O Iron Maiden anunciou mais uma ambiciosa turnê para 2008. Se essa será ainda mais grandiosa que a World Slavery Tour, realizada entre os anos de 1984 e 1985, teremos que aguardar. Isso porque durante aqueles anos o Iron Maiden teve a maior produção de palco, a sua turnê mais…
Edição #109
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ANDRE MATOS
Por Ricardo Campos Quando entrevistamos o vocalista Andre Matos pela última vez a separação do Shaaman era apenas um indício e poucos meses depois foi confirmada. O fato é que ele, Hugo Mariutti (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Fabio Ribeiro (teclado), tomaram outro rumo e logo aquilo acabou culminando na merecida banda solo de um músico que desde meados da década de 80 escreve história no Metal nacional e projeta a nossa cena para o exterior. Após dois excelentes álbuns com o Viper, Soldiers Of Sunrise (1987) e Theatre Of Fate (1989), Andre ingressou na criação do Angra, banda com a qual esteve até 2000 e obteve uma estrondosa repercussão, principalmente com o inovador Holy Land (1996). Era hora de renovação deu-se a formação do Shaman (posteriormente Shaaman e hoje Shaman), parceria com Hugo, Luis e Ricardo Confessori (bateria, ex-Angra) que durou até 2006 e explorava um direcionamento mais direto, pesado e Progressivo. Neste meio tempo, Andre pôde caminhar rumo a uma sonoridade mais experimental e com fortes influências do Queen no projeto Virgo (2001), criado pelo músico ao lado do guitarrista e produtor alemão Sascha Paeth (ex-Heavens Gate). Pois bem, toda esta história aliada a novos ares é o que o fã pode esperar de Time To Be Free, álbum que mostra toda a versatilidade de Andre e funciona como um resgate do passado e um olhar para o futuro. Nesta entrevista o músico nos conta tudo desde a formação da banda até agora, momento em que o álbum é recém lançado no Brasil e Europa.
APOCALYPSE
Por Carlo Antico Muita gente celebra o fato do Ramones ter aparecido na cena em meados dos anos 70 para resgatar o verdadeiro Rock And Roll e acabar com aquelas músicas de mais dez minutos cheias de virtuose das bandas de Rock Progressivo. Porém, a verdade é que se algumas bandas daquela época torravam um pouco a paciência (e torravam mesmo), muitas outras fantásticas acabaram sendo injustiçadas. Yes, Reinassance, Nektar, Genesis, o próprio Rush e até mesmo bandas não tão progressivas, como o Uriah Heep, chegaram a virar motivo de chacota. Mas todos esses grupos sempre tiveram fãs fiéis, que mantiveram acesa a chama durante os períodos mais difíceis. Muitos deles formaram bandas, cinco deles formaram o Apocalypse. Foi para falar um pouquinho da história e do lançamento do ótimo Live In Rio que conversamos com o baterista Chico Fasoli e os irmãos Fritsch (Ruy, guitarras e Eloy, teclados). Confira!
ARCH ENEMY
Por Thiago Sarkis Rise Of The Tyrant (2007), sétimo trabalho de estúdio do Arch Enemy, mostra o grupo sueco novamente nos trilhos das glórias da fase Angela Gossow (vocal), revivendo, por meio da produção de Fredrik Nordström (Dimmu Borgir, Dream Evil), o som orgânico de lançamentos como Wages Of Sin (2001). Riffs e refrãos memoráveis dão o tom de um novo ataque de brutalidade preparado e desempenhado por uma banda em impressionante ascensão comercial e popular. Para nos falar sobre o novo álbum, os shows na América do Sul em 2007, e comentar a discografia do conjunto, convidamos o guitarrista e líder Michael Amott. Veja a seguir o resultado de nossa conversa com o músico.
CARCASS
Por Alexandre Oliveira Seguindo a onda de intermináveis revivals, que parece ressuscitar o mais decomposto dos defuntos, o cenário do Death Metal mundial balançou quando noticiada a volta do Carcass. Em uma década marcada pela controversa reunião do Possessed, pelo tímido comeback do Atheist, e pelos aclamados retornos do Obituary e de David Vincent ao Morbid Angel, certamente o grupo londrino, formado agora pelos originais Jeff Walker (vocal/baixo), Bill Steer (guitarra/vocal) e Michael Amott (guitarra, Arch Enemy), fechando o line-up com Daniel Erlandsson (bateria, Arch Enemy), consolidar-se-á como a volta mais badalada dos últimos anos. Donos de uma discografia invejável tiveram sua gênese no tosco e inexperiente Reek Of Putrefaction (1988), mas logo se lapidaram e chegaram ao clássico Symphonies Of Sickness (1989), mantendo-se ainda repulsivamente patológicos. Com a entrada de Michael Amott, amadureceram brutalmente em Necroticism – Descanting The Insalubrious (1991) – o mais clássico álbum -, fugindo para uma raia mais melódica em Heartwork (1993), e por fim ganhando contornos de Rock And Roll no derradeiro Swansong (1996), já sem Michael. Uma constante evolução, que atraiu fãs do mais repugnante e sujo Grindgore ao técnico e melódico Death Metal, repleto de musicalidade. Após negar veementemente qualquer chance de retorno, é Jeff Walker quem assume a mudança de idéias, encerrando o hiato que perdurou por mais de uma década. Com exclusividade, durante a passagem do Brujeria por Belo Horizonte (MG) – banda com a qual Jeff excursionou pelo Brasil – tomamos conhecimento dos detalhes e dúvidas que cercam o retorno de uma das mais cultuadas bandas de Death Metal da história.
ELDRITCH
Por Maurício Dehò Quando se abre o MySpace do guitarrista e líder do Eldritch, Eugene Simone, aparece a frase the child that never smiles (a criança que nunca sorri). Mas quem acreditaria que um italiano teria todo esse mau humor? Mesmo numa entrevista, Eugene se mostra expansivo e simpático. Seu grupo chegou este ano ao sétimo álbum, Blackenday, em que a única constante é justamente a falta de uniformidade. A banda, que ainda conta com Terence Holler (vocal), Peck Proietti (guitarra), John Crystal (baixo) e Raffahell Dridge (bateria), começou tocando Prog, flertou (e flerta) com o Power e se apoiou até no Thrash, sem nunca se repetir de um disco para o outro. Neste último álbum, mostra seu lado mais acessível. O resultado de tudo isso, que poderia ser catastrófico, é o inverso, o Eldritch mostra ainda ter muita lenha para queimar. Confira a entrevista completa com os italianos, que justificam o caminho tão tortuoso: nunca nos curvamos a moda nenhuma.
Iron Maiden
Por Claudio Vicentin O Iron Maiden anunciou mais uma ambiciosa turnê para 2008. Se essa será ainda mais grandiosa que a World Slavery Tour, realizada entre os anos de 1984 e 1985, teremos que aguardar. Isso porque durante aqueles anos o Iron Maiden teve a maior produção de palco, a sua turnê mais duradoura e que passou por mais países. Também ficou marcada como a primeira vez que uma banda de grande porte tocou nos países do leste europeu como Polônia, Iugoslávia e Tchecoslováquia. Inclusive a passagem por esses países ficou documentada no vídeo Behind The Iron Curtain. A primeira parte da Somewhere Back In Time Tour, que acontece 24 anos depois da World Slavery Tour, começou no dia 1º de fevereiro na cidade de Mumbai na Índia e então continua, durante esse mês de fevereiro, na Austrália, Japão, Los Angeles (EUA), México e, pela primeira vez, tocam na Costa Rica e Colômbia. Em março o Brasil receberá os shows nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) e o grupo continua pela Argentina, Chile, Porto Rico, Nova York (EUA) e Toronto (CAN). Depois ela seguirá em maio abrangendo mais cidades nos Estados Unidos para então desembarcar na Europa, em sua maioria com datas nos tradicionais festivais de verão, como o Wacken Open Air (ALE). A expectativa, quando chegar ao final do giro, é que a banda toque para mais de um milhão e meio de fãs! Além disso, a mascote Eddie que invadirá os palcos será, provavelmente, a mesma da turnê do álbum Somewhere In Time, a Cyborg Eddie. Afora os planos da turnê, a banda está apresentando mais duas novidades: o lançamento do DVD duplo Live After Death, que terá mais de cinco horas de conteúdo – explorando ao máximo o que foi a World Slavery Tour, e a outra é o Boeing 757, batizado de Ed Force One, que levará a banda nessa nova turnê e será pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson. O avião foi decorado com o logo da banda e a Eddie. Em nota divulgada, Bruce comenta que tiveram a idéia no ano passado e começaram a trabalhar sério nessa possibilidade. Nós estaremos colocando o máximo possível de equipamento no Boeing para levar aos fãs o palco mais completo possível para essa turnê. Isso me permite combinar duas de minhas maiores paixões: música e aviação, comentou o vocalista. Um documentário estará sendo rodado nessa turnê, com direção a cargo de Sam Dunn e Scot McFadyen, da Banger Films. Os dois diretores seguirão a banda por todos os países nessa turnê, tanto por terra como dentro do Ed Force One. Sam e Scot recentemente lançaram o documentário Metal: A Headbangers Journey e em breve será lançado o Global Metal. Isto signfica que o Maiden terá um vasto material de qualidade para ser lançado a seus fervorosos fãs. E mesmo que o grupo não esteja atendendo a imprensa neste momento, conseguimos uma brecha na recheada agenda e fizemos uma entrevista exclusiva com o guitarrista Dave Murray, que nos conta mais detalhes desse momento especial em que eles estão vivendo.
Ken Hensley
Por Ricardo Campos Kenneth William David Hensley, conhecido mundialmente por Ken Hensley, o ex-tecladista e cérebro do Uriah Heep. Hoje aos 62 anos de idade, este incrível músico britânico começou de maneira bem pretensiosa, explorando tal habilidade que o tornou famoso com a única finalidade de musicar seus poemas. E queria ser guitarrista. Em 1965 formou o The Gods (e passou pelo Toe Fat), mas o reconhecimento começou mesmo a vir quatro anos mais tarde quando, ao lado de Mick Box (guitarra) e David Byron (vocal), deu início ao núcleo principal do Uriah Heep. Este viria a ser completado por Gary Thain (baixo) e Lee Kerslake (bateria) em 1972 e agraciado pelo mundo com o lançamento de clássicos como Demons & Wizards (1972), The Magicians Birthday (1972), Sweet Freedom (1973) e Wonderworld (1974). Mas nem tudo são flores. Em seu auge a banda começou a ter problemas de relacionamentos e abusar do uso de drogas, além de conhecer o lado negro da indústria da música, e logo tudo isso acabou se refletindo na perda daquela magia e posteriormente, indiretamente, na morte de dois integrantes. Parece coisa de filme, não? Pois é, é coisa de livro e de álbum, ambos de autoria de Ken Hensley e sob o título de Blood On The Highway – When Too Many Dreams Come True. Nesta entrevista o tecladista, fora da banda desde 1980 e em constante carreira solo (além de várias participações), nos conta tudo sobre o álbum, sua vida atualmente e ainda relembra vários fatos da carreira do Uriah Heep.
Malefactor
Por Maurício Dehò O Malefactor simplesmente dispensa apresentações. São 16 anos em que a banda baiana defende com unhas e dentes a bandeira do Metal, sendo que em todo este tempo presenteou os brasileiros com bons sons. Tudo sempre calcado numa base Black/Death, mas sem esconder as influências que os aproximam do Folk/Viking e principalmente as linhas de guitarra que logo remetem ao Tradicional. O melhor disco até aqui foi o mais recente, Centurian, lançado na época em que o grupo foi se apresentar no Wacken Open Air, em 2006, uma experiência que o sexteto ainda exalta. Conversamos com o vocalista Vladimir Senna, o famoso Lord Vlad, que falou um pouco desta fase da banda e explicou as ligações com a cena Black e até os misteriosos trechos que aparecem durante as faixas de Centurian. Do mal!
PARADISE LOST
Por Thiago Sarkis O Paradise Lost celebra duas décadas de carreira tendo em sua atual formação: Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh e Aaron Aedy (guitarras), Steve Edmondson (baixo) e Jeff Singer (bateria). Depois de um período confuso e polêmico, o grupo vivencia, nas respostas a In Requiem (2007), repercussão e sucesso observados pela última vez há cerca de doze anos com o lançamento do lendário Draconian Times (1995). Aclamado por nomes de grande expressão como Cristina Scabbia (Lacuna Coil), Mark Barney Greenway (Napalm Death), e Serj Tankian (System Of A Down), e tema do documentário Over The Madness do diretor francês Diran Noubar – pelo qual é saudado como fundador do Gothic Metal -, o conjunto britânico passa por uma de suas melhores fases. Em entrevista exclusiva à mídia brasileira, Holmes e Mackintosh falam deste momento especial e comentam passagens importantes da trajetória de uma banda marcada por constante melancolia e incessante ousadia para experimentar e romper paradigmas.
Sad Theory
Por Maurício Dehò Uma cena que tem voltado a crescer nos últimos anos é a do Hard Rock/Glam, principalmente os vindos lá da Europa. E eles não parecem meras cópias dos seus ídolos de duas décadas atrás, pelo contrário. É isso que os finlandeses do Private Line têm mostrado após o debut 21st Century Pirates, e o segundo álbum, Evel Knievel Factor. Como é de se esperar, o som dos piratas Sammy (vocal), Eliaz (bateria), Jack Smack e Illy (guitarra) e Spit (baixo), é bem calcado no Hard, mas se aproximando do Punk. Para completar, maquiagem carregada. A idéia é só ser diferente. Estou cansado dessas bandas que parecem as mesmas, com suas calças de couro. Mas claro que as visto às vezes!, disse o vocalista Sammy, que veio ao Brasil divulgar o novo disco. O simpático finlandês contou um pouco sobre o Private Line, falou da experiência de tocar com os ídolos do Mötley Crüe e da cena na Finlândia, país em que o Heavy Metal ganhou status de mainstream por bandas como Nightwish e Children of Bodom.
SAD THEORY
Por Alexandre Oliveira O curitibano Sad Theory lançou seu terceiro álbum em 2006 apostando em mudanças na sonoridade, que agora incorpora ao Death Metal uma pegada bastante enérgica, deixando o estilo mais soturno dos discos anteriores um pouco de lado. Formado por Cláudio Guga Rovel (vocal), Alysson Irala e Juan Viacava (guitarras), Carlos Machado (baixo) e Alison Schlichting (bateria), o quinteto completa uma década em 2008, e aqui revela alguns detalhes das mudanças ocorridas neste último trabalho.
SCUD
Por Julio Marcondes Após lançar seu debut Clouds Taken By The Wind, participar da seletiva do Wacken Metal Battle 2007 e tocar nos maiores eventos do seu estado, a banda SCUD, da cidade de Parnaíba no litoral do Piauí, percorreu 8.695 km com a Winds Tour 2007 – Brazil, numa verdadeira saga pelo Brasil. A força e garra deste grupo formado por Fabio Nasc (bateria), Fawster Teles (baixo) e Marcelo Alelaf (vocal e guitarra), mostram que o nosso país ainda tem muito que revelar.
SEBASTIAN BACH
Por Thiago Sarkis É senso comum dizer que Sebastian Bach está de volta. Porém, se há um artista que jamais saiu de cena, este é ele. Em meados da década de oitenta, o hoje canadense – nascido no arquipélago de Bahamas – surgiu para a música em bandas sem grande expressão como Herrenvolk, Kid Wikkid, além de curtas passagens por VO5 e Madam X. Partiu então para o Skid Row, grupo no qual estreou com o disco Skid Row (1989), dando seqüência em Slave To The Grind (1991), B-Side Ourselves (1992), Subhuman Race (1995) e Subhuman Beings On Tour (1995). Apesar de exposição e reconhecimento mundiais, sérios atritos decorrentes de um convívio complicado fizeram com que Bach fosse demitido do conjunto em 1996. Apesar da baixa, até o ano 2000 o frontman manteve-se ativo em inúmeros tributos, carreira solo, e no projeto The Last Hard Men. A chegada do novo milênio representou a entrada do músico na Broadway cantando e atuando nas produções The Rocky Horror Show, Jekyll & Hyde e Jesus Christ Superstar. Convites para participações em especiais e séries de TV não cessariam a partir dali. Da mesma maneira o assédio do meio Hard/Heavy ao vocalista, especialmente após a impressionante performance em An Absence Of Empathy (2005), segundo CD do Frameshift. Focando-se novamente em material solo, Sebastian Bach lança Angel Down (2007), e fala de sua trajetória e de tudo que envolveu o álbum.
SLOW
Por Alexandre Oliveira O Slow foi formado em Salvador (BA) há quase uma década e meia, mas esteve parado por um longo tempo. Apenas recentemente a banda voltou à ativa, recrutou membros interessados em desenvolver um trabalho profissional e lançou, em 2006, o CD de estréia, Killer Mermaid, pela Maniac Records. Indo do Heavy ao Prog com facilidade, apresentando faixas variadas e envoltas em técnica individual e conjunta, o tempo parece ter, finalmente, reservado bons frutos aos baianos. No papo, o fundador e único membro original, Joel Moncorvo.
Tropa de Shock
Por Maurício Dehò Os mais de quinze anos de carreira do Tropa de Shock renderam mais que o respeito na cena brasileira, vide as turnês européias que a banda já fez. Mas ainda não é o bastante para este sexteto, que conta com Daniel Simon (guitarra), Felipe Negri (baixo), Don (vocal), P.H. (guitarra), Valéria Moregola (teclado) e Márcio Minetto (bateria) – foto. Em 2007 eles lançaram mais um álbum de estúdio, After Twilight, com direito a muitas viagens pelo futuro, além de continuar contando a história da guerreira Bad Woman.
BACKGROUND - BLACK SABBATH PARTE FINAL
Por Vitão Bonesso De volta aos tempos de TYR
Com a retirada de Geezer Butler e Bill Ward, muitos fãs que acreditavam que o retorno da formação original estava prestes a acontecer, ficaram decepcionados. Tony Iommi arregaçou as mangas e trouxe de volta os músicos que fizeram parte do line-up dos tempos da turnê de promoção dos álbuns Headless Cross e Tyr. Cozy Powell e Neil Murray estavam de volta, e mesmo sendo uma formação que há poucos anos havia angariado um bom crédito junto aos fãs, o anúncio, em outubro de 1994, não chegou a provocar maiores comoções, e a possibilidade de Ozzy, Geezer, Tony e Bill voltarem a se reunir parecia estar cada vez mais distante de acontecer.
BACKSPAGE - DONINGTON 1984
Por Vitão Bonesso Depois da apenas razoável edição de 1983, a dupla de empresários Paul Loasby e Maurice Jones decidiu se empenhar ao máximo, no sentido de devolver todo o prestígio angariado nas edições de 1980, 81 e 82. Não que o ano anterior tenha sido de certa forma desastrado, mas todos concordavam que aquele havia sido o Donington mais fraco de todos, enquanto a imprensa especializada, mais ácida e pessimista, adiantava que o festival estava com os dias contados. Ledo engano…
BACKSPAGE - DONINGTON 1984
Por Vitão Bonesso Depois da apenas razoável edição de 1983, a dupla de empresários Paul Loasby e Maurice Jones decidiu se empenhar ao máximo, no sentido de devolver todo o prestígio angariado nas edições de 1980, 81 e 82. Não que o ano anterior tenha sido de certa forma desastrado, mas todos concordavam que aquele havia sido o Donington mais fraco de todos, enquanto a imprensa especializada, mais ácida e pessimista, adiantava que o festival estava com os dias contados. Ledo engano…
Blind Ear - Gilby Clarke
Por Ricardo Batalha
CLASSICREW - MADE IN BRAZIL / VOIVOD
1977 Paulicéia Desvairada Made In Brazil Antonio Carlos Monteiro O Brasil fervia em 1978. A Disco Music dominava a programação das rádios e até as novelas se submetiam à nova moda (a global das 8h era Dancin Days, ambientada em uma discoteca). Como se não fosse suficiente, os militares ainda se recusavam a apear do poder e mostravam suas armas de todas as formas possíveis. Uma delas foi censurar Massacre, disco que o Made In Brazil preparara no ano anterior. Com nada menos que 13 de suas 16 faixas vetadas, o grupo capitaneado pelo baixista Oswaldo Vecchione ingressava 78 convivendo com a frustração do lançamento abortado e em busca de uma nova formação, já que haviam sobrado apenas Oswaldo e o batera Franklin Paolilo – até o irmão do baixista, o guitarrista Celso, havia saído da banda por discordar do direcionamento musical que ela vinha seguindo. 1987 Dimension Hatröss – Voivod Frans Dourado Um forte desejo de expandir os limites da música pesada, aliado à técnica ímpar de seus integrantes, fez com que os canadenses do Voivod investissem num disco experimental, insano e não menos pesado que seus antecessores. Dimension Hatröss é o quarto álbum de estúdio do quarteto, e o sucessor do enigmático Killing Technology (1987), o trabalho que abriu as portas do Metal oitentista às viagens inspiradas pela ficção científica. War And Pain (1984) e Rrroooaaarrr (1986) já traziam a conhecida selvageria, mas faltava a lapidação e o requinte de crueldade que se revelou na seqüência.
Eternal Idols - Brian Jones
Por Antonio Carlos Monteiro A máxima viva rápido, morra cedo foi encarnada por um bocado de músicos de Rock nos anos 60. Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison – a lista não acaba! – foram alguns dos que se meteram de cabeça no trinômio sexo, drogas e Rock And Roll e acabaram pagando muito caro por seus excessos. Um nome que não pode ficar de fora dessa lista (honraria meio duvidosa, admitamos…) é o de Lewis Brian Hopkin-Jones, que se tornaria conhecido apenas como Brian Jones, o fundador dos Rolling Stones. Brian nasceu a 28 de fevereiro de 1942 numa cidade chamada Cheltenham, situada no condado de Gloucestershire, no noroeste da Inglaterra. Filho de pai organista e cantor de coro de igreja, e de uma professora de piano, desde cedo mostrou enorme vocação musical, aprendendo rápida e precocemente a se virar no piano e no clarinete, passando em seguida por vários outros instrumentos.
Garage Demos
Garage Demos Envie material completo (CD-Demo, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” – CAIXA POSTAL 43015, CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP. Nesta edição: Blasphemicom Blood Kharma Foundation Cubensis Dimensões Distorcidas Drama Fist In Nail Makiavel Metal Aggressor Six Seven Hate Violência Coletiva
Hidden Tracks - Tokyo Blade
Por Ricardo Batalha Exatos vinte e cinco anos após o lançamento do álbum de estréia, Tokyo Blade, a banda inglesa Tokyo Blade ressurge das cinzas. O guitarrista fundador Andy Boulton e Bryan Holland, seu novo aliado no instrumento, acabaram de completar a nova formação com Chris Gillen (vocal), Frank Saparti (baixo) e Lorenzo Gonzalez (bateria). O grupo já tem até shows agendados para alguns festivais europeus este ano, o 11º Keep It True (ALE) e o Athens NWOBHM Festival II (GRE). A história deste importante nome da New Wave Of British Heavy Metal começou a ser escrita em 1981, em Salisbury, na Inglaterra, quando Andy Boulton, Andy Robbins (baixo), Alan Marsh (vocal), Steve Pierce (bateria) e Ray Dismore (guitarra) criaram um grupo chamado Killer. No mesmo ano, após os ensaios e a criação das primeiras músicas ocorreu a gravação de uma Demo-Tape, que trazia as faixas Hellbound, Urban Warrior, It Dont Matter To Me, Black Hole, Winner Takes All e Killer.
LIVE EVIL - TUATHA DE DANANN
Tuatha de Danann – Acustico no CCSP Por Maurício Dehò/Fotos: Ricardo Zupa Já dizem as máximas populares: nem tudo é perfeito e há males que vem para o bem. Pois é, nos dias 5 e 6 de janeiro, os mineiros do Tuatha de Danann finalmente colocariam em prática o sonho de gravar um CD/DVD acústico, com sua particular mistura de Metal e Música Celta. A princípio só conseguiriam, pois na primeira apresentação, marcada para o sábado (5), aquele primeiro ditado se manifestou. Uma falta de energia no Centro Cultural São Paulo (CCSP) impossibilitou a realização do primeiro show. Tristeza geral. Estava tudo a postos: banda, câmeras, convidados e, claro, os fãs, que vinham até de outros estados. Foi resolvido pelos organizadores, então, transferir a data para o dia seguinte e os mineiros entrariam no palco duas vezes, às 18h e às 20h. Dando um show de profissionalismo, os músicos e alguns dos convidados se reuniram nos jardins do CCSP (tem clima melhor para eles?) e presentearam quem estava no local com versões de Land Of Youth e Trova Di Danú.
LIVE EVIL - THREAT / THIN LIZZY
THREAT Manifesto Bar – São Paulo/SP 15 de dezembro de 2007 Por Ricardo Batalha/Fotos: Fátima Mineo A banda paulistana Threat realizou a festa de lançamento de seu álbum de estréia, Heaven To Overthrow, no dia 15 de dezembro (sábado), no Manifesto Bar, no Itaim Bibi, em São Paulo (SP). O evento ainda contou com as bandas Jesus Martyr da Argentina e dos grupos cover Damage Inc. (Metallica) e Unscarred (Pantera). O público compareceu em peso e, com a ação de agregar o preço do CD ao da entrada na casa, o Threat acabou conseguindo vender mais de 450 CDs em apenas um dia, sem contar nos diversos itens de seu merchandising oficial que estavam disponíveis em uma banquinha instalada pela estamparia R.Kovacs dentro do Manifesto. Atingir uma marca expressiva como vender mais de 450 CDs em um dia foi gratificante e mostra que existe alternativa para as bandas. Eu havia dito que a festa seria a comemoração de um trabalho de muita dedicação e suor, mas reitero: este foi apenas o começo, observa o baterista Edu Garcia (Threat). THIN LIZZY Hammersmith Apollo – Londres (ING) 13 de dezembro de 2007 Texto e fotos: Gustavo Silva Estar presente no Hammersmith Apollo, em Londres (ING), e assistir a um show do Thin Lizzy em pleno século 21 desperta sensações controversas. É como, em um primeiro momento, sentir-se enganado assistindo a uma espécie de Frankenstein moderno em palco, montado com as melhores peças possíveis, mas sem uma alma e um coração – que, no caso do grupo irlandês, respondem pelo nome de seu falecido mentor e líder Phil Lynnott. Contudo, é sentir-se uma pessoa de sorte, por poder ouvir ao vivo um dos mais fantásticos repertórios do Rock já criados – e devidamente registrado em CD e (agora) DVD. Em nova turnê, comemorando os 30 anos do clássico Alive & Dangerous, o grupo vem tocando na íntegra o álbum em questão, contando com John Sykes na guitarra e vocal, Tommy Aldridge na bateria e o semidesconhecido Francesco DiCosmo no baixo, além de Scott Gorham, velho de guerra da fase clássica do Lizzy, lá em meados da década de 70.
RELEASES CDS
Nesta edicao: Cobalto, Consortium Project Iv, Crossfire, Cruachan, Darkest Hate Warfront, Devil On Earth, Die Apokalyptischen Reiter, Era Vulgaris, Eugênio, Evolocity, Gamma Ray, Hangar, Heitor Mazzotti, Hellishthrone, Hirax, Iridio, Iron Angel, Jason, Led Zeppelin, Liar Symphony, Metro Society, Monster Magnet, Mortaes, Nocturnal Reed, One Man Army And The Undead Quartet, Overkill, Pepe Bueno, Porcupine Tree, Revenant Dead, Road To Ruin, Robert Plant, Sacred Heart, Salem, Scale The Summit, Scatus, Sebastian Bach, Seventh Seal, Shadows Fall, Sonic Reign, Threat, Tiles, Winger, Within Chaos, 3 Inches Of Blood, Alchemist, Annihilator, Ayat Akrass, Breakdown, Caravellus
RELEASES DVDS
Nesta Edição: Foreigner, Helloween, Lacrimosa, Metal Sludge, Vader
ROADIE NEWS
Resumo das principais noticias do mês.
Roadie Profile - Don Airey
STAY HEAVY REPORT
Por Cintia Diniz e Vinicius Neves2008 – Centenário daImigração Japonesa no Brasil A importância da presença da colônia japonesa no Brasil vai muito além do desenvolvimento econômico. O intercâmbio cultural entre os dois países, principalmente o musical com o Rock/Heavy Metal, garante o sucesso de bandas brasileiras por lá, e também das japonesas por aqui. Confira a primeira parte da matéria desta parceria de sucesso! História: o início Através do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado em Paris (FRA), em 5 de novembro de 1895, iniciaram-se oficialmente as relações diplomáticas entre o Japão e o Brasil, abrindo as portas entre os dois povos, vencendo as distâncias geográficas e as diferenças culturais. Nesta época o Japão surgia no cenário mundial à altura das potências européias, e o Brasil dava seu primeiro passo rumo à democratização como República Federativa.
EDITORIAL - A MÚSICA QUE O TEMPO NÃO DESGASTA...
A capa da Roadie Crew deste mês estampa novamente um dos maiores ícones do Heavy Metal, o Iron Maiden, que está de volta ao Brasil na turnê mundial que se inicia em fevereiro, cujo sucesso está plenamente garantido de maneira inquestionável. Uma prova disso é que os shows da “Somewhere Back In Time Tour” estão programados para ocorrer em grandes arenas e estádios pelo mundo afora e, só para citar um exemplo, o show da cidade de São Paulo já está ‘sold out’ com meses de antecedência da sua realização. Um aspecto importante da atratividade por este espetáculo está exatamente no ‘set list’, que abrange uma fase extremamente criativa da carreira da banda, consistindo de músicas que foram lançadas há 20 anos ou mais (veja detalhes na matéria assinada pelo Claudio Vicentin). Este tipo de turnê se transformou num excelente recurso para oferecer ao mercado ótimos produtos artísticos seja como show, seja como registro em CD e DVD ao vivo, que a tecnologia possibilita serem produzidos com qualidade superior ao material gravado na época do lançamento original. O próprio Iron Maiden tem intercalado turnês de lançamento dos discos inéditos com ‘revivals’ de fases da carreira, como aconteceu anteriormente com a “Dance Of Death Tour” (2004), seguida pela “The Early Days Tour” (2005), “A Matter Of Life And Death Tour” (2006), e agora a “Somewhere Back…”. Mas para um show com essa característica funcionar bem a qualidade da música tem que ser impecável, aquele tipo de música que toca na emoção das pessoas, não importa quanto tempo se passou desde que se ouviu pela primeira vez. Grandes bandas têm realizado eventos com produções memoráveis, que se tornam documentos históricos, como a recente apresentação do Led Zeppelin em Londres no dia 10 de dezembro, que agitou o mundo do ‘show business’, apresentando material criado há mais de 30 anos. Freqüentemente o Dream Theater surpreende seus próprios fãs realizando shows com a execução na íntegra de álbuns da sua discografia (Scenes From A Memory foi tocado inteiro quando da vinda anterior ao Brasil), ou mesmo executando trabalhos criados por bandas que influenciaram a carreira de seus músicos, como foi o caso de shows onde tocaram o álbum The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd. Aliás, essa obra-prima também foi executada de ponta-a-ponta por Roger Waters, no estádio do Morumbi, em São Paulo-SP, para muitos o melhor show já visto em todos os tempos. A arte de verdade resiste ao tempo, e inspira novas criações de novos e antigos criadores, e nós procuramos manter isso tudo compartilhando as páginas da Roadie Crew, onde dedicamos espaço à história e ao legado do Rock e registramos também o que vem sendo lançado no momento atual, mas que certamente permanecerá nas mentes e corações das pessoas que tenham sensibilidade para reconhecer a boa música como algo que não se vincula à volatilidade da moda. Airton Diniz
Poster - Death Angel
Death Angel
Peso | 0,250 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 1 cm |