, isso muito antes desse papo ser comum lá pelos idos de 1977, depois do aparecimento do movimento Punk por aqueles lados. Não que Alex tenha sido um Punk na essência, mas sua fantástica, e dura, trajetória é sempre muito associada à do pessoal do Clash, Pistols, etc.
HIDDEN TRACKS - MAMMOTH
Por Ricardo Batalha O Mammoth foi formado no final de 1984 por músicos que vinham de bandas como Extremos e Os Laranjas: César Achon (guitarra, ex-Os Laranjas), Ney Castro (bateria, ex-Extremos), Gil Magalhães (baixo, ex-Extremos) e Billy Albuquerque (vocal, ex-Os Laranjas). Na realidade, a formação era composta pelos músicos do Extremos comigo nos vocais. O Extremos foi formado nos anos 70 por Gil Magalhães, Ney Castro e Nivaldo na guitarra. Nosso guitarrista, César Achon, se unia à banda para jam sessions, já que era amigo do pessoal e curtia os sons e improvisações que faziam, explica Billy. Enquanto o Extremos praticava um som experimental, mesclando Hard Rock, Jazz Rock e Progressivo, Os Laranjas praticavam Punk Rock e contou em suas fileiras com Ricardo Moreno, do Performances. César e eu formamos Os Laranjas. Depois de algum tempo o baterista saiu e entrou Ricardo Moreno do Performances. Com a saída do baixista, entrou Reinaldo Moreno e a banda passou a se chamar Performances, explica Billy The Kid, como ficou conhecido.
LIVE EVIL - SHAMAN / ERIC MARTIN - RICHIE KOTZEN
SHAMAN Lapa Multshow – Belo Horizonte/MG 22 de setembro de 2007 Texto e fotos: Alexandre Oliveira (Colaborou: Leonardo Bridges) Quatro anos após a quebra do Angra em duas metades, uma delas tornando-se o Shaman, uma nova separação quase sucumbiu o novo grupo: quase toda a banda saiu, restando apenas o baterista Ricardo Confessori. Após um tempo se reestruturando, foi fechado o novo time. Thiago Bianchi (vocal) e Fabrizio di Sarno (teclado), este último como contratado, vieram do Karma. Léo Mancini (ex-Tempestt) assumiu as guitarras, e o estreante Fernando Fumaça Quesada foi para o baixo. A turnê de reestréia iniciou-se em Belo Horizonte (MG), oferecendo a cara à tapa a críticos, fãs e curiosos. Para aquecer o público, duas bandas classificadas em um festival fizeram a abertura. O Vorticis, com boa receptividade dos fãs, apresentou seu Heavy Metal com vocais femininos e algumas passagens mais extremas, conseguindo empolgar em Forgotten e Childs Dream, mas soou confuso em alguns momentos de Things That Twists You Inside, que merece uma lapidada maior. Em sua melhor formação até o momento, algumas doses a mais de esmeros credenciarão a banda ao lançamento do primeiro álbum. ERIC MARTIN – RICHIE KOTZEN Stones Music Bar – São Paulo/SP 30 de setembro de 2007 Por Carlo Antico/Fotos: Cíntia Palma Depois de quatorze anos, o ex-vocalista do Mr. Big, Eric Martin, voltou ao Brasil no último mês de abril. Porém, gostou tanto da experiência que, meros cinco meses depois, resolveu repetir a experiência. E dessa vez ainda veio com seu companheiro da segunda formação de sua ex-banda, o excelente guitarrista Richie Kotzen (também ex-Poison). Para ser bem sincero, quando vi o anúncio do show, achei que se tratava de uma apresentação em conjunto dos dois, fazendo praticamente um set do Mr. Big sem Billy Sheehan (baixo) e Pat Torpey (bateria). Porém, algumas semanas antes da data, ficou-se sabendo que os dois tocariam com suas respectivas bandas em dois sets de uma hora e meia cada um.
LIVE EVIL - THERION
Por Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa Se você assistiu a alguma passagem do Therion pelo Brasil, pode esquecer parte do que viu, pois, na turnê de Gothic Kabbalah, CD lançado este ano, foi um grupo renovado que apareceu. Renovado já causa calafrios nos radicais, mas as mudanças feitas pelo guitarrista Christopher Johnsson, melhoraram a banda ao vivo, apesar de os antigos sons terem alterações. Numa sexta-feira em São Paulo, 28 de setembro, o público parecia não chegar ao Citibank Hall, mas aos poucos um bom número de barulhentos fãs pôde receber os suecos, que deixaram saudades após o grande show de 2004. Às 22h o baterista Petter Karlsson, de capuz, foi o primeiro a subir ao palco, enquanto a introdução de Der Mitternachtlöwe, primeira do disco novo, soava num palco sem os esperados cenários da turnê européia. Apesar de não ser intensa, ela serviu como apresentação, com os vocalistas aparecendo um a um.
LIVE EVIL - HAMMERFALL / LACRIMOSA
Por Luciano Alemão/Fotos: Ricardo Zupa O encontro de duas bandas de diferentes estilos causava uma certa expectativa, pois muito se falou sobre um possível conflito entre os fãs, o que felizmente não acabou acontecendo. A verdade é que foi um tiro no escuro, já que o Lacrimosa está muito mais para o Gótico tradicional do que Gothic Metal, enquanto que o HammerFall faz aquele Metal Tradicional, na linha de bandas como Accept, Judas Priest, entre outros… Tudo bem que esse evento ocorreu numa quinta-feira, dia 4 de outubro, que o Credicard Hall é um lugar de difícil acesso para muitos e que muitos shows estão sendo realizados em São Paulo – como Marylin Manson, que havia rolado dias antes – mas nada justifica o fraquíssimo público que se encontrava nas dependências da casa, formado basicamente por fanáticos e membros de fã-clubes das duas bandas.
LIVE EVIL - 13º PARTY SAN METAL OPEN AIR
Bad Berka (ALE)09, 10 e 11 de agosto de 2007 Por Sergio Tullula, Edilton Purkote, José Marinho e Gilberto Santana Fotos: Sergio Tullula Após três dias imersos no mais puro Metal e muita cerveja, com mais de 40 brasileiros que atravessaram o oceano e invadiram o Wacken Open Air entre os dias 02 e 04 de agosto, rumamos para o também ótimo festival Party San Metal Open Air. O evento não é tão grande quanto o Wacken, mas é muito organizado e contagiante. Sem o pessoal da equipe Roadie Crew e uma parte dos brasileiros, que voltariam para o Brasil no dia 08 de agosto, após o Wacken, demos início à segunda parte da jornada: viajar de trem até a Polônia (mais de 30 horas ida/volta incluindo as conexões) e permanecer lá por dois dias, onde a Mutilation Produções acertou detalhes da primeira tour sul-americana do Besatt, que acontecerá em maio de 2008. Na Polônia visitamos Auschwitz, que realmente é um lugar impressionante e com muita história ainda para ser desvendada.
ROADIE COLLECTION - BATHORY
Por Jorge Krening O dia dezesseis de março do ano de 1983 ficou marcado na história do Metal mundial como sendo do nascimento de uma lenda. Neste dia, na Suécia, o Bathory realizava seu primeiro ensaio. No ano seguinte já lançava o seu debut, Bathory, que ajudaria a difundir e consolidar o Black Metal como uma das mais malditas vertentes do Heavy Metal. Totalmente influenciado por nomes como Kiss, Motörhead, Black Sabbath, Saxon e algumas bandas Punks, o Bathory começou de forma modesta e inocente, numa época que apenas uma palavra interessava: Metal. Desde então, sua trajetória foi marcada por muito talento e dedicação, tudo isso graças ao esforço de seu mentor, Thomas Forsberg (supostamente o verdadeiro nome de Quorthon). Fanático por Música Clássica e pelas obras de Nietzsche, Quorthon começou aos poucos a se interessar pela mitologia escandinava, e com isso criou uma nova forma de fazer Metal, o Viking Metal. O legado deixado por Quorthon é imensurável e de inestimável valor. Foram ao todo doze álbuns oficiais lançados, sete coletâneas próprias e várias aparições em diversas compilações. Mesmo nunca tendo realizado uma apresentação ao vivo, o Bathory tem o grande mérito de ser uma banda que nunca seguiu tendências e regras, bem pelo contrário, ele as ditava. Tragicamente, no dia sete de junho de 2004 o Bathory encerra suas atividades de forma precoce, em função da morte de seu mentor e líder Thomas Forsberg.
STAY HEAVY REPORT - QUATRO ANOS NO AR
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves Expomusic: o público Metal domina! Aconteceu no final de setembro a 24ª edição da Expomusic Feira Internacional da Música, no Expo Center Norte, em São Paulo. Se você já teve oportunidade de visitar alguma edição da Expomusic, pôde constatar que o público que curte Heavy Metal é o que está presente em maior quantidade circulando pelos corredores da feira. E este ano não foi diferente já que o evento superou todas as expectativas recebendo mais de 60 mil pessoas em cinco dias, entre músicos, lojistas e visitantes. O Programa Stay Heavy esteve presente na feira juntamente com a Revista Roadie Crew, num dos estandes mais concorridos do setor. O público que passava por lá podia assistir aos videoclipes mais recentes de inúmeras bandas e ao Programa Stay Heavy com a cobertura do Wacken Open Air 2007, e também aproveitar para completar sua coleção com a imensa variedade de CDs e camisetas à venda.
Durante o trabalho de revisão dos textos desta edição da Roadie Crew, ao ler a matéria com a entrevista do Machine Head concedida por Robb Flynn ao Thiago Sarkis, mais uma vez senti aquele gosto amargo na garganta, provocado pela revolta por tomar conhecimento de fatos que revelam a plena ignorância e o preconceito com que é tratado um simples gênero musical, o Heavy Metal. O fato de uma grande empresa de entretenimento usar da sua força para impedir a realização de um show musical, por achar que a posição política do artista não atende ao interesse do poder constituído é uma violência inadmissível e atitude típica de ditaduras rançosas que ainda se mantém esparramadas pelo mundo. E o mais grave é que artistas de outros gêneros musicais têm seus trabalhos tolerados como normais mesmo que as letras de suas músicas possam ser consideradas de protesto contra posições do establishment, ou pior ainda, em muitas ocasiões totalmente apelativas e grotescas ou mesmo ofensivas gratuitamente. O cancelamento de shows do Machine Head foi típico exemplo de uma truculência que é conseqüência de pura ignorância. Infelizmente continuam sendo muitas as demonstrações de falta de conhecimento que geram interpretações distorcidas por parte de pessoas e entidades que poderiam ser até consideradas como respeitáveis, mas pecam por assumirem o direito de emitir opiniões e tomar atitudes sobre o que não conhecem. Só para citar mais um exemplo, li recentemente comentários sobre o lançamento nacional do documentário do cineasta e antropólogo canadense Sam Dunn, Metal: A Headbangers Journey (traduzido no Brasil para Metal: Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal). Na matéria onde a informação a ser passada deveria ser sobre o conteúdo do filme, ao invés disso são emitidos (pré) conceitos sobre o headbanger, que é tratado como um ser inferior e que supostamente faz parte de uma seita de imbecis. Sam e Scot McFadyen, diretores do documentário, são legítimos headbangers e tratam o assunto com seriedade e conhecimento de causa, eles estiveram inclusive no Brasil, no início de 2007, quando rodaram parte das filmagens para a seqüência deste documentário de 2005, que só agora chega aos nossos cinemas. O objetivo deste trabalho cinematográfico é mostrar um movimento musical, e cultural, que está vivo e se mantém renovado há pelo menos quatro décadas, mas ainda assim causa espanto, no sentido negativo, para quem não conhece seu conteúdo. Considerar que só existem lampejos de inteligência neste cenário é a opinião de quem nunca vai ter a oportunidade de conversar com artistas como Christopher Johnsson, Steve Vai, Robb Flynn, Ivan Busic, Silenoz, Ronnie James Dio só para citar alguns dos que estão presentes nesta edição da Roadie Crew. Chega de lamentações, já passou aquela sensação desagradável, principalmente porque durante os minutos que levei para escrever isso a trilha sonora foi o novo álbum do Dr. Sin, Bravo, que muito provavelmente não vai ser ouvido pelos que não têm sensibilidade suficiente para conhecer o som de mais uma banda brasileira que nos dá orgulho de ter sua foto estampada na capa da Roadie Crew. Airton Diniz
EDITORIAL - O INTERMINÁVEL PRECONCEITO E A SANTA
ROADIE NEWS - NOTICIAS
Resumo das noticias do mês
BLIND EAR - ERIC MARTIN (EX-MR. BIG)
CD: Talisman, Journeyy, Humble Pie, Procol Harum, Lynyrd Skynyrd, AC/DC, Fletwood Mac, Queen, Styx, Paul Rodgers.
CLASSICREW - LYNYRD SKYNYRD / THE CULT
Lynyrd Skynyrd – Street Survivors Por Bento Araújo Com o lançamento do duplo One More For The Road, ficava claro que o Lynyrd Skynyrd era um dos melhores shows para se conferir naquele verão de 1976. Grandes estádios e festivais passaram a ser rotina para a banda. O grupo sulista foi uma das atrações principais no megaconcerto para a campanha presidencial de Jimmy Carter, realizado no Gator Bowl Stadium. Na Inglaterra, deixaram uma imensa platéia de queixo caído ao se apresentarem no festival de Knebworth, que naquele ano tinha os Rolling Stones como headliner. A Europa literalmente caiu aos pés dos caipiras. Até no Japão o Lynyrd Skynyrd fazia muito sucesso e as turnês por lá eram sempre um sucesso. Com tanto prestígio mundo afora, o velho ônibus que os músicos e a equipe excursionavam foi trocado por um avião particular. The Cult – Electric Por Roger Lombardi Depois de um bem sucedido debut, Dreamtime, e um marcante segundo álbum, Love, os britânicos do The Cult estavam prontos para dar uma guinada em sua sonoridade. Com a intenção de se afastar do chamado Gothic Rock, o vocalista Ian Astbury, o guitarrista Billy Duffy e o baixista Jamie Stewart, entraram de cabeça nas raízes do Rock N Roll, com músicas mais cruas e diretas. Os trabalhos iniciaram no verão europeu de 1986, junto com o baterista Les Warner e o produtor Steve Brown, que havia trabalhado com o grupo em Love. O material conhecido como The Manor Sessions, nome oriundo do estúdio onde se deram as gravações, o Manor Studios, localizado em Oxfordshire (ING), continha doze músicas. As faixas eram Love Removal Machine, Wild Flower, Peace Dog, Aphrodisiac Jacket, Electric Ocean, Bad Fun, Conquistador, Zap City, Love Trooper, Outlaw, Groove Co. e Walk My Way (originalmente uma jam sem nome) e integrariam o terceiro álbum, batizado Peace.
POSTER - OVERKILL - TAKING OVER
O álbum
RELEASES CDS - RESENHAS
Airbourne, Amorphis, Asia, At Vance, Baroness, Common Yet Forbidden, Crashdiet, Dark Empire, Deadsoul Tribe, Dekapitator, Delain, Derdian, Diamond Head, Evidence One, Headhunter, Joe Lynn Turner, Korpiklaani, Lizzy Borden, Machine Head, Meldrum, Night Ranger, Nile, Officium Triste, Operator, Poverty’s No Crime, Ride The Sky, Royal Hunt, Shadow Gallery, Symmetrya, Tenebre, The Acacia Strain, The Cult, The Poodles, Thorugh The Eyes Of The Dead, Tropa De Shock, Turbonegro, Wasp, Whitesnake.
RELEASES DVDS - RESENHAS
Anthrax, Freddie Mercury, Heavcen And Hell, Deep Purple Montreaux, Status Quo.
GARAGE DEMOS - RESENHAS
Envie material completo (CD-Demo, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” – CAIXA POSTAL 43015, CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP. Nesta edição: Balboa Inn, Bonebreaker, Canseco, Deadliness, Drama Id, For Bella Spanka, Oráculo, Outset, Sifu Stephen Doe, Thrash Never Die, Vulture Of Corpse.
ROADIE PROFILE - BJ (TEMPESTT)
Por Luiz Carlos Vieira
Peso | 0,250 kg |
---|---|
Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |