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Edição #108

R$29,00

Em 2008, o Yes festeja seus quarenta anos de carreira prometendo escrever mais capítulos de uma história que se confunde com a do próprio estilo que pratica e que o tornou mundialmente conhecido. Formado na Inglaterra em 1968, o grupo ajudou a efetivar o nascimento de um verdadeiro movimento cultural…

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ABSTRACT SHADOWS

Por Maurício Dehò Os paulistanos do Abstract Shadows nasceram como um trio instrumental, fazendo um Prog elaborado. A idéia mudou quando o vocalista Neno Fernando saiu do Destra e conseguiu “infiltrar” seus vocais nas composições. Após um EP auto-intitulado, o quinteto que ainda conta com Alberto Lima (guitarra), Hélvio Poletti (baixo), Gustavo “Gummer” (bateria) e José Antônio Cardillo (teclado, também do Eterna), lançou o primeiro álbum, Symphony Of Hakel. Além do Prog, ou Metal Experimental, como chamam, resolveram não ter barreiras para o som, que tem influências de World Music, Fusion e Hard Rock, entre outros, até pelo fato de alguns deles serem professores de música. Confira o papo com Neno, que contou da sua chegada, falou a respeito o ‘debut’ e até sobre religião.

DELAIN

Por Ricardo Campos Após atravessar péssimos momentos devido a problemas de saúde – que acabaram causando sua saída do Within Temptation -, o tecladista Martijn Westerholt conseguiu a superação através da música, e assim nasceu o Delain. Aos poucos foi sendo construída a ampla sonoridade desta banda que, além dos seus integrantes fixos, contou com a participação de diversos nomes de peso em seu álbum de estréia, Lucidity, como os dos vocalistas Sharon den Adel (Within Temptation), Marco Hietala (Nightwish e Tarot), Liv Kristine (Leaves’ Eyes, ex-Theatre Of Tragedy) e George Oosterhoek (ex-Orphanage). Nesta entrevista Martijn nos conta tudo sobre o nascimento e desenvolvimento do Delain, assim como sua sonoridade e as influências externas que teve através dos convidados especiais.

EXODUS

Por Thiago Sarkis O ápice vivido pelo Exodus na década de oitenta com os inesquecíveis Bonded By Blood (1985), Pleasures Of The Flesh (1987) e Fabulous Disaster (1989), não será igualado ou equiparado a qualquer outra fase da banda; um período lendário, a ser lembrado e saudado por gerações recentes e porvir, todas tirando uma casquinha das lições dos norte-americanos. Nos anos noventa, porém, a interação entre os ícones da Bay Area ruiu, assim como a força no ‘mainstream’ de um dos movimentos mais importantes e proficientes da história do Metal mundial. Queda de qualidade? Em alguns casos, sim. Independentemente disso, a verdade é que as coisas não iam bem para os grupos de Thrash Metal, interna e externamente, o que culminou em longa pausa nas atividades do Exodus em estúdio após Force Of Habit (1992). Reformulado, o quinteto retomou o rumo no século 21 com a disposição de reviver glórias longínquas. Não deu outra. Com dose especial de ‘groove’, algo que parece incomodar tremendamente uma parcela dos fãs, eles partiram para o ataque e alcançaram, em 2007, sua segunda tríplice coroa por meio de uma seqüência aniquiladora de discos: Tempo Of The Damned (2004), Shovel Headed Kill Machine (2005) e The Atrocity Exhibition… Exhibit A (2007). O melhor é que já há mais a caminho. Confira tudo sobre esse grande momento nas palavras do guitarrista e líder Gary Holt.

GWAR E LORDI, OS MONSTROS

GWAR Por Thiago Sarkis O GWAR ficou relativamente conhecido pelo seu Metal inundado por influências de Punk Rock. Em larga escala, porém, o grupo se tornou popular em decorrência dos personagens e fantasias que criou além das ultrajantes letras de músicas e dos shows disparatados, os quais incluem decapitação e tortura de bonecos de músicos, atores, políticos, esportistas, figuras históricas, e qualquer um exposto à mídia e que renda uma boa piada. Sátiras tão aberrantes que nem terror conseguem causar, mesmo com tantos monstros. Apesar de respeitado, o líder e vocalista Oderus Urungus (nome verdadeiro: David Murray Brockie) revela que não quer ser lembrado apenas por isso, e que pretende ter sua música devidamente reconhecida. Além disso, falou-nos do último álbum de estúdio, Beyond Hell (2006), das influências da banda, e de como vê o recente sucesso do Lordi. Lordi Por Thiago Sarkis O Lordi está em atividade desde 1991, quando o vocalista Tomi Petteri Putaansuu – hoje conhecido como Mr. Lordi -, inspirado especialmente pelo Kiss, começou a desenvolver a estória e o conceito visual para uma banda. Não tardou para que ele achasse músicos que o acompanhassem nessa jornada. Porém, uma década foi necessária para que o grupo estreasse oficialmente, o que ocorreu em Get Heavy (2002). A Finlândia já os saudava, mas o mundo só veio a reconhecê-los em 2006, ano no qual o quinteto conquistou o concurso ‘Eurovision’ com a música Hard Rock Hallelujah. De lá pra cá, eles ganharam status de heróis nacionais. Com honras de Estado, o Lordi deu nome a uma Praça, virou refrigerante, tema de selo postal, revista em quadrinhos, e em 2008 estrelará o seu primeiro filme, “Dark Floors”. O mentor do fenômeno é quem nos explica, a seguir, as razões e conseqüências de tamanho sucesso.

HARGOS

Por Alexandre Oliveira Fundado em 2004, o Hargos teve uma ascensão rápida. Participou de importantes eventos (“RockHistória” – com Shaman, Overdose e Korzus -, “Metal Alliance Fest” – com Eminence -, “Wacken Metal Battle Brasil 2007” e abertura de shows do Shaman e Symphony X em Belo Horizonte/MG), e preparou-se para uma mega produção em seu disco de estréia. Os resultados estão agora disponíveis a todos, através do álbum Shadows Of Violence, lançado pela paulistana Die Hard Records.

HEADHUNTER DC

Por Frans Dourado A banda formada pelo guitarrista Paulo Lisboa completou 20 anos em 2007 e lançou God’s Spreading Cancer…, mais uma prova de sua lealdade ao Death Metal, estilo que defendem com vigor contra todas as tendências. Conversamos com o vocalista Sérgio “Baloff” Borges, que revelou detalhes que cercaram o lançamento desse álbum e outras passagens desse nome que se tornou uma referência do estilo e da profícua cena nordestina de Metal. O “Caçador de Cabeças” mais uma vez não deixou prisioneiros…

HICSOS

Por Carlo Antico O Brasil já tem uma tradição de revelar grandes bandas de Metal mais pesado, especialmente no Thrash e Death. Sepultura, Krisiun, Claustrofobia e, claro, o Torture Squad, que inclusive venceu a disputa do “Metal Battle” no “Wacken Open Air” em 2007. Continuando a tradição, mas incorporando elementos do Hardcore, o grupo carioca Hicsos vem batalhando na cena desde 1990. Batemos um papo com o baixista e vocalista Marco Anvito, os guitarristas Nilmon Filho e Antônio Sabba e o baterista Marcelo Ledd para saber mais detalhes sobre o lançamento de Technologic Pain.

ICED EARTH

Por Thiago Sarkis Formado em 1984 sob o nome Purgatory, o Iced Earth só se efetivou profissionalmente na década de noventa, estreando com Iced Earth (1990), ganhando destaque em Night Of The Stormrider (1991), e vendo a consagração tomar forma a partir do clássico Burnt Offerings (1995). Os Estados Unidos, país de origem da banda, via, naquele período, a explosão e a decadência do Grunge, o nascimento do Nu Metal, e a total desvalorização do Heavy/Power Metal. Um cenário tenebroso para os admiradores da forma mais famosa e tradicional da música pesada, os quais enxergavam no quinteto um oásis no deserto para um movimento que fora praticamente dizimado, senão de todo o território americano, ao menos de seus principais meios de comunicação e casas de shows. Praticamente solitário no que diz respeito à expressão que conquistou em seu continente, o grupo foi aclamado na Europa e América do Sul. Apesar da repercussão, do ‘debut’ ao novo CD, Framing Armageddon (Something Wicked Part I) (2007), quase tudo mudou, e só Jon Schaffer, guitarrista e principal compositor, restou da formação original. Ao seu lado, o vocalista Tim “Ripper” Owens (Beyond Fear, ex-Judas Priest). Falamos com a dupla sobre o mais recente lançamento, o próximo trabalho de estúdio, Matthew Barlow, e as controvérsias que ainda hoje cercam The Glorious Burden (2004).

LEATHERWOLF

Por Ricardo Campos Parece piada como as coisas dão erradas para essa banda! Talento nunca faltou, mas assim como muitos outros nomes do Heavy Metal norte-americano, o Leatherwolf não conseguiu crescer após certo ponto por justamente fazer um som “europeu demais”. Bem, mas também são azarados. Lançaram três álbuns de estúdio entre 1984 e 1989, um ao vivo em 1999 e retornaram apenas em 2006 com World Asylum. Após muitas formações nessas mais de duas décadas, os integrantes originais Geoff Gayer (guitarra) e Dean Roberts (bateria) retornaram com este álbum de muita qualidade e, logo em seguida, a banda mudou completamente. Certo, retornaram Michael “Mike” Olivieri (vocal – formando, mais uma vez, com Geoff e Dean o chamado “Triple Axe Attack”) e Carey Howe (guitarra), mas aí veio a idéia de regravar os vocais de World Asylum com Mike, se transformando em New World Asylum, lançado em novembro último. Tal fato acabou confundindo um pouco os fãs – já confusos após aproximados dezessete anos sem lançamentos de estúdio! Até aí, vá lá – fizemos esta entrevista com Geoff antes desse relançamento (apesar de comentarmos o assunto) -, mas aí no dia 9 de novembro nos deparamos no MySpace oficial da banda (www.myspace.com/leatherwolfmusic) com a notícia de que justamente ele tinha sido expulso do Leatherwolf após a turnê européia, devido a um péssimo comportamento no palco após o consumo exagerado de álcool… Fizeram até um paralelo com o guitarrista Michael Schenker (MSG, ex-UFO e Scorpions). É, a coisa deve ter sido feia… Pois bem, então o que temos aqui é uma das últimas entrevistas com Geoff como membro do Leatherwolf e parte do “Triple Axe Attack”, e o título é uma homenagem ao termo que provavelmente os fãs da banda não poderão mais usar.

LIV KRISTINE

Por Carlo Antico Muito antes da combinação de vocais no estilo ‘A Bela e A Fera’ com um instrumental de Doom e Gothic virar moda, a banda norueguesa Theatre Of Tragedy mostrava ao mundo, através dos álbuns Velvet Darkness They Fear e Aegis, que esta seria uma combinação de sucesso. E, no caso do Theatre, destacava-se a voz de uma bela loirinha chamada Liv Kristine. Ainda no grupo, Liv lançou seu primeiro álbum solo, e logo depois deixou a banda para formar o Leaves’ Eyes. Agora, tendo recuperado os direitos para lançar seu segundo álbum solo, Liv solta o ótimo Enter My Religion e nos conta detalhes sobre ele na entrevista a seguir.

MAYHEM

Por Ricardo Campos Talvez o Mayhem seja uma das bandas mais polêmicas da história. Claro que Alice Cooper e sua cobra, Ozzy Osbourne e seu morcego e o Kiss “pisoteando pintinhos” tiveram mais exposição, porém muitas histórias não passavam de lendas. Já no caso desses noruegueses é um pouco diferente, pois conseguiram a “proeza” de já serem polêmicos numa época onde tudo era extremo: o advento do Black Metal na Noruega. Marcados por tragédias mais graves como o suicídio do vocalista Dead em 1991 e Count Grishnackh (baixo) assassinando Euronymous (guitarra) dois anos depois, ou por problemas mais atuais com associações em defesa dos direitos de animais, imprensa não especializada e até governos de alguns países, o Mayhem até hoje mantém intacto o seu legado musical, recentemente nos brindando com o corajoso Ordo Ad Chao, que tem como foco central a “antimúsica”. No momento, Attila (vocal), Blasphemer (guitarra), Hellhammer (bateria) e Necrobutcher (baixo) estão em turnê e, possivelmente, presentearão os fãs brasileiros neste 2008 com uma possível visita para shows. Nesta entrevista, Blasphemer nos fala, em detalhes, tudo sobre Ordo Ad Chao, explica a saída do vocalista Maniac e retorno de Attila, comenta sobre a vinda ao Brasil e, claro, esclarece algumas recentes polêmicas. Mayhem em detalhes!

SAMMY HAGAR

Por Thiago Sarkis Depois de marcar época com o Montrose no início dos anos setenta, e passar uma década inteira no topo do mundo ao lado do Van Halen, Samuel Roy Hagar volta a viver um momento especial em sua carreira com a indução ao Rock ‘N’ Roll Hall Of Fame em 12 de março de 2007. Além do êxito como músico, e do crescente interesse por seus shows e álbuns solo nos últimos tempos, o Red Rocker ganha reconhecimento como empresário e administrador da Cabo Wabo Cantina, restaurante e casa noturna localizada em Cabo San Lucas – pequena cidade do Estado de Baja Califórnia Sur no México. Os inúmeros duelos com o próprio ego e os dos outros o ajudaram e muito. Tranqüilo, carregando um histórico que fala por si só, Sammy, sem papas na língua, comenta abaixo todos os momentos e fatos gloriosos e polêmicos relacionados à sua aclamada trajetória.

YES

Por Thiago Sarkis Em 2008, o Yes festeja seus quarenta anos de carreira prometendo escrever mais capítulos de uma história que se confunde com a do próprio estilo que pratica e que o tornou mundialmente conhecido. Formado na Inglaterra em 1968, o grupo ajudou a efetivar o nascimento de um verdadeiro movimento cultural, o Rock Progressivo. Nas décadas de setenta e oitenta, viu de perto a febre em torno da criação que co-assinou, e se beneficiou disso. Arrematou discos de ouro e platina a rodo nos Estados Unidos e no Reino Unido; ganhou o Grammy na categoria “Melhor Performance de Rock Instrumental” por Cinema de 90125 (1983); tocou em grandes estádios para públicos superiores a cento e trinta mil pessoas, e apareceu como atração principal de inúmeros festivais, dentre os quais o primeiro “Rock In Rio”, de 1985. Dos quatorze músicos que já integraram o conjunto, apenas um, o baixista, fundador, e líder, Chris Squire, esteve presente em todos os álbuns e formações. É exatamente ele quem vem celebrar essas quatro décadas de Progressivo em entrevista retrospectiva à Roadie Crew.

BACKGROUND - BLACK SABBATH (PARTE 4)

Por Vitão Bonesso Tony Iommi: a primeira tentativa solo Antes mesmo da aparição da formação original no “Live Aid”, ocorrida em julho de 1985, o guitarrista Tony Iommi, agora sem a parceria do baixista Geezer Butler, pensava seriamente em lançar seu projeto solo, deixando o Black Sabbath estacionado. Em setembro de 1984 Iommi comunicou ao empresário Don Arden sobre seus planos, e no final do mesmo ano começou a formar uma nova banda. Desde 1984, Tony Iommi morava em Los Angeles, e após se divorciar de sua primeira esposa, passou a ter um relacionamento com a vocalista e guitarrista Lita Ford. Num dos ensaios da banda da nova namorada, Iommi conheceu o baterista Eric Singer (Eric Mensinger, nascido em Cleveland/Ohio-EUA, a 12 de maio de 1958). Em novembro Iommi participou, ao lado de Lita Ford e sua banda, de uma jam no festival “Guitar Greats”, no Capitol Theatre em Passaic, Nova Jersey (EUA). Era um dos últimos shows daquela turnê de Lita Ford, o que permitiu que Iommi convidasse Eric Singer e o baixista Gordon Copley para participar de seu álbum solo. O quarteto, que também contava com o tecladista Geoff Nicholls, passou algumas semanas no Cherokee Sound Studios, em Hollywood (EUA), onde desenvolveram algumas idéias, enquanto Don Arden providenciava algumas audições com possíveis vocalistas.

BACKSPAGE - DONINGTON 4

Por Vitão Bonesso Debaixo de uma avalanche de especulações, provenientes de fãs e até mesmo empresários de bandas americanas e européias, os “donos” do “Donington Monsters Of Rock”, Paul Loasby e Maurice Jones, eram impiedosamente acusados de tornarem o festival um reduto voltado somente a atrações inglesas. A pressão era tanta que a dupla chegou a promover uma entrevista coletiva alguns meses antes da realização da quarta edição, a fim de tentar amenizar os ânimos. As desculpas continuavam as mesmas, com os empresários justificando a pouca presença de atrações que não fossem da Inglaterra, como pura falta de opção, bem como uma certa dificuldade de se agenciar nomes do território americano, que envolvia também aspectos financeiros que, segundo Loasby e Jones, oneravam demais o orçamento de cada edição do evento. O “pano quente” colocado pela dupla não chegou a convencer, mas os ânimos ficariam tranqüilos até os primeiros nomes da quarta edição serem anunciados.

BLIND EAR - MATS WILANDER

Por Thiago Sarkies

EDITORIAL - GRANDES MOMENTOS DE 2007, E QUE VENHA

Com a chegada desta primeira edição do ano de 2008 trazemos o costumeiro balanço com a publicação dos “Melhores do Ano” na escolha dos componentes do ‘staff’ da revista. Temos também uma novidade com relação à forma de votação dos fãs, que passa a ser feita através da Internet, modernizando e agilizando o processo de escolha dos “Melhores de 2007” segundo os leitores. Os votos, que anteriormente eram enviados para a redação pelo correio, passam a ser feitos através de formulário eletrônico disponível no website da Roadie Crew até o dia 09 de fevereiro, quando faremos o encerramento da votação e a apuração dos resultados. Quem quiser votar nos seus ídolos e nos trabalhos favoritos do ano que passou basta acessar o formulário em www.roadiecrew.net/melhores2007.E analisando coisas boas ocorridas durante 2007, temos que lembrar de alguns acontecimentos marcantes, como receber o Prêmio Toddy de Música Independente na categoria “Melhor Veículo Impresso” de 2006 e a grande vitória do Torture Squad no “Wacken Open Air”, na Alemanha, onde ganhou o “W:O:A-Metal Battle”.Em maio de 2007 tivemos a satisfação de comemorar a publicação da centésima edição da Roadie Crew que, por ser uma marca importante, teve uma caracterização de edição especial, com seu conteúdo sendo dedicado a 100 dos grandes álbuns da história do Rock. A repercussão desta edição comemorativa foi enorme, e esse fato nos alertou para anteciparmos o planejamento da edição de maio de 2008, quando estaremos completando 10 anos de circulação em banca, pois este aniversário também merecerá uma edição muito especial.Por falar em repercussão causada por matérias publicadas, é impossível deixar de citar o impacto causado pelo material que constou da edição #107, com o panorama do Metal brasileiro de 1987. Desde que a revista foi para as bancas não pára de chegar correspondência cumprimentando o Ricardo Batalha e os colaboradores que participaram da matéria, de fato um dos mais bem feitos documentos sobre a cultura underground ‘deste país’, e um motivo de grande orgulho para todos nós da revista.Nossa permanente preocupação é com a qualidade da informação, com a abertura de espaço para o que há de melhor neste gênero musical em todos os seus segmentos, e com a valorização da cena nacional. Esse direcionamento possibilita que o conteúdo da Roadie Crew aborde com o mesmo nível de interesse e importância o trabalho de astros consagrados que atingiram o ‘mainstream’ e também dos representantes da cena brasileira, mesmo aqueles que ainda participem do circuito underground. Como exemplo dessa filosofia de trabalho basta lembrar de algumas capas em 2007: Ozzy Osbourne, Dream Theater, Judas Priest, Max Cavalera, Slayer, Torture Squad (antes de ganhar o Metal Battle), Dr. Sin, Megadeth… E começamos ano novo com o Yes na capa!A julgar pelo que se promete em 2008, que já começa com grandes shows no primeiro trimestre, temos certeza que este será ainda melhor do que o ano que passou. E nossa equipe estará presente, em todos os meses do ano, documentando e informando sobre Heavy Metal e Classic Rock. Airton Diniz

CLASSICREW - SCORPIONS / LITA FORD

1977 – Tokyo Tapes – Scorpions Por Bento Araujo Sem sombra de dúvida os alemães do Scorpions foram um dos grandes responsáveis por essa onda de discos ao vivo gravados no Japão, que invadiu o mercado fonográfico no fim da década de 70 e toda a década de 80. A partir de Tokyo Tapes, ficou estabelecido que toda banda de Rock pesado que se preze deveria ter um disco ao vivo na terra onde o sol nasce, e ponto final. O duplo ao vivo serviu de despedida para o grande guitarrista Ulrich ‘Jon’ Roth, figura crucial da fase dourada do Scorpions, onde a banda soava agressiva, inventiva e virtuosa no quesito ‘guitarra’, já que Roth sempre foi fascinado pelas audácias sonoras de Jimi Hendrix. 1987 – Lita – Lita Ford Por Ricardo Batalha Quatro anos após ter conseguido êxito com seu segundo álbum solo, Dancin’ On The Edge, Carmelita Rossanna Ford, a popular vocalista e guitarrista Lita Ford (ex-The Runaways), lançou a 21 de fevereiro de 1988 pela gravadora RCA outro disco marcante, Lita. Com uma nova reformulação em sua banda, fato corriqueiro na carreira solo, Lita agora iria gravar com músicos convidados. Para as sessões de bateria já não estava mais Randy Castillo, mas sim Myron Grombacher (Pat Benatar Band, Derringer, Kane Roberts, Jack Russell) e Craig Krampf (percussão e bateria, Steve Perry, Alabama, Kim Carnes, Alice Cooper e Melissa Etheridge). No baixo Don Nossov e Hugh McDonald, além de David Ezrin, Aldo Nova e Robbie Kondor nos teclados e synths, Jeff Lieb e Llory McDonald nos backing vocals.

ETERNAL IDOLS - CRISS OLIVA

Por Ricardo Batalha O guitarrista Christopher “Criss” Michael Oliva, nascido a 3 de abril de 1963 em Pompton Plains/New Jersey (EUA), era o irmão mais novo da família Oliva e fez fama mundial integrando o Savatage, uma das mais representativas bandas de Heavy Metal dos Estados Unidos. Seu estilo pessoal e criativo, mesclando o peso do Metal dos anos 70 – na linha Tony Iommi (Black Sabbath) -, aliado à virtuose e elementos de Música Clássica, fez com que Criss obtivesse respeito na cena musical dos Estados Unidos. Aos quinze anos de idade, após se estabelecer na Flórida e de ter integrado a banda Tower, Criss montou o Metropolis ao lado de Jon, seu irmão mais velho – que já havia participado do Alien – e do baterista Joe Conn. O grupo não passou dos ensaios, com Criss chegando a tocar baixo, mas após a entrada do baixista Tony Ciulla e da mudança de nome para Avatar as coisas começaram a evoluir. Criss praticava a guitarra todos os dias e passava horas a fio tirando suas músicas favoritas e criando seus próprios riffs. Com a entrada de Steve Wacholz (ex-Paradox) no lugar de Joe Conn o Avatar passou a ficar conhecido no circuito underground.

GARAGE DEMOS

Garage Demos Envie material completo (CD-Demo, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” – CAIXA POSTAL 43015, CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP. Nesta edição: Die Walzer Luzifers, Exordium, Féretro, Imopectore, Open Scars, Orgy Of Flies, Panndora, Rei Lagarto, Scatha, True Violence, Vomer

HIDDEN TRACKS - WEST, BRUCE & LAING

Por Bento Araújo (*) A expectativa na imprensa mundial quanto à reunião de três feras como Jack Bruce (baixo, vocal), Leslie West (guitarra, vocal) e Corky Laing (bateria, vocal) era tanta que, depois de apenas dois álbuns de estúdio e um ao vivo, e um pouco mais de um ano de atividade, tudo terminou de forma abrupta e uma certa decepção pairou no ar dos fãs e dos próprios envolvidos. Na verdade, o projeto West Bruce & Laing nasceu quando o baixista Felix Pappalardi começou a demonstrar um certo descontentamento com as longas excursões de seu grupo, o Mountain. Depois de um tempo, a estafa começou a atingir Pappalardi, que cuidava de todos detalhes da banda, desde a concepção e produção dos álbuns até os itinerários das turnês.

LIVE EVIL - TANKARD-DISTRAUGHT

Por Maicon LeiteFotos: Alexandre Azambuja Guterres (RS) Ricardo Zupa (SP) Parece milagre, mas finalmente a banda alemã Tankard pisou em terras brasileiras, começando sua turnê por Porto Alegre (RS), tocando no dia 5 de dezembro, num Bar Opinião com público razoável, mas todos fãs de carteirinha. Bangers de várias cidades do Rio Grande do Sul compareceram a este marcante evento e que ficará para sempre na memória, pois este foi o melhor show do ano em Porto Alegre, ao lado do Exodus, que havia tocado em novembro, promovendo uma dose dupla de ataque Thrash no final de 2007. A abertura do show ficou por conta dos ‘thrashers’ da Distraught, banda porto-alegrense formada no início da década de 90 e que possui três ótimos discos de estúdio, além de um ao vivo gravado em São Paulo. Atualmente, o grupo encontra-se em processo de gravação do novo CD e uma amostra do que está por vir já pode ser ouvida no site oficial (www.distraught.com).

LIVE EVIL - TOTO

Por Ricardo Batalha/Fotos: Ricardo Zupa Foram mais de trinta anos de espera até a primeira vinda da banda norte-americana Toto ao Brasil. Talvez por isso seus adorosos fãs pouco se importaram em sair de casa em plena segunda-feira, dia 12 de novembro, rumo à Via Funchal, em São Paulo (SP). Assim como as apresentações de Kenny G (30/10) e Zucchero (03/11), o show do Toto fazia parte do projeto “Greenpeace Manifesto”, mas tanto na porta como na parte interna da casa pouco foi comentado a respeito do objetivo do Greenpeace em pressionar os governantes a promoverem medidas contra o aquecimento global. O público, formado em sua maioria por veteranos fãs e músicos, foi chegando de forma silenciosa, mas todos com enorme expectativa para ver o velho ‘Luke’ – Steve Lukather (guitarra e vocal) -, Bobby Kimball (vocal) & Cia. em ação.

LIVE EVIL - YNGWIE MALMSTEEN – DR. SIN

Por Ricardo Campos/Fotos: Ricardo Zupa Uma nova visita do guitarrista sueco Yngwie Johann Malmsteen ao Brasil. Ícone no instrumento e revolucionário no estilo ‘Neo-Clássico’, o músico ganhou renome mundial logo no início da década de 80 e construiu uma sólida carreira ao longo destes quase trinta anos. Desde segunda metade dos anos 90 os brasileiros tiveram a oportunidade de vê-lo ao vivo, e este novo show representou a quarta visita do guitarrista aos fãs daqui. Após a conturbada passagem de 2001 foi anunciado que desta vez a famosa Rising Force seria composta por Yngwie acompanhado por Doogie White (vocal), Mick Cervino (baixo), Patrik Johansson (bateria) e Michael Troy (teclado), e até existia a possibilidade de que o áudio dos shows, ocorridos em Curitiba/PR (05/12) e São Paulo/SP (06/12), fosse registrado para um lançamento ao vivo. E tempos depois do anúncio, foi confirmado que o Dr. Sin faria a abertura do show na capital paulista. Que maravilha, seria a reedição da segunda visita do guitarrista ao Brasil, que até rendeu o ao vivo Yngwie Malmsteen Live!! (1998)? Não foi bem assim.

LIVE EVIL - BRUJERIA - CLAUSTROFOBIA

Por Frans Dourado/Fotos: Ricardo Zupa A segunda vinda do Brujeria ao Brasil criou grande expectativa no público extremo de São Paulo e arredores. Da primeira passagem pelo Brasil ficaram as lembranças de um show intenso e memorável, mas marcado pela superlotação do Hangar 110, que recebeu um público muito superior à lotação da casa nas duas apresentações da banda. Qualquer pessoa com bom senso percebeu isso. A escolha de uma casa como o Inferno Club, em São Paulo (SP), para abrigar essa nova data do quinteto no Brasil (08 de dezembro) causou indignação por parte do público, que esperava uma casa com estrutura para abrigar tal show. O calor gerado pela lotação e falta de ventilação adequada fez com que pessoas passassem mal e alguns até desmaiassem tamanha a desumanidade das condições presentes. Mais uma prova de como produtores despreparados ainda tratam o público como gado, confinando centenas de pessoas em estabelecimentos com estrutura aquém da requerida para a situação. O alento para aqueles que sofreram no purgatório foi perceber que ao contrário de três anos atrás, o som estava perfeito.

LIVE EVIL - GILBY CLARKE

Por Ricardo Batalha/Fotos: Claudia Christo O guitarrista norte-americano Gilby Clarke, que já integrou as bandas Guns N’ Roses, Rockstar Supernova, Slash’s Snakepit, Candy e Kill For Thrills, foi a grande atração da festa de comemoração dos 13 anos do Manifesto Bar, uma das casas mais tradicionais de São Paulo. O evento, realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, ainda contou com a presença dos argentinos do Watchmen, que já haviam se apresentado em agosto de 2007 no mesmo local, sendo ‘opening act’ para Ted Poley. Um público razoável foi conferir de perto a festa e mesmo com a garoa insuportável, que persistiu durante toda a quarta-feira (12/12) e em boa parte do dia seguinte (que teve um público inferior), a animação era geral, especialmente no primeiro dia. E Gilby Clarke não decepcionou seus fãs! Acompanhado de músicos conhecidos da cena norte-americana – Eric Dover (vocal e guitarra, ex-Slash’s Snakepit, Jellyfish, Alice Cooper, Sextus e Imperial Drag), Jorma Vik (bateria, The Bronx) e Stefan Adika (baixo, L.A. Guns, Starfuckers e Dad’s Porno Mag) – Gilby apresentou aquele Rock And Roll sujo e direto da carreira solo, sendo várias de seu ‘debut’ Pawnshop Guitars (1994), como Black, Dead Flowers (que no meio contou com Used To Love Her, do álbum G N’ R Lies) e a agitada Tihuana Jail, além de Under The Gun, do álbum SWAG (2002), tocada somente no dia 13.

LIVE EVIL - PAUL DIANNO / FIREHOUSE – TED POLEY

PAUL DI’ANNO Manara – Porto Alegre/RS 18 de novembro de 2007Por Maicon Leite/Fotos: Fernando Polanczyk A nova passagem do eterno ex-vocalista do Iron Maiden pelo Rio Grande do Sul estava sendo esperada com ansiedade, pois a última visita do britânico em terras gaúchas foi em 2000, quando estava divulgando o excelente disco Nomad, totalmente gravado por músicos brasileiros, inclusive com o “polvo” Aquiles Priester (bateria, Angra, Hangar). Desta vez, Paul não havia lançado nenhum disco novo, mas estas turnês que faz são simplesmente para manter vivo um legado de dois discos clássicos, que são considerados como os melhores do Iron. Afinal, Iron Maiden e Killers são clássicos absolutos do Heavy Metal, que vieram a definir um estilo até então novo, a New Wave Of British Heavy Metal. FIREHOUSE • TED POLEY Circo Voador – Rio de Janeiro/RJ 18 de novembro de 2007 Por João Paulo A. Gomes/Fotos: Fabiane L Seara Uma noite inesquecível para o Hard Rock no Brasil! Esse seria um bom título para definir o “1º Hard In Rio”, realizado no tradicional Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ), no último dia 18 de novembro e que contou com a presença da banda nacional M.A.S.T.E.R.S, e as atrações internacionais Ted Poley Band e Firehouse. Com um pouco de atraso, a banda M.A.S.T.E.R.S abriu o evento às 20h. O grupo, antes conhecido como Snow por causa do guitarrista Marc Snow, agora conta com o subsituto Davis Ramay – que demonstrou habilidade, virtuosidade e sentimento -, Riq Ferris (vocal), Diego Padilha (baixo) e mais dois novos membros – Jay Sixx (guitarra) e Mark Vinny (bateria). E coube ao M.A.S.T.E.R.S a façanha de apresentar um dos melhores shows de Hard Rock nacional deste ano. Eles abriram o show detonando Blood Polution (do filme “Rockstar”), On Fire e Tearin’ Down The House. Ainda levaram a nova On The Run, Are You Ready? e o já esperado cover de Wild Child do W.A.S.P.. Depois de quase 50 minutos, deixaram o palco para, logo após, alguns de seus membros, junto com Bruno Sá (Allegro), retornarem como a banda de apoio de Ted Poley.

LIVE EVIL - METAL HEART FESTIVAL

METAL HEART FESTIVAL 2 Parque Santa Maria – Jaguariúna/SP 02 de dezembro de 2007 Por Daniel Rodrigo “Disneycrusher”Fotos: Fernando R R Jr. (Rock On Stage) Um domingo ensolarado recebeu os headbangers para a segunda edição do “Metal Heart Festival” (a primeira foi realizada em meados de 2004), uma iniciativa do programa de rádio homônimo, idealizado pelo produtor Renato Orsi de Jaguariúna. O cast do evento, realizado no dia 2 de dezembro (domingo) no Parque Santa Maria, em Jaguariúna (SP), contou com grandes nomes do Metal brasileiro e a abertura ficou a cargo da banda campineira Soulriver. O grupo executou seu Heavy Metal com muita competência, cativando o público logo de cara, pois apesar do forte sol do horário, o pessoal recepcionou-os muito bem. Sua performance só foi prejudicada por uma pele de bateria que estourou atrasando em alguns minutos sua apresentação.

MELHORES DO ANO - 2007

Segundo a Equipe da Roadie crew

POSTER - IRON MAIDEN

Pôster – Calendário 2008 –

RELEASES CDS

Nesta Edição: Action, Agent Steel, Aghora, Anarkhon, Braia, Counterparts, Crazy Lixx, Christian Death, Dark Tranquillity, Deathbound, Debauchery, Devin Townsend, Dirty Looks, Divine Heresy, Dying Fetus, Evilmasquerade, Hacavitz, Hell N Diesel, Him, House Of Shakira, Iced Earth, Joachim Witt, Legion Of The Damned, Loverboy, Man Must Die, Manowar, Onslaught, Operator, Paradise Lost, Phazer, Pig Destroyer, PoisonGod, Queen, Ressonância_Mórfica, Saga, Santo Graal, Serj Buss, Seven Witches, Shylock,Sick Of It All Tribute, Sixx Am, Slash Puppet, Sodom, Steve Grimmett, Suspyre, Ted Nugent, Total Death, Vendetta, Widescreen Mode

RELEASES DVDS

Nesta edição: Tankard, Exxótica, Queensryche, Rhapsody Of Fire, Slade.

ROADIE COLLECTION - VAN HALEN

Por Ricardo Batalha

ROADIE MAIL - RANKING CREW

Álbuns mais citados por entrevistados

ROADIE NEWS

Resumo das principais noticias do mês

ROADIE PROFILE - MURILLO L (GENOCÍDIO)

Por Ricardo Batalha

STAY HEAVY REPORT - ORKUT

Por Cintia Diniz e Vinicius Neves Orkut: uma comunidade do barulho! O Orkut é um dos maiores sites de relacionamento do mundo. Nele as pessoas que possuem interesses em comum se comunicam e trocam idéias, além de ser um ótimo lugar para reencontrar velhos amigos e fazer novas amizades. O Heavy Metal, é claro, não fica de fora dessa. São inúmeras as comunidades dedicadas a bandas, músicos, shows, e a assuntos relacionados à música. Lá os fãs expressam suas opiniões, músicos promovem suas bandas e promotores seus shows. O Orkut hoje se tornou mais do que uma simples comunidade de amizades, é também um prestador de serviços e uma ótima ferramenta de divulgação.
Peso 0,250 kg
Dimensões 28 × 21 × 1 cm
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